Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni

— Não vou negociar com você—  Alfonso rosnou. — Eu não vou deixá-la nem por um momento. 

— Isto é uma ferida grave, Alfonso. Você está febril e sua força se foi. Você pode morrer se não  tomar cuidado.  

— Ajude- me —  disse ele novamente. Crhistopher puxou-o 

— Eu juro que  não tenho idéia de onde surgiu tanta teimosia. 

Alfonso ficou serio enquanto lutava para ficar de pé. As palavras de Levy sobre o seu pai cruzaram sua consciência nebulosa. Ele nunca saberia se era verdade o que Levy disse. Mas não quis contar a história para seus irmãos. Não havia necessidade de plantar qualquer dúvida em suas mentes. Levy tinha vivido em ódio e vingança por anos e isso não trouxe nada de bom. No final, havia trazido desonra sobre si mesmo e o pai que ele alegava querer  vingar. 

— Acabou, Crhistopher— ele disse calmamente enquanto seguiam pelo corredor. — Depois de oito anos, acabou. Levy está morto e nenhum de nós deu o golpe mortal.  

— Sim —  Crhistopher murmurou. — Nosso pai pode descansar agora. Ele foi vingado.  



— Não —  disse Alfonso rapidamente. — Não é vingança. É  honra e justiça. Levy agiu sem honra. Ele morreu sem honra.  É o suficiente.  Franzindo o cenho, Crhistopher lançou um olhar de soslaio para o irmão. 



— Tenho com sua esposa uma dívida que jamais poderei saldar. Ela não apenas salvou sua vida, mas matou um homem que tem causado muita dor em minha esposa e que ameaçava minha filha.  

— Parecem existir muitos de nós gratos a minha mulher— Alfonso disse secamente. Crhistopher bateu à porta do quarto e Alfonso empurrou-a, com impaciência, antes de ouvir a resposta. Seu coração quase parou quando viu Maite deitada de bruços na cama, o rosto virado para o lado e os olhos fechados. Gannon imediatamente ergueu a mão. 



— Ela desmaiou há algum tempo atrás, mas está respirando. A dor tornou-se muito forte. 

— Não podemos dar-lhe uma poção? Existe um curandeiro neste clã? — Alfonso exigia. — Eu não vou vê-la sofrer desnecessariamente. 

— Fique calmo — disse Cristian. — Você não vai querer assustar Maite quando despertar. Tratasse de uma pequena ferida e não há nada com o que se preocupar. Ela teme mais por você do que por si mesma, e  é melhor assim.  Devemos dar-lhe algo pelo que lutar.  

Alfonso foi até ela, lutando contra a dor e o calor úmido da febre. Sua cabeça estava zonza e sentia como se tivesse atravessado um pântano, mas estava determinado a permanecer com ela. 

— A adaga cravou fundo, Crhistopher. 

— Sim. Vai sangrar mais ainda quando a retirar. Vou ter que trabalhar rapidamente para deter a hemorragia e costurar a ferida.  

— Ela é uma lutadora— disse Gannon rispidamente. — Isso não é nada para ela. 

Alfonso nunca tinha visto seu comandante tão pálido. Ele pairava sobre Maite, abrindo e fechando os punhos, como se não tivesse idéia do que fazer. 

— Houve algum outro sangramento?—  Alfonso perguntou com medo. — Ela carrega um bebê. Cristian balançou a cabeça. — Nada que eu tenha sido capaz de ver. Ela não reclamou de nenhuma dor. Apenas nas costas.  

— Deite-se na cama com ela, antes que caia —  Crhistopher disse irritado. — Deite-se em um dos lados, de modo que quando você finalmente desmaiar, não vai ficar no meu caminho. Uma batida soou na porta e Gannon e Cristian sacaram suas espadas. Gannon se apressou a responder, espiando por uma pequena fresta. Então, abriu-a completamente para deixar entrar uma mulher de cabelos grisalhos que parecia ser tão velha quanto Matusalém. Ela parecia extremamente agitada e torcia as mãos.



— Peço perdão, Laird Herrera, mas me disseram que precisava de uma curandeira. Crhistopher olhou fixamente para a velha. 

— Você tem habilidade? A mulher se empertigou e Crhistopher a olhou. 

— Eu era versada nas artes da cura antes mesmo de você nascer, rapaz. 

— Eu preciso de uma porção para a dor e um emplastro para passar na ferida, depois de costurá-la. Ela balançou a cabeça. 

— Sim, eu tenho essas coisas. Você estaria precisando de uma mão firme para fazer a costura? Estou velha, sim, mas minha mão não tem vacilado em todos os meus sessenta anos.  

— Não —  Alfonso interveio. Virou-se para Crhistopher. — Você faz isso. Eu confio em você.  Crhistopher acenou com a cabeça, em seguida, apontou para a curandeira. 

— Providencie o que for necessário. Ela concordou e saiu do quarto. 

— Vou precisar de ajuda para puxar o punhal —  Crhistopher disse com uma careta. — Tem que ser feito rapidamente, e então temos que parar o sangramento. Alfonso, deite-se. Se ela acordar, a acalmará ter você por perto.  Alfonso arrastou-se para a cama e caiu ao lado dela, quando sua força, finalmente, acabou. Passou sua mão sobre a parte de trás de sua cabeça, acariciando seus cabelos emaranhados, que tinham sangue nas extremidades. 

— Quando tudo isso acabar, eu vou dar um banho em você como fez comigo — ele murmurou perto de seu ouvido. — Vamos sentar-nos perto do fogo e eu vou escovar o seu cabelo e, em seguida, alimentá-la. Vou ler todos os pensamentos que eu tenho escrito naqueles pergaminhos desde o primeiro dia em que coloquei os olhos em você.  A verdade é que eu sempre a quis. Mesmo quando você pertencia ao meu irmão.  



Ele tocou seu rosto, tentando infundir um pouco de cor. Ela estava pálida e fria. 

— Aumente o fogo — Alfonso  disse a Gannon. — Eu não quero que ela fique tão fria. Eu a quero o mais confortável possível. 

— Coloque suas mãos em cada lado da adaga—  Crhistopher instruíu Cristian. — Eu quero que você empurre para baixo quando eu puxar. Tão logo o punhal saia, pressione as mãos firmemente sobre a ferida.  Cristian concordou e Alfonso aproximou seus lábios de sua boca. 

— Seja valente, moça —  ele sussurrou. — Como você foi valente para todo o resto. Eu estou aqui. Não vou deixá-la. Crhistopher acenou para Cristian e depois pegou o punhal e puxou. Maite sacudiu-se. Seus olhos abriram-se, de repente, em pânico. Ela gritou e começou a lutar. A faca saiu, banhada em sangue, e Cristian pressionou a ferida enquanto Maite se contorcia embaixo dele. — Shh, Maite, sou eu, Alfonso. Fique calma, moça. Estamos ajudando você.  Foi Crhistopher, meu irmão, que puxou o punhal de suas costas.  Crhistopher cortou impacientemente a sua túnica até deixar nua as costas de Maite. Alfonso fechou os olhos quando viu sangue debaixo das palmas de Cristian. Maite choramingou quando Cristian pressionou com mais força, e Alfonso pegou sua mão. As unhas dela cravaram-se profundamente em sua palma. Alfonso não se importava com a dor se isso a ajudasse a suportar a dela. 

— Esta pegando fogo— Maite engasgou. — Oh Deus, como queima. 

— Eu sei, moça. Será breve. Eu juro. Respire fundo. Olhe para mim. Só para mim e concentre-se. Seus olhos se encontraram. Maite parecia apavorada. — Ele vai costurar a ferida —  Alfonso disse calmamente. — Eu quero que você se concentre em mim. Afaste a dor de sua mente e imaginese segurando nosso bebe.