Fanfic: Doce Lar ❤ | Tema: Rebelde

Capítulo 020

Assim que entramos no carro logo pude perceber que Poncho em nada mudara do tempo em que éramos namorados. Tudo completamente limpo e organizado, em seu devido lugar. O carro todo perfumado, os bancos de couro preto lustrosos, espelhos e painel impecáveis. Sentei-me ajeitando o banco e o retrovisor.

Poncho: Se quiser tem uma almofadinha pra você sentar - riu debochando da minha altura e eu fechei a cara.

Anahí: Aqui bêbado não opina - respondi grossa - E coloca já esse cinto antes que eu enfie ele em outro lugar - ele riu da minha cara colocando o sinto enquanto eu fazia o mesmo.

Mesmo super enrrolado Poncho conseguiu me explicar aonde ele morava. Pra minha surpresa era do outro lado da cidade e eu que odiava dirigir carros que não eram meus teria que andar uns 30 quilômetros dirigindo aquele volvo preto que eu mal alcançava os pés no acelerador. Poncho ligou uma música, nada pesado, um rockzinho melódico, abriu os vidros, o porta luvas e apanhou uma garrafa pequena de bebida.

Anahí: Ei ei, nada disso - tentei arrancar a bebida das mãos dele porém ele era mais forte, então foi inútil.

Poncho: Shiiiiii - levou o dedo a boca completamente desajeitado - Você está dirigindo meu carro, só bebendo pra superar isso - ele disse todo errado e eu tive que soltar a gargalhada que estava presa na minha garganta. Mesmo sendo zoada, Poncho conseguia me fazer rir.

Até que o percurso não fora tão longo. Apertei o botão para abrir o portão eletrônico e dei de cara com uma casa realmente bonita. Era de dois pavimentos, muito bem estruturada, um lindo jardim na frente, muito bem cuidado por sinal. Painéis de vidro, uma pequena pscina na lateral. Estacionei o carro do Poncho e desci ajudando-o a descer também. Ele apoiou um dos braços no meu ombro e eu tive de tirar os sapatos senão nós dois cairiamos ali mesmo naquela grama esborrachados.

Poncho: Annie, já tinha esquecido o quanto você é anã - debochou novamente de mim.

Anahí: Só não vou arrebentar a sua cara porque você não vai lembrar de um quinto das besteiras que me disse hoje - disse enquanto subia as escadas com ele escorado em mim - Vamos Poncho, me ajuda porra.

Poncho: Você falando palavrão é muito engraçado - caiu na gargalhada se tornando mais pesado ainda.

Anahí: Se você não calar a boca logo eu já já vou te mostrar o que é engraçado - olhei-o de cenho fechado.

Praticamente arrastei Poncho pra um quarto que julguei ser o seu. Atirei-o no banheiro ligando o chuveiro no frio. Então o empurrei lápra dentro do box e ele foi logo se despindo. Então sai e deixei-o lá fechando a porta. Voltei para o quarto procurando algo pra que ele vestisse.

Abri o closet e encontrei apanhei uma camiseta preta, revirei mais um pouco e pra minha surpresa encontrei uma caixa de fotos, todas rasgadas. A curiosidade falou mais alto e apanhei uma delas tentando ver de quem se tratava. Eram dela, a garota da cafeteria, a mesma do casamento da Mai. Lá tinham também alguns pertences, provavelmente dela, uma blusa, algumas langerries. Será que Poncho planejava devolver? Estava tudo tão organizado dentro da caixa. 

Encontrei um short e assim que ele abriu a porta do banheiro, fechei o closet rapidamente. Alcancei a ele as roupas e fui até a cozinha fazer um café. Estava quente, então prendi meu cabelo novamente em um coque frouxo e fiquei ali descalça mesmo. Achei que ele demoraria então enquanto passava o café cantarolei uma músicado meu último cd.

OUÇA ABSURDA | ANAHÍ

Estava tão distraída que só me dei conta de que Poncho me observava do batente da porta sem camisa quanto virei-me pra servir o café na xícara.

Anahí: Que susto Poncho - levei uma das mãos ao peito enquanto alcançava a xícara a ele com a outra.

Poncho: Já tinha esquecido o quanto você canta bem - sorriu tomando um pouco do café e fazendo uma careta.

Anahí: O que foi? - perguntei preocupada.

Poncho: A cozinha realmente nunca foi seu forte né Annie - eu ri. Na verdade nós rimos.

Anahí: Ah você sabe que não - fiz bico - Agora que voce esta bem, preciso ir, prometi que não chegaria tarde em casa.

Poncho: Porque você não dorme aqui? - estremeci - No quarto de hóspedes, digo e, bom está muito tarde pra você ir embora - silenciamos - Pode ser perigoso, e você foi muito gentil me trazendo pra casa. Sabe Annie, não estou nos meus melhores dias.