Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni

A espada deslizou pela neve e Alfonso golpeou com o punho o rosto do homem, repetidamente, até que o sangue espalhou-se sobre a neve. Ele rolou para longe e correu para a espada. Agarrou o cabo e puxou-a quando um outro homem avançou para ele. Alfonso rolou, a arma com ele. A lâmina cortou a perna do guerreiro. Saltou, sua dor e febre esquecidas. Tudo o que ocupava sua mente era encontrar Maite e caçar William Levy. Ele abriu caminho para a muralha, e correu os olhos pelo lugar. Apenas por pura força de vontade se mantinha de pé. O que  viu quando olhou para o pátio quase fez  seu coração parar. Embora lutassem bravamente e com mais fogo do que ele já tinha testemunhado, os soldados Perroni estavam em número bem menor, e se cansavam rapidamente. Finalmente viu Maite novamente. Ela encurralava um guerreiro de Levy contra a muralha. Rapidamente, despachou-o enfiando a espada em seu peito, para em seguida, arrancá-la do corpo do homem e virar-se, apenas para descobrir outro soldado em seu lugar. Esse era o problema. Para cada soldado de Levy abatido, surgia outro para ocupar seu lugar. 

Alfonso começou a abrir caminho em direção a ela, determinado a deixá-la em segurança, quando ouviu um grito de guerra tão dolorosamente familiar que quase caiu de joelhos, aliviado. Sentindo  sua força retornar, jogou a cabeça para trás e soltou outro grito em resposta. Em seguida, alertou os soldados Perroni. 

— Os reforços estão aqui! Mantenham-se firmes! Alfonso voltou-se a tempo de ver seus irmãos através dos portões. Centenas de guerreiros Herrera chegavam de todas as direções. Era a coisa mais magnífica que já tinha visto. Se ele vivesse até os cem anos, nunca esqueceria aquela visão.



A sorte tinha mudado decididamente a favor dos Perroni. Antes abatidos e próximos ao final de suas forças, de repente começaram a lutar como se o próprio Deus os tivesse renovado. Crhistopher, que havia liderado a tropa até o portão, desceu de seu cavalo a poucos metros de Alfonso, com sua espada na mão. Cristian o seguiu e de repente, Alfonso estava rodeado por seus irmãos. 

— É muito sério?—  Crhistopher gritou, quando olhou para o sangue escorrendo  de seu irmão. 

— Eu vou sobreviver. 

Os irmãos cortaram caminho através dos guerreiros de Levy. Lutaram com determinação, seu ataque alimentado pela raiva e um desejo irresistível de vingança. 

— Onde está Maite?—  Cristian gritou quando chegaram ao meio do pátio. Alfonso olhou ao redor antes de atingir um guerreiro que avançava. 

— Eu não sei. A perdi de vista quando vocês entraram pelos portões. 

— Sua esposa perdeu o juízo —  Crhistopher disse, quando ficou sabendo de sua luta com o outro soldado. — Ela é a mais maluca,furiosa e valente moça que já tive a oportunidade de conhecer. 

— Sim, ela é tudo isso— Alfonso concordou — E é minha. 

Cristian sorriu, em seguida, girou e deu um golpe mortal em um dos homens de Levy, sua espada, brilhando com o sangue. 

— Você é um homem de sorte, Alfonso. Claramente, a sua esposa é teimosa demais para deixá-lo morrer.  

— Onde está Levy? —  Crhistopher gritou com frustração. — Eu não vou deixar aquele bastardo escapar,  mais uma vez. 

— Maite empurrou uma tocha em seu rosto. Eu não o vi desde  que ela me libertou.  Eles se calaram, enquanto se concentravam em se defender de novos ataques. Os homens surgiam de todos os lados e custou toda a habilidade e concentração de Alfonso bloquear a dor agonizante que sentia.



Sua preocupação não era com William Levy. Ele procurava por Maite. Temia por ela mais do que temeu por qualquer outra coisa em sua vida. 

— Eles estão fugindo!—  Hugh Perroni gritou. — Fechem! Fechem tudo! Não os deixe escapar!  

O pátio estava cheio de corpos, e o que antes estava coberto pela brancura da neve, agora estava banhado de vermelho. O sangue brilhava ao sol, e o cheiro acre espalhava-se com o vento. Alfonso procurava, freneticamente, por sua esposa. Quando ele a viu, seu sangue gelou nas veias. Ela estava lutando contra seu pai, e o homem batalhava descontroladamente, sem a disciplina de um guerreiro experiente. Lutava como um homem que sabia que ia morrer. De costas para Alfonso, Maite lutava bravamente, amortecendo os golpes frenéticos com sua espada, mas a cada ataque sua força ia diminuindo. Alfonso começou a correr, ignorando sua própria dor e o cansaço avassalador. Estava do outro lado do pátio, quando avistou William Levy. Típico do covarde que era, havia se posicionado atrás de uma parede formada pelos seus homens, mas a maioria havia caído e ele estava vulnerável aos ataques. O lado esquerdo do seu rosto estava inchado e manchado de sangue pela queimadura que Maite infligiu-lhe com a tocha. Tinha uma espada numa mão e um punhal na outra. Antes que percebesse, Levy fez pontaria e atirou o punhal na direção de Maite. 

— Não!—  Alfonso rugiu. 

Mas já era tarde demais. Levy atingiu seu objetivo e a adaga atingiu Maite em seu ombro direito. Ela cambaleou, desviou-se de um golpe desferido por seu pai, e depois caiu de joelhos.