Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie
– VOCÊ ESTÁ maravilhosa.
Maite sorriu para Tara.
– Obrigada... E idem. Você viu? – Ela se inclinou para frente e sussurrou: – Eu sei me vestir
quando realmente quero.
Tara deu risada.
– Eu vi, sim. Mas, é sério, você está linda. – Ela sorriu e estreitou levemente os olhos. –
Contudo, há algo diferente. O que é?
Maite precisou se esforçar para não levar a mão ao ventre. Ela sabia que ainda não estava
visível, e certamente não debaixo do vestido de noite que ela havia comprado nessa manhã. Ela
percorreu os olhos ao redor do salão lotado em busca de Alfonso.
Tara sorriu para o seu perfil.
– Ele está com Jackna mesa de bufê.
Maite dirigiu o olhar para a longa mesa, encontrou os dois homens e depois voltou a encarar
Tara.
– Quem? – ela indagou, mantendo um tom de voz indiferente.
A cunhada deu risada.
– Seu acompanhante.
– Ele não é meu acompanhante.
Tara deu de ombros.
– Eu apenas disse que você estava procurando por Alfonso, e ele está com Jack.
– Bom para ele.
– Alfonso ou Jack?
Maite suspirou.
– Será que podemos parar com isso agora?
A cunhada tocou-lhe um dos braços.
– Deus, eu sinto muito, Maite. Eu não pretendia aborrecê-la.
– Não se preocupe. – Maite voltou a percorrer o olhar ao redor do salão. – Acho que estou
muito sensível no momento. – E, fazendo uma careta, finalizou: – É uma longa história.
Tara a espiou de soslaio.
– Então, você e Alfonso são amigos agora?
Amigos? Maite piscou lentamente enquanto permitia que a palavra entrasse em sua mente. Era
isso o que eles eram agora? Será que o que eles tinham se encaixava em uma categoria? De
alguma forma, ela duvidava disso.
– Acho que você pode dizer que estamos trabalhando nisso.
Tara prosseguiu com a linha de pensamento.
– Posso lhe fazer uma pergunta?
Maite prendeu a respiração. Virando-se para encará-la, ela assentiu lentamente com a cabeça.– Já lhe ocorreu... – Tara estudou o perfil tenso de Maite. – Bem... Porque ocorreu a mim...
Você sabe...
Maite suspirou.
– Vá em frente, Tara. Apenas faça a pergunta. – Ela apertou os dedos ao redor do copo.
– Já lhe ocorreu que talvez parte do motivo de você não gostar de Alfonso se deva ao fato de ele
lembrá-la um pouco de Jim?
Maite franziu o cenho.
– O quê?
As faces de Tara ficaram levemente coradas.
– Bem, você tem que admitir que eles são muito parecidos. Ambos são altos, louros… Eu
pensei que talvez esse seja o principal motivo de você ter sido tão severa com ele.
A personalidade irritante, arrogante e a forma com que ele tratava as mulheres com quem se
relacionava não eram motivos suficientes? Maite continuou franzindo o cenho.
– Ele não é tão ruim uma vez que você o conhece – Tara continuou. – Certo, ele é do tipo
mulherengo. Mas certamente ele mudaria quando conhecesse a mulher certa.
Maite meneou a cabeça.
– De onde você tirou tudo isso?
As faces da cunhada ficaram ainda mais coradas.
– Nós apenas achamos que, uma vez que vocês dois parecem estar se dando bem, você deva
superar seus pré-julgamentos.
– Nós?
– E, ENTÃO, o que está acontecendo entre você e a minha irmã?
Alfonso quase engasgou com um pedaço de salsicha. Ele sorveu um gole da cerveja para
facilitar a ingestão do alimento e encarou o amigo com os olhos marejados.
– O que quer dizer?
Jack deu de ombros.
– Bem, para começar, você a trouxe para a festa dos seus pais como sua acompanhante.
– Ela não é minha acompanhante. – Ele manteve a expressão séria enquanto o fitava
diretamente nos olhos.
Jack exibiu um olhar de incredulidade.
– Certo, então o quê? Agora vocês são amigos ou algo do tipo?
Eles eram? Afonso considerou a definição de amigos e sabia que eles não eram isso. Não
quando ele não conseguia despender tempo ao lado dela sem pensar em beijá-la ou apenas
abraçá-la. Amigos? Não. Eles eram algo além disso.
Alfonso deu de ombros.
– Não é grande coisa, Jack. Nós apenas decidimos nos conhecer um pouco melhor.
Jack ergueu as sobrancelhas.
– Ah, é mesmo?
– Jack, você está me perguntando se está acontecendo alguma coisa entre mim e a sua irmã?
– Como irmão único de quatro irmãs, é meu trabalho cuidar do interesse delas.
– E eu posso apenas imaginar o quanto isso pode influenciar Maite.– Talvez, se eu a tivesse assistido melhor, ela não teria se machucado tanto da última vez.
Alfonso franziu as sobrancelhas ao ouvir o comentário do amigo. Ele não poderia honestamente
estar se culpando por isso, poderia?
– Ela toma suas próprias decisões.
– Sim, é verdade. – Jack exibiu um sorriso irônico. – Mas isso não me impede de tentar me
assegurar de que ela não se machuque daquela maneira novamente. Isso se chama
preocupação... É o que você faz quando alguém significa alguma coisa.
Alfonso assentiu com um gesto de cabeça.
– Obrigado pela dica. Eu, obviamente, não teria descoberto isso sozinho, uma vez que nunca
me preocupei com ninguém durante toda a minha vida.
– Eu não quis dizer isso.
– Ah, não? – Alfonso percorreu o olhar ao redor do salão até encontrar Maite. – É o que a sua
irmã tem pensado desde que repousou os olhos em mim pela primeira vez.
Jack estudou o perfil de Alfonso.
– Hum... Tara e eu temos uma teoria quanto a isso.
Alfonso o fitou diretamente nos olhos.
– E?
– Nós achamos que você a faz se lembrar de Jim.
– Muito obrigado. – Ele sorveu outro gole da cerveja e virou-se para deixar a mesa. Contudo,
Jack segurou-lhe um dos braços, impedindo-o de se afastar. Alfonso baixou o olhar para a mão que
o prendia até que o amigo o soltasse e, então, voltou a encará-lo. – Se eu entendi direito, isso quer
dizer que você acha que eu sou como o homem que fugiu de sua esposa e filha e começou a se
divertir com outra mulher. Bom saber que a sua opinião sobre mim está quase à altura da opinião
de Maite.
– Não é isso que estou dizendo. Você não conhece a história inteira.
– Porque ninguém me contou!
– Maite é quem deveria lhe contar.
– Se ela pensa que eu sou como ele, é improvável que ela confie em mim, não acha?
– Eu nem mesmo acho que Maite perceba que seja esse o motivo de ela não gostar de você...
E, só para constar, eu não acho que você seja igual a ele. Você apenas se parece um pouco com
ele, e eu tenho certeza de que essa foi uma das primeiras coisas que ela notou quando o
conheceu.
Alfonso voltou a observá-la em meio ao salão enquanto as palavras entravam em sua mente.
Seria isso? Seria tão simples assim?
Se ela não gostava dele porque ele a fazia se lembrar de Jim, então essa antipatia começava a
fazer algum sentido... Tornando-se menos pessoal, de certo modo.
Mas, ao mesmo tempo, ele não queria fazê-la se lembrar do ex-marido. O homem que a
havia abandonado.
– Então, será que eu devo ter uma conversa com você a respeito de suas intenções? – Jack
sorriu enquanto fazia a pergunta, sabendo que o amigo iria captar o humor. Mas o olhar severo de
Alfonso o pegou de surpresa.
– Jack...
Jack ergueu uma das mãos na frente dele.– Ei, era uma brincadeira, Alfonso... Não precisa ficar tão sério. Estou feliz que vocês dois
estejam se dando melhor, e isso realmente não é da minha conta.
Alfonso arqueou as sobrancelhas.
– Sério, não é. – Jack deu risada. – Eu apenas terei que matá-lo se você machucá-la.
Alfonso respirou fundo e fitou o amigo diretamente nos olhos.
– Eu nunca faria nada para machucá-la.
– Fico feliz em saber disso.
– VOCÊ DEVE ser Maite. – A mulher de meia-idade a envolveu em um abraço. – Eu estava tão
ansiosa para conhecê-la. Você me deu o melhor presente de aniversário que eu poderia ter
recebido.
– Eu? – Maite indagou, confusa.
Ela só poderia assumir, pelo vislumbre que tivera dos olhos verdes da mulher, que ela era a
mãe de Alfonso. Mas por que ela teria dado o melhor presente de aniversário dela?
A mulher deu um passo para trás a fim de encará-la.
– E você não é simplesmente adorável? Eu sempre soube que Alfonso acabaria conhecendo
uma jovem linda como você. Ele apenas precisou de um tempo para encontrar a pessoa certa,
eu suponho.
Maite exibiu um sorriso fraco.
Nesse instante, Alfonso se aproximou e olhou de uma para a outra.
– Então vocês duas se conheceram?
– Não exatamente. – Maite ergueu os olhos para encará-lo, notando que Jack também havia se
aproximado com Tara ao seu lado. – Sua mãe estava apenas dizendo que eu dei o melhor
presente de aniversário para ela...?
– É mesmo? – Ele franziu o cenho, sentindo-se confuso, e depois dirigiu o olhar para a mãe. –
Ela fez isso, mãe?
A mulher continuou sorrindo para Maite.
– Eu sinto muito, eu deveria ao menos ter me apresentado antes de abraçá-la, não deveria? –
Ela deu risada. – Isso é típico de mim. Mas eu fiquei tão feliz em conhecê-la.
Alfonso piscou por duas vezes. Ele sempre soubera que a mãe poderia ser um pouco exagerada,
mas...
– Maite... Essa é minha mãe, Anne. Mãe… Você obviamente já conheceu Maite.
Anne enlaçou seu braço ao dele.
– Sim, e você deveria tê-la me apresentado antes. – Ela desviou os olhos de Maite por um
instante. – Oh, olá, Jack, Tara.
Ambos a cumprimentaram de volta antes de continuarem observando a ação à frente deles se
desvelar.
Maite sorriu para Anne por entre os dentes cerrados.
Anne apertou o braço de Alfonso e ergueu os olhos para encará-lo.
– Não acredito que você estava esperando até essa noite para nos contar. Se Barbara nãotivesse descoberto o segredo há dias, eu nunca iria saber. – Ela exibiu um sorriso caloroso para
Maite. – Mas, é sério, esse é o melhor presente que eu poderia receber. Nós duas estamos muito
contentes por você.
De súbito, tudo começou a fazer sentido para Alfonso. Ele encarou a mãe com espanto.
Barbara. A mãe de Gillian. Alfonso assentiu lentamente com a cabeça. Isso acontecera por ele
não ter se apressado em conversar com a mãe antes dessa noite. Ele respirou fundo e dirigiu o
olhar para Maite, sabendo que estava muito encrencado. Ela sustentou-lhe o olhar. Apesar do
sorriso estampado nos lábios femininos, ele sabia que era um homem morto. Bem, desta vez a
culpa não era sua.
Ao menos não inteiramente.
– Maite…
– Você me trouxe aqui nesta noite como um presente de aniversário?
– Não! – ele exclamou, e franziu as sobrancelhas para ela. – Eu a trouxe aqui como minha... –
Ele percorreu o olhar ao redor, notando a pequena audiência. – Acompanhante.
Maite arfou.
– Isso não é um encontro.
– Você está me acompanhando na festa de aniversário de casamento dos meus pais. Nós
viajamos juntos, iremos despender a noite juntos e depois eu irei levá-la para casa. Eu posso até
mesmo lhe dar um beijo de boa-noite... Se você tiver sorte. – Ele sorriu e finalizou: – Isso
constitui um encontro.
Tara e Jack começaram a sorrir também. Maite resmungou, e Anne avançou um passo na
direção dela.
– Eu sinto muito por Barbara ter arruinado a surpresa de vocês dois.
Alfonso virou-se para a mãe.
– Não é exatamente o que você está pensando. Eu deveria ter conversado com você antes,
mas as coisas têm sido... – Ele lançou um breve olhar para Maite. – Complicadas.
Maite sentiu as faces se aquecerem.
– Você não contou a sua mãe que nós estávamos juntos?
Alfonso meneou a cabeça em negativa, e sua voz soou baixa, e íntima.
– Não.
– Oh, não. A filha da minha melhor amiga deparou-se com ele no começo da semana.
Confusa, Maite dirigiu o olhar para Anne.
– Oh?
Alfonso sabia que “oh” provavelmente seria traduzido para a mãe dele como um “eu
entendo”… Quando, na verdade, Maite ainda não tinha a menor ideia do que estava acontecendo,
ou que a mãe dele soubesse sobre o bebê. Agora eles teriam que contar a Jack e Tara. Isso era
uma certeza.
Anne deu risada.
– Eu acho que o fato de Gillian tê-lo flagrado comprando diversos itens para bebê os entregou.
O ar pareceu ficar imóvel e silencioso enquanto o pequeno grupo tentava entender o
significado por trás das palavras de Anne.
Alfonso fechou os olhos por um momento, como se, ao bloquear a visão de tudo, ele pudesse fazer com que essa confusão desaparecesse. Quando abriu os olhos novamente, ele foi
imediatamente apresentado a diversas emoções diferentes em diversos rostos diferentes. Sua
mãe parecia entusiasmada, como se o Natal tivesse chegado; Tara estava surpresa; Jack parecia
como se fosse explodir; e Maite...
Ela estava chocada, devastada. Ele avançou um passo na direção dela. Maite recuou um passo
e levou as mãos à cintura.
– Você comprou artigos para bebê?
– Apenas algumas coisas...
– Metade da loja, pelo que eu ouvi. – A mãe tentou fazer com que isso soasse uma boa coisa,
embora seus olhos demonstrassem preocupação.
Alfonso avançou mais um passo e estendeu uma das mãos para Maite. Ela recusou a mão que
ele lhe ofereceu e o fulminou com o olhar.
– Como você pôde ter sido tão estúpido?
– Maite...
Jackse colocou na frente dela a fim de protegê-la de Alfonso.
– Agora não, Alfonso.
– Jack, deixe-me falar com ela. – Por trás do escudo humano, Alfonso podia ver Maite sendo
levada embora por Tara. – Eu só preciso de um minuto.
– Oh, eu acho que você teve muitas oportunidades para esse minuto. – Jack repousou a palma
da mão contra o peito de Alfonso e o fitou diretamente nos olhos. – Com todos nós.
Alfonso afastou a mão que Jack mantinha em seu peito.
– Eu preciso ver se ela está bem.
– Nós vamos fazer isso.
Ele sacudiu a cabeça em negativa.
– Não, eu...
– Você o quê, Alfonso? – Jack o empurrou sutilmente enquanto fazia perguntas em um tom
baixo de voz. – Você se importa com ela? Você a ama? O quê?
– Alfonso, o que está acontecendo? – A mãe dele exigiu.
Ele dirigiu o olhar para a mãe.
– Como eu disse, mãe, é complicado.
– Eu me intrometi onde não devia, não é mesmo?
Alfonso sorriu.
– Não é sua culpa. Eu deveria ter feito algo para consertar isso antes. – E, tocando-lhe um dos
braços, ele concluiu: – Volte para a festa. Explicarei tudo amanhã. Prometo. Não se preocupe.
Os dois exibiram sorrisos calorosos para Anne e aguardaram até que ela se afastasse. Depois,
o sorriso desapareceu de seus rostos e Jack voltou a encarar Alfonso.
– Isso é uma confusão.
– Como eu disse, eu deveria ter consertado isso antes.
Jack assentiu com a cabeça.
– Sim, você deveria.
– Nós iríamos lhe contar – confessou Alfonso.
Ele deu de ombros.– Acredito em você.
Alfonso percorreu o olhar ao redor do salão conforme Maite e Tara se afastavam.
– Deixe-me conversar com ela, Jack.
Jackdeu um passo para o lado a fim de bloquear-lhe a passagem novamente.
– Quando você decidir o que realmente quer, então poderá falar com ela. Por enquanto,
deixe-a em paz. – E, inclinando-se para frente, avisou: – Não me faça bater em você, Alfonso.
Alfonso era mais do que capaz de se defender, e ambos sabiam disso. Ele inspirou
profundamente.
Autor(a): ellenm
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– Isso é entre mim e sua irmã.Jacksorriu com sarcasmo.– Só podia ter sido, não é mesmo?– Você não vai conseguir me manter longe dela por muito tempo.Jacko estudou por um momento.– Até você descobrir o que você quer dela, e até que a dor deixe os olhos dela, eu irei movercé ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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taynaraleal Postado em 20/06/2015 - 16:46:27
OWWWW Naty eu me apaixonei de verdade pela fic.
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taynaraleal Postado em 17/06/2015 - 22:46:39
Continua meu bem, estou amando :)
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taynaraleal Postado em 16/06/2015 - 23:14:00
owwww o Poncho está tao fofoo
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taynaraleal Postado em 13/06/2015 - 12:01:17
Jack vc agora tem meu ódio, continua Naty!
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:55
é serio pode postar, sou apaixonada em histórias assim
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:24
AAAAAAAAAAAA cheguei Natyy, estou apaixonada pela fic, pode continuar
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Furacao Maite Postado em 10/06/2015 - 23:00:18
oiii to aqui!!!