Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie
– VOCÊ ESTÁ bem?
Maite piscou por duas vezes e virou-se para encarar Tara.
– Eu me sinto como se estivesse sendo arrastada por uma onda gigante e não conseguisse
escapar, mas, fora isso, estou ótima.
Ao lado da pia, Tara fitou Alfonso e Jess no jardim. As risadas deles entraram através das
janelas abertas e ela sorriu.
– Jess adora brincar com ele, não é?
– Sim – Maite respondeu com um suspiro.
– Ele passa muito tempo aqui?
– Todos os dias.
Tara espiou por sobre um dos ombros com uma sobrancelha erguida.
– É mesmo?
Acomodada à mesa da cozinha, Maite ergueu os olhos para a cunhada e assentiu com a
cabeça.
– Sim.
Sim, realmente. E isso a estava deixando louca. Não tanto o fato de ele estar na casa o tempo
todo, mas o fato de estar tratando-a como uma irmã grávida ou uma melhor amiga. Ela apenas
precisava bocejar para que ele lhe trouxesse uma manta e uma caneca com leite quente.
Quando leite quente era a última coisa que ela desejava, muito obrigada.
– Estou impressionada.
– Humm.
– Bem, você tem que admitir... – Tara virou-se e reclinou-se contra o balcão da pia. – Quem
teria pensado? Alfonso Herrera, um homem de família.
Maite fulminou-a com o olhar.
– Não somos uma família.
– Ah, não? Mas, olhando de fora, é exatamente isso o que parece.
– Bem, mas não é o que está acontecendo.
A cunhada assistiu enquanto Maite tentava focar a atenção nos esboços à sua frente. Tara
pensou em silêncio por alguns minutos e, depois, perguntou:
– Então, seja lá qual for o acordo que vocês dois fizeram, isso irá dar a Alfonso o direito de ele
estar aqui todos os dias depois que o bebê nascer também?
– Será que eu vou ser interrogada por cada membro dessa família pelos próximos meses? –
Maite inspirou profundamente e ergueu os olhos para encará-la. – Porque eu devo dizer que isso
não me encoraja a convidar todos para uma visita.
– Todos eles se importam com você. É isso o que uma família faz.
Maite fixou o azul do olhar na janela.
– Estou me aguentando. Se eu precisar de ajuda, irei gritar.– Irá? – Tara se aproximou e, puxando uma cadeira, acomodou-se em frente a Maite. Ela inclinou a cabeça para um lado, e seus olhos estavam cheios de dúvidas. – Porque eu sei que
você pretende fazer tudo de forma altamente organizada. Você sempre esteve no total controle
da situação.
Maite resmungou.
– Aparentemente, não, ou eu não estaria nessa posição agora, estaria?
– Você está se referindo à gravidez ou ao fato de estar apaixonada por Alfonso?
Maite arregalou os olhos em surpresa.
– Do que você está falando?
Tara exibiu um pequeno sorriso.
– Eu posso escrever histórias de aventura para me sustentar, mas consigo reconhecer um
romance quando o vejo. Isso tem sido uma bomba-relógio desde que você começou a trabalhar
naquele escritório.
Maite soltou um longo suspiro.
– Tara, isso não pode sair desta sala...
Tara ergueu uma das mãos para o alto.
– Claro que não. Eu nem mesmo contei a Jack sobre o que penso... E, acredite em mim, isso
foi um grande esforço. Estamos acostumados a conversar sobre tudo.
Maite assentiu com a cabeça.
– Ele não conversou mais com Alfonso desde a semana passada. Eles precisam resolver isso,
você sabe; tornaria a situação um pouco menos tensa.
– Sim, eu sei. Se Jack dividisse um escritório com Alfonso o tempo inteiro, acho que eles já
teriam tentado se matar.
– Isso é triste.
Tara suspirou.
– Sim. Eles eram bons amigos.
– Espero que consigam superar isso – Maite falou, com um suspiro. – Os dois são tão teimosos.
Tara assentiu com a cabeça e as duas permitiram que um confortável silêncio invadisse o
ambiente. Um tempo depois, Maite indagou:
– Você sabia que isso poderia ter acontecido quando sugeriu seu plano de remodelação e me
transformou em outra pessoa na noite do encontro?
– A parte da gravidez eu não sabia.
Maite sentiu as faces se aquecerem.
– Eu não quis dizer isso.
– Que você e Alfonso iriam despender mais tempo juntos? – Tara assistiu enquanto Maite
assentia com a cabeça. – Sim, isso me ocorreu. O que eu posso dizer? Acho que sou romântica de
coração. Isso acontece quando uma pessoa está feliz, sabe? Você apenas quer que todos se
sintam da mesma forma.
Maite ergueu uma sobrancelha.
– E você achou que esse fosse o melhor plano para duas pessoas que não conseguiam se
suportar?
A cunhada deu de ombros.
– Eu percebo a maneira como você olha para ele às vezes. Aqueles pequenos... – Ela deu umapausa. – Minúsculos momentos, quando você baixa a guarda. Eu acho que você gosta de não
gostar dele. Acho que é mais seguro para você.
Sustentando um olhar indiferente, Maite indagou:
– E Alfonso?
– Ah, Alfonso.
– Sim, Alfonso. – Ela inclinou a cabeça para frente. – Você sabe... O homem no jardim com a
minha filha. O pai do meu bebê. O outro ingrediente em sua pequena receita para a felicidade.
Aquele Alfonso.
– Sarcasmo é outra forma de defesa, sabia? Jack faz isso o tempo todo… Ou fazia, até me
conhecer.
Maite suspirou.
– Como você pôde ter pensado que ele gostava de mim, sendo que ele era antipático o tempo
todo? Ele fazia e dizia coisas para me aborrecer deliberadamente sempre que encontrava uma
oportunidade.
– Eu achei que ele fizesse isso em resposta à maneira como você o tratava. – Tara continuou
raciocinando enquanto a expressão de Maite se tornava mais incrédula. – Estou falando sério.
Você poderia irritá-lo sem fazer o menor esforço. E por isso eu achei que vocês dois pudessem
dar certo. Porque eu nunca vi ou ouvi falar de ninguém que conseguisse irritá-lo com tanta
intensidade. Isso só poderia significar alguma coisa.
– Sim. – Maite assentiu com a cabeça. – Que ele não gostava de mim.
– Ele gostava o bastante para você estar grávida agora.
Maite reclinou-se no espaldar da cadeira e massageou as têmporas doloridas. Tudo isso era
muito complicado. Nada em sua vida poderia ser simples, poderia?
– Vamos lá, Maite, pense sobre isso.
A dor de cabeça estava piorando.
Tara prosseguiu, como uma candidata promovendo sua campanha à reeleição.
– Alfonso é sempre calmo e controlado. No comando de tudo o que faz. Ele esteve no controle
de cada relacionamento de sua vida. E, ainda assim, ele apenas precisa despender sessenta
segundos na mesma sala com você e já fica completamente fora de si.
– Isso se chama ódio. Tara exibiu um largo sorriso.
– Querida, eu acho que isso se chama frustração.
Ainda massageando as têmporas, Maite ergueu os olhos para encará-la.
– Bem, se eu fosse uma deusa, como você está dizendo, por que ele estaria me tratando como
se eu fosse a irmã dele?
– Ahaha. E quem está frustrada agora?
Maite lançou um olhar fulminante para a cunhada.
– Você, não é? – Tara alargou o sorriso e se inclinou para frente a fim de sussurrar: – Você
deveria tentar seduzi-lo.
– Eu deveria tentar o quê?
– Seduzi-lo. – Tara voltou a recostar-se no espaldar da cadeira. – Eu poderia apostar que você
conseguiria. Os homens adoram quando suas mulheres estão grávidas. Acho que isso eleva o ego
deles.
Autor(a): ellenm
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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taynaraleal Postado em 20/06/2015 - 16:46:27
OWWWW Naty eu me apaixonei de verdade pela fic.
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taynaraleal Postado em 17/06/2015 - 22:46:39
Continua meu bem, estou amando :)
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taynaraleal Postado em 16/06/2015 - 23:14:00
owwww o Poncho está tao fofoo
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taynaraleal Postado em 13/06/2015 - 12:01:17
Jack vc agora tem meu ódio, continua Naty!
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:55
é serio pode postar, sou apaixonada em histórias assim
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:24
AAAAAAAAAAAA cheguei Natyy, estou apaixonada pela fic, pode continuar
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Furacao Maite Postado em 10/06/2015 - 23:00:18
oiii to aqui!!!