Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni

Decidindo que tinha agüentado o suficiente de sua superioridade presunçosa, ela abaixou-se e lançou-se contra ele. Com o ombro, golpeou-lhe logo abaixo da cintura. Alfonso soltou uma série de palavrões que arderam em suas orelhas. Então, caiu de joelhos, com as mãos em concha em sua virilha. Sua espada caiu da outra mão. Maite, agilmente,  recuperou sua espada, e em seguida, colocou a ponta no pescoço do marido.

 —Você se rende? 

—Que inferno, sim, eu me rendo ou é provável que você corte fora o que sobrou do meu pa/u. A tensão em sua voz e a dor que viu em seu rosto a preocupou, mas depois lembrou-se das horas de inferno que Alfonso a tinha feito passar durante o dia e a simpatia desapareceu. Gannon adiantou-se, gargalhando. Alfonso dirigiu-lhe um olhar sombrio. —Cale essa boca, Gannon. 

Gannon soltou outra gargalhada e deu um tapa nas costas de Maite, quase derrubando-a no chão. 

—É assim mesmo, minha senhora,  que se faz cair um guerreiro. 

—Você disse a ela para acertar minhas bolas?— Alfonso exigiu. 

—Não. Eu só disse que tomasse à ofensiva. Eu diria que ela acertou sua estratégia em cheio... 

— Doce Jesus— disse Alfonso enquanto lutava para ficar de pé. —Eu gosto muito desta parte da minha anatomia, esposa. Maite sorriu descaradamente e depois inclinou-se perto de Alfonso, e disse baixinho, para que Gannon não pudesse ouvir. 

—Eu também. Espero que não tenha havido danos permanentes.



—Garota descarada— Alfonso reclamou. —Esta é uma coisa que eu curarei mais tarde. Então, Alfonso tocou seu rosto, onde uma contusão mais clara ainda manchava sua pele. —Fiz seus ferimentos voltarem a incomodar? Será que não exagerei com o seu treinamento? 

— Não— ela sussurrou. —Não sinto mais nada, só uma dor breve, às vezes. Mais uns quinze dias e meu olho terá desinchado completamente. 

—Laird! Um mensageiro se aproxima do portão! Alfonso empurrou-a contra Gannon e pegou sua espada da neve. 

—Leve-a para dentro e alerte o resto dos homens. Sabendo que não era hora de protestar, Maite permitiu que Gannon a levasse para dentro da fortaleza. Ele abandonou-a na sala ao lado da lareira e, em seguida, gritou ordens que foram repetidas em todo o castelo. 

—Minha senhora, o que é isso?— Sarah perguntou quando Maite rumou para o corredor. —Eu não sei Sarah. Um  mensageiro chegou a nossos portões. Saberemos quando o laird nos disser o que está acontecendo. 

—Sente-se então e deixe-me buscar um caldo quente. Está tremendo de frio e sua roupa está encharcada. Se aqueça perto do fogo, antes que morra de frio.

 Maite olhou para a roupa suja e sacudiu a cabeça, pesarosamente. Ela teve um dia duro. Ainda não tinha percebido a umidade se espalhando sobre sua roupa, mas agora que Sarah tinha mencionado, Maite sentiu o frio do material molhado colado ao corpo. Aproximou-se do fogo e estendeu as mãos, enquanto os outros caminhavam  apressados, em torno dela. Maite suspirou quando parte do calor chegou a ponta dos dedos e espalhou-se por seus braços. Ela virou-se quando ouviu os passos de seu marido. Espantou-se com o fato de se harmonizar tão bem com ele. Sentiu, mesmo que de costas, quando Alfonso entrou na sala.

 —Alguma coisa errada?— Perguntou ela.

—Não. Era um dos guerreiros Herrera, com uma mensagem de meu irmão. Ele está para chegar e quer ficar aqui. Está viajando para Neamh Alainn com Dulce, Crispen, e Isabel.

 —Com este tempo? Maite espantou-se com o fato de  Crhistopher viajar em tais condições, quando Isabel era tão jovem. 

— Ele teme esperar mais tempo.  Enviei-lhe uma mensagem sobre o ataque que você sofreu. Crhistopher quer estar o quanto antes na fortaleza de Neamh Alainn, onde ele pode valer-se do contingente de soldados que proteja a fortaleza desde a morte de Alexandre. 

—Vou aprontar tudo para recebê-los— Maite murmurou. Alfonso acenou com a cabeça, em seguida, virou-se para Gannon. Os dois homens caminharam para fora do salão, longe do burburinho. Maite respirou fundo e tentou lembrar-se de algumas lições que Sarah tinha lhe dado. Ela instruiu as mulheres para que houvesse comida pronta e bebidas. Graças a Deus, Alfonso tinha sido bem sucedido em sua caçada. Agora, ela não envergonharia Alfonso na frente de seus parentes servindo pouca comida. Maite chamou várias das mulheres para limparem o salão. Foi colocada mais lenha na lareira e as cortinas de pele afastadas das janelas para arejar o lugar. Percebendo que as mulheres sabiam de suas funções e as executariam rapidamente, Maite subiu correndo as escadas para trocar de roupa. Despindo-se, Maite molhou alguns panos em uma bacia para limpar o suor e a sujeira do rosto e do corpo. Estremeceu quando o ar frio tocou sua pele úmida e correu para puxar um vestido de seu guarda-roupa. Era a primeira oportunidade que tinha para usar um dos vestidos que Sarah e as outras mulheres haviam alterado para ela e estava bem satisfeita com o resultado.



Alfonso não iria encontrar nenhuma falha em sua aparência. Estava se tornando, em pouco tempo, uma verdadeira castelã. O marido tinha feito concessões importantes em relação a ela, e Maite sentia-se compelida a fazer o mesmo por ele. Sentou-se perto do fogo e escovou os cabelos até que brilhassem como ouro líquido. Então os prendeu em grossas tranças com um laço de couro. Convencida de que parecia apresentável, ela se levantou e correu de volta para supervisionar os preparativos para a chegada do cunhado. O salão estava em ebulição e os pisos estavam sendo limpos, rapidamente. Apenas arejar a sala tinha feito uma diferença notável.

 —Um ensopado de veado está sendo aquecido e temos várias sobras de pão da refeição do meio-dia. Temos também um pouco de queijo que reservo para tais ocasiões — Sarah disse a Maite. 

—E cerveja? Temos uma quantidade suficiente para os nossos hóspedes? Peça a um dos homens que derreta um pouco de neve para termos água fresca. Sarah acenou com a cabeça e afastou-se. Uma hora depois, Alfonso caminhou pelo corredor a procura de Maite. Seus olhos se arregalaram e o brilho de aprovação nos olhos dele fez subir um estranho calor por seu corpo.

 —Eles estão chegando aos nossos portões. Gannon e eu vamos sair para cumprimentá-los. Fique aqui! Ela sorriu para ele e depois balançou a cabeça. Alfonso cheirou o ar apreciativamente e depois olhou ao redor da sala. Então, inclinou-se e roçou sua boca na dela. —Obrigado por preparar tudo para receber meu irmão e sua esposa. Uma vibração estranha começou em seu ventre e correu até sua garganta enquanto ele se afastava. 

—Aqueça um pouco de cidra no caso de Lady Herrera gostar de uma bebida quente— disse a Sarah. — E prepare as jarras de cerveja para os homens.



Maite andava sem parar, pelo salão enquanto esperava Alfonso retornar com seus convidados. Ela e o pai foram muito bem recebidos quando viajaram para as terras dos Herrera. Mas Maite não tinha se preocupado em impressioná-los.  Agora, era diferente. Eles estavam vindo para sua fortaleza, sua casa, e observariam-na como esposa de Alfonso. De repente, era muito importante para ela não envergonhar o marido. Ela queria que Alfonso tivesse orgulho dela, a olhasse com simpatia e não encontrasse defeitos em seus modos. Algum tempo depois, a porta se abriu e Crhistopher Herrera entrou com Dulce, seu filho Crispen, e o bebê, no colo da esposa. Maite correu para Dulce. 

—Venha para perto do fogo antes de desenrolar as mantas do bebê — Maite insistiu. — Tenho  cidra esperando-os. Crhistopher levou Crispen com ele até a mesa, onde os homens já se reuniam, enquanto Maite conduzia Dulce em direção à lareira. Dulce lançou-lhe um sorriso doce. 

—Obrigada pela recepção, Maite. A verdade é que estou gelada até os ossos. 




Gente me perdoa pela demora, estou desestimulada a postar, não sei o que está havendo de verdade, mas voltei por vocês, está ai mais um. Beijos. Amanhã faço uma maratona de 6 capítulos para vocês o que acham?