Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie

Seis meses depois
ALFONSO HERRERAprovocava o efeito mais devastador nas mulheres.
Maite assistiu enquanto ele encantava mais uma cliente.
Isso era repugnante.
Ela meneou levemente a cabeça. Mas o que todas essas mulheres viam nele? Maite decidiu
fazer um resumo de todas as qualidades dele, embora isso significasse que ela teria que afastar
de sua mente a lista que já havia formado de todos os defeitos dele. Ela estivera trabalhando com ele por meses agora, e a segunda lista estava ficando cada vez mais longa...
Certo, então ele era alto. Isso era bom. Uma mulher sempre acha perturbador se o homem formuito baixo a ponto de a conversa ser direcionada para os seus seios.
Alfonso era musculoso também, indicando... Não exatamente... Que ele despendia muito tempo praticando exercícios físicos para se manter dessa forma.
De qualquer maneira, Maite não era tola. A ideia de atividade física era provavelmente limitada a um cômodo particular da casa, e esse cômodo não era a cozinha.
Ops. Isso pertencia à lista de defeitos, não é mesmo?
Ele também tinha bom gosto para se vestir. Todos os trajes certos para todas as ocasiões certas. O que ele gastava em uma camisa poderia manter Maite e sua filha por uma semana.
Nesta ocasião, ele estava usando uma bela camisa verde, que evidenciava a cor dos seus
olhos. O cabelo louro-escuro e o rosto eram perfeitos para as páginas de um lustroso magazine,completo com covinhas, dentes incrivelmente brancos e um sorriso que poderia persuadir esquimós a comprar neve. O que era um atributo indispensável, quando se tratava de vender casas às pessoas.
Principalmente casas que ainda não existiam, mas somente um grande buraco lamacento no chão. Maite sorriu para si mesma. Ele realmente tinha muitas coisas para ser adicionadas à lista de qualidades. Ele era sócio em uma empresa próspera, vindo de uma boa família, e era, em todos os sentidos, um solteiro cobiçado. Muito cobiçado. As mulheres realmente, realmente gostavam de Alfonso.
Maite, por outro lado, o considerava irritante.
Mas, até aí, ela trabalhava com ele. Sob os cílios espessos, Alfonso ergueu os olhos para encará-la. Quando notou que ela estava com um fraco sorriso nos lábios, seus olhos verdes se estreitaram levemente antes de virar o rosto para o outro lado. Maite sabia que ele não estava acostumado a vê-la sorrindo para ele.
Eles eram duas pessoas diferentes, apenas isso. Ninguém jamais dissera que eles precisavam gostar um do outro. O que era bom, na verdade. Maite o evitara por anos, mas, desde que comprara parte da empresa que ele possuía e a administrava com seu irmão Jack, ela parecera despender todos os dias discutindo com ele sobre alguma coisa. Ou sobre nada.Ou sobre qualquer coisa. Quando se tratava de Alfonso Herrera, parecia que Maite era a única
mulher no país que não o via como um presente de Deus.
ALFONSO HERRERA desejou que ela tivesse parado de sorrir para ele. Isso era desconcertante.
Maite não sorria sem motivo. Não que Alfonso tivesse notado, desde que ela começara a trabalhar com ele.
Ali estava ele, usando seu patenteado charme Donovan para vender mais um contrato enquanto ela sorria para ele.
Como um homem conseguiria trabalhar sob essas condições?
A irmã de seu sócio e, agora sua sócia, era uma mulher fatal. Maite simplesmente tinha o poder de convencer as pessoas a fazer as coisas quando elas realmente não queriam.
Ele dirigiu o olhar para ela novamente. Ainda sorrindo diretamente para ele. Alfonso sentiu a palma das mãos começar a suar.
Ele deixou os Lamonts examinarem os esboços da casa dos sonhos e se ausentou por um momento.
Após dar dois passos largos, ele parou bem na frente dela.
– O que você está fazendo? – ele indagou, em um tom baixo de voz. Maite apenas o encarou,com uma expressão vazia em seu rosto. Ele odiava quando ela fazia isso.
– Há algo errado? – ela quis saber.
Alfonso franziu o cenho.
– Diga-me você.
O sorriso continuou.
– Não.
– Você está sorrindo.
– Estou? – O sorriso dela se alargou ainda mais. – Há uma lei contra isso?
– Você não sorri.
– É claro que sim. Viu? – Ela ergueu o queixo e forçou um amplo sorriso para ele.
– Você não sorri para mim.
– Isso o incomoda? – Maite piscou inocentemente.
Alfonso praticamente rosnou para ela, depois sussurrou por entre os dentes cerrados:
– Você poderia simplesmente se aproximar dos clientes e fazer o seu trabalho para ajudar a vender essa casa.
Maite deu de ombros, sorrindo para os Lamonts por sobre um dos ombros dele.
– Oh, estou vendo que você está indo muito bem.
Ele a estudou com os olhos estreitados por diversos minutos. Ela era totalmente e completamente irritante.
Tudo sobre Maite o irritava; desde a beleza, a perfeição à forma organizada de fazer as coisas.
Alfonso sempre vivera perfeitamente bem em seu pequeno mundo. Ele nunca sentira que havia
algo errado em sua vida. Até a senhorita “Perfeita” aparecer.
– Então pare de sorrir para mim.
Maite arqueou uma sobrancelha e ergueu o queixo para encará-lo, exibindo frieza no azul do
olhar.– Bem, se isso o aborrece tanto...
Alfonso meneou a cabeça, agarrou-lhe o cotovelo e forçou-a a se erguer da cadeira.
– Clientes, Maite. Pessoas que pagam nossos salários. – Ele aproximou os lábios de um dos ouvidos dela. – Pessoas que não podem nos ver discutindo. Então, seja lá o que for que você estiver fazendo... Pare.
Maite gentilmente livrou seu cotovelo da mão que a prendia, alisou a frente do casaco com as mãos e, em seguida, passou por ele. O sorriso calmo permaneceu em seu rosto durante todo o tempo. Ela o havia irritado, e isso era sempre compensador. A senhorita Lamont sorriu enquanto se aproximava.
– A casa é linda, Maite. Você fez coisas maravilhosas com os planos para o interior. Estou tão feliz por Lucy tê-la recomendado.
Maite exibiu um sorriso mais genuíno. Lucy, a irmã de Louise Lamont, tinha sido uma amiga dos tempos de faculdade, e Donovan & Lewis tinham projetado a casa nova para ela há apenas alguns meses.
– Estou muito satisfeita por você ter gostado, Louise. Tudo o que fizemos foi colocar o que você havia descrito em algumas fotografias, e ficou tão bonito quanto você imaginava que ficaria.
Alfonso sorriu. Maite realmente sabia como agradar uma cliente.
Louise exibiu um sorriso radiante.
– Lucy mal pode esperar para vê-la no encontro. Ela diz que irá contar a todos que eles devem consultar Donovan & Lewis se quiserem ter uma casa. Maite sentiu um calor subir-lhe às faces.
Ela evitou o olhar de Louise e espiou por sobre um dos ombros.
– Temo que não possa comparecer a esse encontro. Estamos muito ocupados no
momento. – Alfonso ergueu as sobrancelhas. Ela estava desconfortável? Isso lhe chamou a atenção.
– Oh, mas você precisa, Maite. Todos esperam vê-la desde aquele artigo que você fez no magazine Ireland’s Home & Hearth.
– Não desta vez. – Maite sorriu com doçura. – Mas, certamente, poderei ir da próxima vez.
Isso era uma mentira. Alfonso tinha certeza. Ele havia acabado de flagrar Maite Perroni mentindo sobre algo.
Oh, isso era bom. Tinha que ser algo importante e Alfonso realmente, realmente precisava
saber o que era. Esse tipo de informação poderia valer uma fortuna no mercado aberto.
– Bem, não estamos tão ocupados a ponto de não poupá-la por uma noite, Maite. – Ele deu um passo à frente, ostentando um amplo sorriso. – Um encontro, certo? Eu adoro esse tipo de coisa...
Você não, Louise?
Louise ergueu os olhos para encará-lo e suas faces enrubesceram levemente ao vê-lo usar o seu primeiro nome. Oh, bom Deus. Maite desejou que pudesse desaparecer. Ela girou levemente a cabeça em direção a Alfonso e forçou um sorriso.
– Eu adoro encontros, Alfonso. – A mulher literalmente deu risadinhas como uma garota de dez
anos de idade. – Você deveria ir, Maite. Aposto que será divertido.
Maite respirou fundo e o fitou diretamente nos olhos.
– Você sabe o quanto eu levo o meu trabalho a sério, Alfonso. Eu realmente não tenho tempo para ir.