Fanfic: Noiva impossível | Tema: Vondy

Continuando....

Ele era educado e atraente.

Mas Dulce não podia ignorar o fato de que possuía uma voz igual a do Kermit, o Sapo.

O bip dele a salvou. Ou o salvou, dependendo do ponto de vista. No meio do evento para angariar fundos, ele precisou partir, e o tornozelo de Dulce começou a latejar. Homens costumavam entediá-la, por muitas razões, mas aquele batera o recorde. Era um cientista e as formigas que estava estudando escaparam do viveiro.

Xxx: Você está de pé há muitas horas. – Uma voz masculina familiar soou atrás dela.

Dulce se virou e cambaleou, frustrando-se de imediato por sua instabilidade. Olhou para cima a se deparou com o olhar penetrante do Dr. Uckermann.

Dul: Não, não estou – negou automaticamente.

Ucker: Quando começou a doer? – Ela abriu a boca para negar outra vez, então deu de ombros.

Dul: Apenas cerca de cinco minutos atrás. – Ucker colocou a mão na parte inferior das costas dela e acenou com a cabeça para a lateral da sala.

Ucker: Há uma cadeira com o seu nome. O que está fazendo aqui? – Dulce não estava disposta a contestar, então mandou até a cadeira e se sentou.

Dul: A liga da juventude é uma das minhas causas favoritas, e fui convidada para este evento, muito tempo atrás. – Ela o viu encostar as muletas contra a parede. Parecia completamente à vontade usando um terno escuro. Aliás, devia se sentir à vontade usando qualquer roupa, pensou ela. Podia apostar que até mesmo nu se sentia à vontade.

Dulce arregalou os olhos para si mesma. Santo Deus, de onde vinham aqueles pensamentos? Sobrecarga de testosterona, concluiu. Ucker era um daqueles homens que exalava sexo. Primitivo demais para o seu gosto.

Dul: Está usando roupas comuns, esta noite. O que faz aqui? Recordo-me que você costumava ter alguns problemas com a lei. Veio aqui para provar que mudou? – Ucker lanço-lhe um olhar irônico.

Ucker: Talvez em outra ocasião. Esta noite, estou aqui para...

Dul: Para? – perguntou ela. Ele enfiou as mãos nos bolsos do terno.

Ucker: Para me entrosar com a comunidade. – Dulce piscou diante do flash de vulnerabilidade que escureceu os olhos dele por um milésimo de segundo.

Dul: O que? – Ucker a fitou desconfortável e um pouco irritado, ao mesmo tempo.

Ucker: Ora, Dulce Maria, você nunca foi desatenta. Ouviu muito bem o que eu disse. – Dulce fez uma pausa. Ucker captou toda sua atenção. Encontrava-se presa entre suas experiências com ele quando eram muito jovens e o que ele era hoje. O homem no qual ele se tranformara era mais complexo e estava à procura de algo, percebeu ela. A constatação a atingiu.

Dul: Está interessado em contribuir com dinheiro ou ajudar com alguma coisa? – Seu olhar encontrou o dela.

Ucker: Ambos.

Dul:  A liga da Juventude tem um programa criado para organizar jogos de basquete para jovens carentes da cidade, uma vez por semana. Estão sempre à procura de mais homens.

Ucker: Vou pensar no assunto – disse ele, o os cantos dos seus olhos enrugaram de uma forma provocante. – E você? Percebi que o homem que estava ao seu lado mais cedo foi embora. Está à procura de outro?

Dul: Só se for um motorista de táxi – murmurou Dulce, e lutou contra uma pontada de vergonha. Não sabia o quanto deveria revelar. – Ele foi bipado e teve que sair.

Ucker: Compromisso sério? – Ela negou com a cabeça. Não lhe diria que era um encontro às escuras.

Dul: Apenas amigos.

Ucker: Encontro às escuras, não é? – Dulce abafou um palavrão e se ergueu.

Dul: Meu tornozelo já melhorou. Acho que vou pegar uma bebida. – Ela pegou as muletas e rapidamente mancou em direção ao bar. Com a pressa, acabou enganchando uma das muletas na perna da mesa de bebidas e aperitivos e se desequilibrou. Praguejando, se viu despencando em direção ao solo, até que um braço a envolveu pela cintura e a puxou para trás. Suas costas se aninharam intimamente contra o peito musculoso de Ucker, e ela sentiu dificuldade para repirar.

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