Fanfic: Da Magia a Sedução.

Delaware era longe da pequena cidade onde ficava o orfanato,
o caminho era somente de pinheiros altos e cobertos com um pouco de neve, o
Land-Rover preto já tinha o teto branco de neve, e lá dentro o frio não era tão
cortante, o Sol era fraco, mas clareava bastante, Christopher já tinha pegado
no sono há uma hora. Alfonso ficou com seus fones de ouvidos velhos, ouvindo
suas musicas velhas, porque no orfanato não tinha computador para ele poder
entrar em sites piratas e baixar suas musicas novas, ele mal tinha moedas para
comprar as pilhas que o MP3 pedia. Ann olhou para traz e tocou o joelho de
Christopher, sorrindo.

Ann: Acorde meu querido, quero que veja Delaware.

Era estranho, passaram por uma ponte que quase matou Maite
de medo, e a beleza das arvores que mesmo com sua maioria coberta de neve,
coloriam a paisagem. Tinha rosa, laranja, verde, oliva, vermelho, roxo. Uma
aquarela de cores. Delaware era uma cidade, com prédios ruas, transito, lojas e
lojas, shopping, cinema e tudo mais. Mas um lado era somente uma floresta,
lembrava aquelas historias antigas de terror. A floresta marcava bem a cidade,
dava um ar de bosque. Alfonso olhou bem a dentro daquele bosque e viu um
pequeno povoado, casas de madeira e um poço no meio delas. Achou estranho,
cutucou Maite e apontou, e moreninha olhou e deu de ombros, como quem diz não
saber também o que é.

Maite: Ann? – Chamou de joelhos no banco do carro, olhando
pela janela.

Ann: Sim, minha princesa.

Maite: O que há ali? – Apontou o pequeno povoado.

Ann: Ali é Démonolâtrie.

Christopher: Demonooque?

Calr: Démonolâtrie, é uma colônia de franceses, vivem ali a anos. –
Ele riu da pergunta do pequeno.

Alfonso: Vivem ali, longe de todos? – Fez careta.

Ann: Sim, vieram para cá, nem eu e nem Calr éramos nascidos,
vivem assim em condições precárias, e pouco aparecem na cidade.

Calr: Há exeções claro.

Maite: Quais?

Calr: Alguns deles, simplesmente vivem como pessoas normais
de cidade grande, trabalham, tem suas casas, seus filho, seus empregos. Levam
uma vida normal, entendeu Mai?

Maite: Sim, mas porque vivem tão afastados.

Calr: É uma lenda, coisa que o povo inventa.

Ann: Nada que possa ser levado a sério.

Alfonso: Démonolâtrie, isso não me é estranho. – Resmungou e sentou-se
direito no banco do carro. 

Passaram-se mais 15 minutos até que Carl entrou em uma rua
onde a neve já nem era tão vista, arvores estavam enfeitadas com pisca-piscas,
e bonecos de neve eram como obrigatórios em todos os jardins.

Calr: Chegamos. – Disse parando o carro.

Ann: Sejam bem vindos a sua nova casa.

Eles olharam e sentiram uma saudade grande bater no peito, a
casa era grande, era bege com janelas e portas marrons, tinha pequenos arbustos
na frente e um balanço entre duas arvores. Não havia boneco de neve ali, porque
não havia crianças ali. Maite já pensava em qual cachecol por no boneco que
iria fazer. Christopher foi o primeiro a entrar, largou a chupeta com Alfonso e
se lançou nos corredores da casa. O quarto de Maite foi lhe apresentado, era
lilás, em um tom bem claro. Tinha bonecas, um computador, uma cama com um
edredom roxo que parecia ser tão confortável, um urso enorme, telefone,
prateleira cheia de livros, um aparelho de som e muitos CDS em volta. Tudo que ela
tanto queria. O de Alfonso foi o segundo, era azul escuro, e branco, uma cama
enorme, um pequeno note book, pois Ann sabia que ele levava isso pra todo
canto, tinha pôsteres de filmes, um aparelho de som, muitos CDS, e pouco
brinquedos, livros enchiam o cômodo, e artigos esportivos também, uma bola de
basquete, um taco e uma luva de beisebol, uma bola de futebol. E o quarto tinha
uma janela que dava de frente com a floresta, o bosque de Delaware. O de
Christopher era verde-claro, com um berço e uma cama, tinha brinquedos
espalhados por todos os lados, uma televisão e um videogame, Uma bola enorme e
colorida, sem contar um pequeno ramister, marrom que corria animado com tanta
gente perto, O pequeno abaixou perto da gaiola e olhou para o animal.

Christopher: Buk.

Ann: Como querido?

Christopher: O nome dele é Buk mamãe. – E sorriu, se jogando
na cama testando as molas do colchão.