Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni

Maite fitou Alfonso, seus belos olhos piscando,com desdém.Olhou novamente para Levy e puxou seu braço. Então ela acalmou-se e observou Levy, intensamente. 

— Você duvida de mim. Isso foi um teste. Duvida que eu esteja aqui porque quero a morte do guerreiro Herrera. Maite arrancou os braços de suas mãos e remexeu nas dobras de seu manto para tirar um pergaminho. Mesmo de onde estava ajoelhado, Alfonso podia ver dois selos.Um deles era o de seu irmão. O outro pertencia ao rei. — Eu trouxe isso. Sabe o que é, Laird Levy? Uma chamada às armas de Crhistopher Herrera. Nele estão detalhados os planos de batalha. Tudo que você precisa saber sobre a guerra que se aproxima. Eu lhe daria isso se fosse um truque?  



— Não!—  Alfonso rugiu. Ele pulou para a frente, mas foi contido por dois homens de Levy. Retorceu-se e lutou contra a sua força, mas com as mãos atadas, não podia fazer nada. Levy tomou o pergaminho das mãos de Maite, examinando-o. Sem uma palavra, ele quebrou o selo e desenrolou o papel. Levou vários minutos para ler o conteúdo e quando terminou, cuidadosamente, enrolou-o e olhou para Alfonso. 

— Parece que sua esposa e seu novo clã não querem você, Herrera. Alfonso retorceu os lábios, enquanto olhava friamente para a mulher em pé diante dele. 

— Eu não tenho esposa ou clã,exceto os Herrera. 

— E eu não quero tolerar sua visão por mais tempo. Devolva-o para o buraco de onde o tirou — Maite disse, em uma voz tão fria quanto o gelo. 

— Bem,precisamos falar sobre a morte de seu marido—  Levy disse, lentamente. — Parece que guerra é iminente, se esta mensagem de Crhistopher Herrera e do rei for verdadeira. Eu esperava que fossem mais originais em seus planos de batalha, mas eles parecem preferir os métodos mais diretos. Vou lhe dar um dia, minha senhora. Ele morre amanhã, e então eu farei meus próprios planos, conforme os de Crhistopher Herrera. Maite puxou a espada e caminhou lentamente em direção a Alfonso. Ele se recusou a olhar para ela. Sua mente era uma confusão de raiva e fúria que não conseguia controlar. Quando Maite parou em frente a ele, pressionou a lâmina da arma em seu pescoço, forçando-o a olhar para cima. 

— Eu poderia matá-lo agora— , ela disse com uma voz desprovida de emoção. Seu rosto estava inexpressivo, sem dar nenhuma mostra do que estava pensando. Ela parecia estar discutindo algo tão simples quanto o tempo. Seu comportamento era frio, um lado de sua esposa que ele nunca tinha visto. — Mas seria muito rápido. 

— Por quê?—  Ele exigiu saber, com voz rouca. — Você traiu, não somente a mim, mas também aqueles que chama de amigos. Traiu Dulce, que foi gentil com você, e seu filho, que é inocente. Vai enviar aqueles que foram leais a você para a morte, e para quê? Para que um homem sem honra possa recuperar a liderança de um clã que já foi dele?  Maite baixou a espada até a virilha de Alfonso. 

— Fique calado ou vou fatiar o seu p/au e alimentar os cães com ele. Ela virou-se,como se não suportasse mais olhar para ele. Para sua vergonha, Alfonso queria chamar por ela. Fechou os olhos, pois parecia que nunca iria aprender algumas lições. — Queimem-no na fogueira, nas primeiras horas da manhã— , disse ela, calmamente. — É um final apropriado para alguém como ele. Mesmo Levy pareceu surpreso com sua crueldade, mas também havia um brilho de admiração em seus olhos. Sim, o homem gostava de ver a mesma ferocidade que o dominava em outra pessoa. 

— Muito bem, minha senhora. Sua sentença será realizada pela manhã.  Ele fez um sinal aos seus homens para levarem Alfonso e depois voltou-se para Maite. 



— Gostaria de se refrescar? Fez uma longa viagem e deve estar cansada. Enquanto Alfonso era retirado do salão,  viu sua esposa sorrir para o homem que mais odiava no mundo. Maite olhou-o,no último momento, e percebeu sua incredulidade. Uma sombra atravessou os olhos dela e então ela os desviou.



Maite estava na janela de seu quarto, olhando para a paisagem coberta de neve. Estava exausta até os ossos, mas não iria dormir esta noite. Não quando imaginava Alfonso no calabouço, suportando condições indescritíveis. Fechou os olhos e reviu a expressão em seu rosto, suas palavras de ódio e, finalmente, a aceitação de que ela o tinha traído. Mais do que nunca estava determinada a não falhar em sua missão, pois não deixaria seu marido morrer pensando que o havia enganado. Colocou as mãos sobre sua barriga e acariciou, quando sentiu um leve pulsar no fundo de seu útero. Lágrimas brotaram nos olhos dela quando percebeu que seu bebê tinha escolhido aquele momento para se mover, como se estivesse reafirmando a promessa feita por sua mão de salvar o marido a qualquer custo. 

— Você é o meu futuro, Alfonso Herrera. O futuro do meu clã. O futuro de nosso filho ou filha, — ela sussurrou ferozmente. — E não vou deixá-lo morrer em algum buraco escuro, preso como um animal. Ela jogou-se na cama e afundou entre as mantas. 

Levy tinha fornecido acomodações adequadas. Ele ainda providenciou para que um de seus homens acendesse a lareira. Assim que ficou sozinha, no entanto, Maite fechou e barrou a porta com uma cadeira pesada. Ela não daria chances para o azar. Levy era um bastardo arrogante de primeira linha.Achava que tudo o que olhava era seu para ser tomado. Maite não acreditou,nem por um momento, que ele ficou atraído por sua beleza. Propositalmente, havia se vestido como um rapaz, mas tinha visto a curiosidade e o desejo nos olhos do Laird. Ela deitou-se completamente vestida e fechou os olhos por um breve momento para descansar. Queria que as horas passassem rápido, para que aquilo acabasse,de uma vez por todas. Nesse momento, os seus homens estariam tomando posição ao longo das muralhas.Esperando sua ordem para atacar. Maite observou,durante toda a noite, as várias peças do mobiliário do aposento, até que bateram em sua porta na manhã seguinte. Demorou algum tempo para responder, querendo dar a impressão de que recém havia acordado e estava se vestindo. Puxou as mantas e desalinhou-as na cama, e em seguida, jogou o cabelo por cima do ombro,enquanto caminhava em direção a porta. Empurrando a cadeira para o lado, abriu-a para encontrar seu pai em pé no corredor. Afastou as mãos do cabelo,que estava trançando e observou-o,em silêncio. 

— O laird ordenou que desça ao pátio. Maite assentiu e esperou que seu pai a seguisse pelo corredor, mas ele hesitou, e olhou-a fixamente. 

— O que Herrera realmente fez para você odiá-lo tanto? Você virou as costas para mim em favor dele, recusando-se a me apoiar na liderança do clã  e agora me recebe de braços abertos? Sabendo que ele não acreditaria em sua súbita mudança, ela falou a verdade. 

— Eu não queria nem você, nem ele como laird. Você, Alfonso Herrera...foi apenas uma questão de escolher o menor dos males.  Os olhos de Gregor Perroni se estreitaram. 

— Você ainda não aprendeu a controlar sua língua ou se dirigir a alguém superior. 

— Não mesmo, e se acha que vai me atingir como fez da última vez que tivemos essa conversa, eu cumprirei minha ameaça e os  Perroni terão que buscar um novo laird. 

— Eu vou ensiná-la,com o tempo— , alertou.