Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie
A PORTA foi aberta, e Maite vislumbrou Alfonso com o cabelo desalinhado. Ela engoliu em seco,
seu corpo se aquecendo ao ter a visão dele. Droga, ele era extremamente sexy, não era?
Alfonso afastou a franja que lhe caía sobre a testa.
– Você está aqui.
Maite assentiu com a cabeça e permitiu que seus olhos viajassem desde a camiseta cinza, as
calças escuras, até chegar aos pés descalços. Ela umedeceu os lábios e ergueu os olhos para
encará-lo.
– Precisamos conversar.
– Eu pretendia ir visitá-la nesta manhã.
– Você teria que passar por Jack primeiro.
Ele sorriu.
– Eu achei que ele estivesse mais calmo.
– Não.
Alfonso recuou um passo e permitiu que ela entrasse em seu apartamento, antes de fechar a
porta atrás dela. Dirigindo o olhar para o relógio, ele notou que ainda eram 7h30 da manhã.
– Você deve estar exausta.
Maite percorreu o olhar ao redor do interior do apartamento. Tão diferente da sua casa. Outro
exemplo das diferenças entre eles. Ela caminhou até as janelas com vista para o rio abaixo.
– Você aceita um chá?
Maite meneou a cabeça.
– Não, obrigada. – Ela respirou fundo e parou em frente a uma cadeira. – Podemos nos
sentar?
Alfonso estudou-lhe o rosto.
– Claro que sim.
Maite o observou com cautela até que ele se sentasse em um canto do sofá próximo à cadeira
que ela havia escolhido. Evitando um contato visual com ele, ela se sentou e depois soltou um
longo suspiro.
– Passei metade da noite acordada, pensando.
Ele assentiu com a cabeça.
– Eu também.
– Isso está uma confusão. – Ela soltou uma risada nervosa. – Quero dizer, realmente uma
grande confusão.
– E vai ficar ainda maior.
Maite lançou um breve olhar para ele.
– Será? Não se nós estabelecermos algumas regras.
Regras? Alfonso se inclinou para frente, descansando os cotovelos nos joelhos e entrelaçando os
dedos das mãos.– Como o quê, exatamente? – ele indagou, mantendo um tom baixo de voz.
– Não quero que ninguém mais saiba que estou grávida. – Ela conseguiu fitá-lo nos olhos por
alguns segundos. – Minha família sabe, sua família sabe. Isso é mais do que suficiente por
enquanto.
Certo. Isso parecia justo o bastante. De qualquer forma, o tempo iria contar ao mundo. Alfonso
sorriu ao ter o pensamento.
– Está bem.
– E você não pode comprar mais nada para o bebê.
Ele franziu o cenho.
– Por que não? Eu estive lendo, e há muitas coisas de que você irá precisar.
Maite o fitou, surpresa.
– Você esteve lendo? Sério?
Alfonso pigarreou e desviou o olhar para um lado.
– Sim, bem... Parecia a coisa certa a se fazer. Você pode ter feito isso antes, mas eu não.
Ela sorriu.
– Faz sentido.
– Achei que sim.
Maite pigarreou com um ruído.
– Ainda assim, você precisa me prometer que não vai comprar mais nada.
Ele se inclinou para frente e sua voz se tornou rouca.
– Diga-me por quê.
Engolindo a saliva, ela ergueu os olhos para encará-lo, sentindo as faces se aquecerem.
– Porque isso traz má sorte.
Alfonso ficou pensativo por um instante.
– Você não quer que eu compre mais nada porque, se algo acontecer, as coisas serão deixadas
como uma lembrança do que perdemos.
Maite assentiu com a cabeça e, após um suspiro, prosseguiu:
– Você precisa saber que não há necessidade de você se envolver em tudo nessa fase...
– Tudo o quê...?
– Bem. – Ela suspirou. – Tudo. Como a minha vida, minha família, Jess... Esse tipo de coisa.
Não há razão para você fazer isso a esta altura.
Alfonso não estava gostando do rumo da conversa.
– Continue.
– Existe uma chance real de eu não conseguir levar essa gravidez até o fim. – Maite ergueu-se
da cadeira e começou a andar de um lado para o outro da sala. – E você precisa aceitar isso.
Alfonso apertou os lábios enquanto a observava.
– E, se isso acontecer, você terá despendido todo esse tempo e esforço envolvendo-se com a
vida de pessoas que não precisará ver novamente. – Ela arriscou um olhar na direção dele. – Não
é como se você estivesse envolvido na vida deles antes.
Alfonso a fitou diretamente nos olhos até que ela desviasse o olhar.
– Eu só acho que... – Maite voltou a andar de um lado para o outro. – Se você se tornar parte da
vida dessas pessoas e depois eu perder o bebê, quando você partir, algumas pessoas poderão sair
machucadas.– Como quem, por exemplo? – ele indagou, em um tom macio de voz.
Maite parou de caminhar e virou-se para encará-lo com os olhos arregalados.
– Como Jess, por exemplo! – Ela repousou uma das mãos na cintura. – Aparentemente, ela
gosta de você.
– Embora só Deus saiba por quê?
Ela piscou.
– O quê?
Alfonso respirou fundo e se inclinou para frente novamente.
– Você se esqueceu de dizer “embora só Deus saiba por quê”. É isso o que você pensa, não é?
Não era. Aliás, a lista de qualidades estava se tornando cada vez mais longa conforme ela
despendia mais tempo com ele. Em algum momento da noite anterior, ela teve que admitir para
si mesma que não seria apenas Jess que iria sentir a falta dele quando ele não estivesse mais por
perto.
Alfonso percorreu o olhar ao redor do apartamento por um momento enquanto pensava e
depois a surpreendeu ao perguntar:
– Maite, eu a faço se lembrar de Jim?
Ela uniu as sobrancelhas.
– O quê? De onde você tirou essa ideia? – E, levando uma das mãos à testa, indagou: – Por que
você pensaria uma coisa dessas?
Ele deu de ombros e descansou os cotovelos nos joelhos novamente.
– Parece ser um senso comum na sua família, e você tem que admitir que nós sejamos um
pouco parecidos.
– Não, vocês não são.
Alfonso ergueu as sobrancelhas.
– É mesmo?
– Bem, exceto o fato de ambos serem altos e com cabelo louro, não há outra semelhança.
– Tem certeza? – Ele não parecia acreditar nela. – Então, quando você me conheceu pela
primeira vez, não lhe ocorreu que talvez eu fosse igual a ele em algum aspecto? E, uma vez que
estava magoada com ele, você resolveu descontar sua raiva em mim?
Maite arfou.
– É isso o que você pensa?
– Eu não sei. – Ele soltou um longo suspiro. – Você ainda está apaixonada por ele?
Os olhos dela se alargaram ao ouvir a questão.
– E por que você iria se importar se eu ainda estivesse? Não seria um problema seu.
Alfonso detestou a resposta dela.
– Acho que não. Mas, aparentemente, isso não me impede de perguntar.
– Contanto que você não espere uma resposta. – Maite continuou encarando-o, sentindo o
coração bater desenfreado dentro do peito. Oh, sim. Como se ela fosse confessar a ele o fracasso
que tinha sido o seu casamento.
Alfonso meneou a cabeça. Ela já havia lhe respondido, não havia?
– Como quiser, Maite. Mas, apenas para constar... – Ele se ergueu e franziu o cenho ao vê-la
recuar um passo. – Eu sei exatamente o que você está fazendo com todas essas regras e não vou colaborar com isso.
Autor(a): ellenm
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Maite o observou enquanto ele se afastava do sofá e caminhava até a área da cozinhaconjugada com a sala.– Certo, o que eu estou fazendo exatamente?– Você está tentando tomar o controle da situação novamente. Cuidadosamente, planejandotudo para que seja perfeito e organizado.Maita o seguiu até a pequena &aacut ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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taynaraleal Postado em 20/06/2015 - 16:46:27
OWWWW Naty eu me apaixonei de verdade pela fic.
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taynaraleal Postado em 17/06/2015 - 22:46:39
Continua meu bem, estou amando :)
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taynaraleal Postado em 16/06/2015 - 23:14:00
owwww o Poncho está tao fofoo
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taynaraleal Postado em 13/06/2015 - 12:01:17
Jack vc agora tem meu ódio, continua Naty!
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:55
é serio pode postar, sou apaixonada em histórias assim
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:24
AAAAAAAAAAAA cheguei Natyy, estou apaixonada pela fic, pode continuar
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Furacao Maite Postado em 10/06/2015 - 23:00:18
oiii to aqui!!!