Fanfic: Doce Lar ❤ | Tema: Rebelde

Capítulo 001

Era manhã de segunda-feira, havia chegado de viagem onde fizemos um tour por toda a América Latina. Da sacada do meu quarto dava pra ouvir o vento chicoteando as folhas das árvores, devia ser umas 11 da manhã, imaginei, estava meio perdida com esse lance de fuso horário. Minhas costas doíam muito. Já disse o quanto detesto poltronas de avião? Elas simplesmente acabam com a minha coluna! Levantei da cama de robbie, atrás de algum analgésico, dei de cara com uma Dulce digitando freneticamente no seu laptop, enquanto falava ao celular.

Dulce: Ok, mais tarde falo com você – desligou voltando sua atenção para mim – Ual – Tudo bem, eu estava acabada.

Anahí: Deixa disso – rolei os olhos – Sabe onde arranjo um analgésico? Minhas costas estão me matando.

Dulce: Deixe-me ver – revirou a bolsa vermelha de franjas compridas dela – Aqui não – abriu outro zíper pequenininho – Ará, toma – tirou a cartela de comprimidos estendendo-a pra mim.

Anahí: Obrigada – murmurei  tomando um deles com um copo de água que encontrei por ali – O que está fazendo? – sentei-me passando os canais na tv.

Dulce: Agendando algumas coisas, confirmando datas, entrevistas, essas coisas – a olhei com cara de tédio – Já havia me esquecido de como você é mau humorada pela manhã –riu e eu dei-lhe a língua – Ah, antes que eu esqueça, chegou isso pra você hoje cedo – entregou-me um envelope amarelo, e tem uma garota, uma tal de Mei...Mia... Mai..- cortei-a.

Anahí: Maite?

Dulce: Isso ai – confirmou – Ela ligou umas 4 vezes, pedi se gostaria de deixar algum recado, mas ela disse que era “pessoal e intrasferível” – ironizou e eu ri. Maite era capaz de usar palavras que ela sequer sabia o significado.

Anahí: Ok, depois eu retorno – voltei minha atenção para o envelope, e Dulce parecia quase ter um filho de curiosidade pra saber o que tinha dentro – Ai Maria, sai pra lá, ta me esmagando – ri e ela se irritou. Odiava que a chamassem de Maria, mas eu adorava deixá-la com raiva.

Dulce: Poxa Anahí – bufou – Você sabe que sou curiosa! – eu ri.

Anahí: E como sei – abri o envelope e dei de cara com um convite de casamento.

Maite Perroni Beorriegui  & José Christián Chavez Garza

Convidam para a cerimônia do seu Casamento, que será realizada ás 20:00 horas do dia 27 de maio na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe.

Dulce: Ual, que fotos lindas – tomou o convite da minha mão.

Anahí: Ei – tomei de volta – Mai vai casar, nossa, tem mais de um ano que não devo falar com ela, sou uma péssima amiga – murmurei contrariada. Dulce discordou com um balançar de cabeça.

Dulce: Você não é uma péssima amiga, você só é uma “amiga celebridade”, é natural que esteja ocupada – levantei apanhando o telefone no aparador e discando o número de Maite.

Anahí: Alô?

Maite: Annie? Como você está? Recebeu meu convite? – típico da Mai, falar pelos cotovelos desde criança. Eu ri.

Anahí: Sim, lindo, achei de muito bom gosto, e fico feliz que tenha lembrado de mim, ando super ocupada, não tenho tido tempo pra mais nada – ela riu.

Maite: Eu posso imaginar – sorri – Então, fico feliz que tenha gostado do meu convite, mas tenho um convite um pouco mais especial pra fazer – ela disse meio receosa e eu me mordi de curiosidade.

Anahí: Pode falar Mai.

Maite: Eu gostaria que você fosse uma das minhas madrinhas de Casamento. Você aceita? – quase engasguei.

Ok. Vamos por partes. Eu sequer estava cogitando em ir para o casamento, Pruebla estava totalmente fora dos meus planos, estava com a agenda atolada de compromissos, sem falar que era um convite que não dava pra simplesmente “recusar”. Ninguém nunca havia me feito um convite assim, tão, digamos, importante. Ai meu Deus, que diabos eu estava fazendo.

Anahí: Mas Mai, faz tempo que não nos vemos, nem nos falamos, você tem certeza que não quer convidar uma amiga mais próxima, ou até uma das suas primas e – ela interrompeu-me chorosa.

Maite: Annie, qual é? Você foi a minha melhor amiga desde que usávamos fraldas, vai me negar esse pedido? – ai tortura psicológica da Mai não. Ela é muito boa nisso.

Anahí: Tudo bem, desculpe, não queria que você entendesse assim – suspirei – Eu aceito – droga, me suicidando em 321.

Maite: Ai Annie, eu sabia que você não ia me decepcionar – feliz – Agora tenho que sair pra resolver algumas coisas do casamento, te ligo a noite para conversarmos ok?

Anahí: Tudo bem – concordei e nos despedimos.

Dulce: Deixa eu ver se eu entendi – pela milésima vez – Você aceitou ser madrinha de um casamento? Você? Anahí Portilla? É isso?

Anahí: Dulce você já está me irritando, e sim eu aceitei droga. Maite é minha amiga de infância, esse não é um convite do tipo que alguém possa recusar – ela assimilou.

Dulce: Tudo bem, princesa do México, e o que você pensa em fazer com os 32 compromissos agendados para o mês de maio? Digo porque como madrinha vai ter que ajudar na escolha da decoração, do vestido, do penteado, das jóias, da – a interrompi.

Anahí: Tá, já entendi – murmurei irritada – E o que você sugere super assessora? – debochei.

Dulce: O que eu já havia sugerido no mês passado. Tire umas férias – Ela disse simplesmente. Ok, ela só pode estar louca.

Anahí: Férias? Hello, férias? Bateu com a cabeça?

Dulce: Não, só acho que pode aproveitar a ocasião pra dar um tempo, descansar, ver a família. Poxa Annie, a quanto tempo não passa alguns dias com seu pai? Angelique? – me coloquei a pensar – Você sabe que isso seria bom, até mesmo pra sua carreira, esse lance de mostrar que se importa com a família, acho que destruiria uma parte dessa imagem de menina má que construíram de você.

Anahí: Você tem certeza? – suspirei

Dulce: Absoluta, e eu vou com você – arregalei os olhos.

Anahí: Você o que?

Dulce: Não tenho como administrar sua carreira longe de você né? E assim aproveito pra conhecer alguns gatos caipiras – eu gargalhei.

Anahí: Só você pra me fazer rir com uma volta a Pruebla – ela imitou um caubói.

Dulce: Aquela cidadezinha vai ser pequena demais pra nós duas – eu ri.

Talvez Dulce tivesse razão, algumas férias em casa não fariam mal, ou fariam?