Fanfic: Noiva impossível | Tema: Vondy

Meninas obrigado pelos comentários... Continuando...

Ucker pegou uma cerveja e olhou através da janela do seu apartemento para o adolescente jogando bola na quadra de basquete. O mesmo garoto ficava ali fora todas as noites, até altas horas da madrugada. Ele desejou saber onde estariam os pais do menino e franziu a testa.

Exalou um suspiro e tamborilou os dentes na vidraça. Os dois últimos dias tinha sido interessantes, pensou com ironia. Quem diria um dia ele trataria de Dulce Maria Espinosa Salviñón? “A Faca”. Ela sempre fora afiada e com certeza seria capaz de cortar um réu em tiras se quisesse.

Dulce sempre fora uma mistura intrigante de feminilidade. Forte e inteligente demais para a maioria das crianças em sua turma da escola secundária, dispensava pouco tempo a vida pessoal, focando-se mais nos estudos e nas amigas mais próximas. Definitivamente, uma mulher Tipo A, uma que seguia as regras.

Ucker entendia a mentalidade Tipo A, uma vez que também tinha uma parcela dela. Era a parte de seguir as regras onde ele diferia. Preferia fazer as próprias regras. No entanto, Dulce conseguira algo que ele não fora capaz. Manter as velhas amizades e conquistar um espaço para si mesma.

Invejava-a porque se sentia sem raízes. Após estagiar em um centro médico em West Coast e fazer residência no México. Ucker voltara a cidade para conseguir algum tipo de estabilidade na vida. Não vinha ali há anos, e, embora isso o surpreendesse bastante, sentira falta daquele lugar.

Ao partir, pensou que nunca mais voltaria. Sempre achara a cidade muito parada. No começo, gostava do ritmo acelerado das grandes cidades, a variedade de pessoas e lugares. Poir fim, no entanto, Los Angeles e Miami haviam se tornado agitadas demais.

Após a morte de seu melhor amigo, nove meses atrás, o choque o forçara a refletir sobre os últimos dez anos de sua vida.

Além da profissão, o que mais lhe restava, exceto alguns bons momentos? Percebeu que os amigos eram apenas conhecidos e as mulheres... Ucker fez um gesto negativo com a cabeça. Poderia muito bem ter tido uma porta giratória com um temporizador.

Queria mais. Todas as coisas em que acreditara eram falsas e desnecessárias. Tudo pelo qual ansiara. Uma casa, bons amigos, um propósito, e talvez alguém com quem pudesse contar. Não fazia ideia de como conseguir, mas sabia que exigiria uma mudança.

____________________________________________________________________________ 

Uma semana depois Dulce assistia horrorizada Ucker serrar a bota de gesso. Sua perna estava inchada e com hematomas provocados pelo trauma. Ela lutou contra o desejo de cobri-la

Dul: Porque resolveu troca-lo tão cedo?

Ucker: Para remover os pontos e examinar o ferimento- repondeu ele, afastando as partes do gesso para os lados. Ele examinou as suturas. – Parece bem. Está tomando o antibiótico, não é?

Dulce assentiu com a cabeça e franziu a testa.

Dul: Nem parece a minha perna – murmurou – Parece a perna de um alienígena – Ucker riu.

Ucker: Está apenas um pouco inchada. Era previsível . Mary vai fazer a assepsia. Em seguida, vamos retirar os pontos e colocar uma nova bota de gesso.

Mary, a enfermeira do consultório, sorriu equanto desinfetava delicadamente o pé de Dulce. O toque suave ajudou-a relaxar. Estava tensa desde que Ucker entrara, mas seus pensamentos insistiam em vê-lo de outras formas, do menino que conhecera quando criança, ao homem que ele era agora. Tentou se concentrar no Dr. Uckermann.

Dul: Vou ficar com o novo gesso até o fianal? – Ucker negou com a cabeça e começou retirar os pontos.

Ucker: Oh, não. Vamos mudá-lo a cada três semanas e fazer um raio X todas as vezes, para termos certeza de que está se curando.

Continuaa....