Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie
Maite piscou por duas vezes.
– Você sabe que tem passado muito tempo com sua amiga Laura?
Tara soltou uma gargalhada ao ouvir o comentário. Nada era considerado sagrado para Laura.
Ela possuía uma maneira muito individual de ver o mundo.
– Sabia que Jack arranjou um encontro para ela e Alfonso uma vez?
– Não, eu não sabia. – Uma onda de ciúme a invadiu. – Quando isso aconteceu?
– Oh, muito tempo antes de nós nos casarmos. Digamos que os dois não combinaram.
– Uau, como você não pensou imediatamente que eles fossem almas gêmeas?
– Ah, vamos lá, Maite. – Tara inclinou-se para frente e tocou-lhe um dos braços. – Isso não
pode ser tão ruim. Ele ainda está aqui.
Sim, ele estava. Sem dúvida quanto a isso. Mas estava apenas fisicamente. Não de alma e
coração. Maite suspirou com melancolia.
– Pelo bebê, Tara. Não por mim.
– Acho que você está errada sobre isso.
Maite meneou a cabeça.
– Não. Alfonso teria dito alguma coisa se houvesse algo mais nessa história. – Um fraco sorriso
curvou seus lábios. – Ele não tem medo de falar abertamente, caso não tenha notado.
– Talvez ele não pense que você se sinta da mesma forma.
– Então você acha que ele pode estar nervoso?
A cunhada deu de ombros.
– Ou assustado com a possibilidade de ser feito de tolo. Muitos homens ficam assustados, você
sabe.
– Alfonso não ficaria assustado.
– Você disse a ele como se sente?
– Oh, não. – Maite soltou uma gargalhada. – Não quero acrescentar meu nome em uma lista
longa.
– Você é tão ruim quanto as outras. – Tara meneou a cabeça e ergueu-se da cadeira. – Bem,
uma de vocês terá que aproveitar a oportunidade em algum momento. – E, inclinando-se, ela
depositou um beijo carinhoso em uma das bochechas de Maite. – Seria uma pena se você o
perdesse.
Assim que Tara partiu, Maite fitou o vazio por um longo tempo. Depois, ela sacudiu a cabeça
em negativa. Alfonso Herrera não a amava. Não o homem que se considerava o último solteiro
do planeta.
Ele não sabia o que queria.
ALFONSO QUERIA Maite.
Ele tomou consciência disso na segunda semana após deixá-la em casa e voltar para o seu
apartamento vazio.
Sua mente havia lhe dito que deveria existir uma razão para ele querer uma família agora,
uma vez que nunca sentira essa necessidade antes. E a resposta viera na noite em que ele a
observara lendo um livro para Jess na cama. Ela estivera sentada próxima à filha, o cabelo solto
caindo sobre os ombros roliços e a pele cintilando em meio à suave iluminação. Da porta doquarto, Alfonso piscara um dos olhos para Jess e, então, Maite erguera os olhos por um breve
instante e sorrira para ele. E, naquele exato momento, ele soubera que estava apaixonado.
Mas ele entrara no quarto e contara isso a ela? Ele esperara até que ela saísse do quarto e
depois a erguera em seus braços? Acaso a levara de volta ao paraíso em que ambos estiveram
quando conceberam o bebê?
Não.
Alfonso permanecera na entrada e, sentindo um nó de emoção na garganta, sorrira de volta
para ela. Depois, dando meia volta, franzira o cenho e desaparecera no corredor.
O final poderia ter sido feliz se Maite não estivesse apaixonada por outro homem!
Socando o travesseiro, Alfonso rolou na cama de um lado para o outro e depois, fitou a
escuridão do quarto. Ele precisava de um plano. Afinal, ele era Alfonso Herrera. As mulheres
tentaram conquistá-lo durante todos esses anos, então ele não poderia ser tão ruim.
Ele precisava encontrar uma maneira de fazer com que Maite o olhasse de uma forma
diferente. Ela precisava enxergar que ele era responsável, e que estaria sempre ao seu lado.
E não apenas por causa do bebê.
Um sorriso curvou os lábios dele. Alfonso queria ter uma dúzia de bebês com ela. Ele se
perguntou o quanto ela ficaria entusiasmada com a ideia. Os filhos deles seriam o máximo. Eles
eram feitos um para o outro.
Tudo o que ele precisava fazer era convencer Maite.
Alfonso teria que mostrar a ela que poderia cuidar dela, que eles formavam um ótimo time
dentro e fora do escritório. Porque, embora discutissem, eles sempre conseguiram encantar os
clientes e fazer as vendas. Suas diferentes personalidades se somavam para uma combinação
triunfante. E, uma vez que eles começaram a conversar, o clima havia claramente melhorado.
Tudo o que eles precisavam era de um pouco de paciência.
Alfonso teria que convencer a família dela de que ele teria vindo para ficar, independente da
aprovação deles ou não. Convencê-los de que ele era melhor do que Jim. Alfonso queria que eles
gostassem dele... O aprovassem. Ele nunca procurara aprovação de estranhos antes. Isso era
uma nova experiência para ele.
O amor realmente muda a perspectiva de uma pessoa, ele refletiu com um sorriso triste na
escuridão.
Sua mente continuou dando voltas. Ele teria que estar todos os dias na casa de Maite para que
ela passasse menos tempo com o ex-marido.
Afinal, o homem tinha outra mulher agora, não tinha? Isso significava que ele seguira em
frente. Alfonso apenas precisava convencer Maite de que era o momento de ela fazer o mesmo.
Alfonso se sentia extremamente desapontado por Maite ainda gostar de um homem como Jim,
sendo que ele estava sempre ao lado dela. Ele teria que convencê-la de que não era do tipo
mulherengo. Convencê-la de que poderia ser um homem de família, um marido e também um
pai. Embora ele ainda se preocupasse diariamente sobre a parte da paternidade. Maite teria que
ver que ele poderia tratá-la com respeito e que não iria tentar agarrá-la a cada oportunidade.
Ainda que ele realmente quisesse fazer isso.
Alfonso poderia fazer tudo isso. Apenas teria que dar um passo de cada vez.Maite sabia que ele estava tendo algum tipo de colapso no minuto em que olhou para o jardim.
– Onde está o seu carro?
Alfonso apenas piscou para ela. Maite odiava quando ele fazia isso.
– Hein?
– Seu carro. – Ela apontou para a MPV prata que estava estacionada na garagem. – Onde está?
Ele repousou uma das mãos na base da coluna feminina e a guiou ao longo do jardim.
– Aquele é o meu carro.
Maite parou em frente ao portão e, virando-se, franziu as sobrancelhas para ele.
– Você trocou o seu carro por aquela coisa? – Ela apontou para o veículo novamente.
Alfonso a encarou como se ela estivesse sendo anormal.
– Sim. Qual é o problema? Eu apenas troquei meu carro por um veículo mais prático. Não sei
o que é tão estranho sobre isso.
Maite procurou os olhos dele por algum sinal de que ele estivesse brincando.
Não.
– Desde quando você sequer olha na direção da palavra prático?
Alfonso deu de ombros e abriu o trinco do portão antes de guiá-la até a garagem com um leve
empurrão de sua mão.
– O meu gosto mudou.
– É melhor você não ter comprado isso por causa do bebê.
Ele ergueu uma sobrancelha para ela.
– O bebê será capaz de dirigir quando chegar aqui? – Ele exibiu um largo sorriso. – Acho que
qualquer filho meu será talentoso, mas tenha dó!
Os lábios dela estremeceram.
– Estou falando sério.
– Comprei esse carro para mim – Alfonso falou enquanto abria a porta do carro para ela. Uma
vez que estavam acomodados no interior do veículo, ele sorriu. – Mas você tem que admitir que
era difícil encaixar uma cadeira de bebê em um carro esporte.
Maite ficou momentaneamente distraída pela proximidade em que eles estavam enquanto ele
dizia as palavras suaves. Ele era tão cheiroso. Deus, ele era lindo. Ela engoliu em seco e
umedeceu os lábios.
– Possivelmente.
O sorriso dele se ampliou.
– Você odeia quando estou certo.
– Sim, eu odeio. – Ela observou cada movimento dele enquanto ele girava a chave na ignição.
– Mas eu ainda acho que isso quebra a regra de “não comprar nada para o bebê”.
Ainda sorrindo, ele piscou um dos olhos para ela.
– Querida, esse carro tem excelente motor, um interior em couro... – E, correndo uma das
mãos sobre o volante, finalizou: – Ainda há testosterona nesse veículo, não se preocupe.
Maite soltou uma gargalhada.
Os olhos verdes dele cintilaram enquanto ele colocava o carro em movimento.
– Você deveria fazer isso mais vezes.– Rir do fato de você ser um idiota?
– Rir em geral.
– Está sugerindo que eu nunca dou risada?
– Não. – Alfonso continuou sorrindo para ela. – Eu apenas acho que você não faz isso com
muita frequência. Alguém me disse uma vez que uma mãe feliz é igual a um bebê feliz.
Tudo para o bebê, certo? Maite virou o rosto para a janela a fim de esconder os olhos.
– Estou feliz o bastante, Alfonso. E ficarei ainda mais feliz quando a médica disser que estamos
bem.
Alfonso alcançou-lhe uma das mãos.
– Ela irá dizer isso, querida, eu lhe garanto.
– Você é tão seguro de si, não é?
Ele assentiu com a cabeça enquanto continuava olhando através do para-brisa.
– Sim.
– Em absolutamente tudo?
– Aham.
– Nada consegue intimidá-lo?
– Não – Alfonso mentiu. Ele estava sentado ao lado da única pessoa que conseguira intimidá-lo
mais do que qualquer outra coisa em toda a sua vida. Mas ela não precisava saber disso ainda.
Maite respirou fundo enquanto estudava o perfil dele.
Humm. E Tara honestamente pensava que ele estava apaixonado por ela? Maite meneou a
cabeça. Alfonso era tão seguro de tudo o que possuía que, se realmente a amasse, ela já estaria a
meio caminho do altar.
– NÃO CONSIGO ver.
Maite sorriu na direção dele.
– Está bem ali na tela.
Alfonso inclinou-se para frente e fitou a tela cintilante.
– Não. – E, virando-se para encará-la, ele indagou com preocupação: – Acha que isso faz de
mim um péssimo pai?
Ele estava preocupado? Maite ficou surpresa ao reconhecer a emoção nos olhos dele.
Sentando-se corretamente na maca, ela tomou-lhe uma das mãos.
– Não seja tolo. Isso não faz de você um péssimo pai. Aqui... – Ela estendeu-lhe o dedo
indicador e o guiou para a tela, traçando a figura do bebê para ele. – Essa é a cabeça, o corpo,
aquelas são as pernas, e ali está um dos braços.
Fascinado, Alfonso fitou a tela e depois observou o sorriso sereno que ela ostentava nos lábios.
Lentamente, ele ergueu-lhe a mão até os lábios e beijou a palma feminina, sorrindo para ela
enquanto baixava a mão delicada novamente.
– Obrigado.
Maite sentiu o coração se apertar dentro do peito. Se ela já não soubesse que estava
apaixonada por ele, certamente teria descoberto isso nesse instante. Engolindo a saliva, ela
declarou:
– Muitas pessoas não veem na primeira vez.– Esse bebê é tudo para mim.
O coração dela se apertou novamente. Se isso acontecesse mais uma vez, ele teria que levá-la
à unidade de cardiologia.
Alfonso continuou segurando na mão dela enquanto declarava:
– Você não precisava ter passado por isso, mas passou. Apenas achei que você devesse saber
que estou muito feliz.
Ela piscou por duas vezes.
– Está?
– Sim, estou.
Maite permitiu que uma dúvida emergisse.
– Você não está fazendo tudo isso por causa do senso de responsabilidade, está, Alfonso? Porque
eu entenderia completamente se você não conseguisse manter todo esse cuidado e atenção. Você
poderia apenas me ver no trabalho até depois do nascimento, e então poderíamos arranjar outra
coisa.
Ele franziu o cenho.
– É isso o que você quer que eu faça?
Maite desviou o olhar para o outro lado.
– Isso é uma decisão inteiramente sua.
– Está dizendo que o fato de eu estar por perto não a está ajudando em nada?
Maite não iria mentir sobre isso.
– Não, não estou dizendo isso.
– Estou tirando sua liberdade?
Maite arregalou os olhos.
– O quê?
– Talvez a minha presença em sua casa esteja afetando o número de vezes que Jim decide
visitá-la.
Ao ouvir o comentário, Maite ergueu uma sobrancelha. Por que ele estaria afetando as visitas
que Jim costumava fazer a Jess?
– Eu aprecio a sua preocupação, Alfonso, mas, na verdade, a sua presença em minha casa não
impede Jim de visitar Jess. Ele esteve afastado, é só isso. Certamente ele virá para o aniversário
de Jess.
Alfonso assentiu com um gesto de cabeça.
– Ótimo.
Ótimo? Ele achava que isso era ótimo? O que ele era, agora? Um amigo de Jim?
– Estou feliz que você esteja por perto – ela confessou.
– Está? – Os olhos verdes dele cintilaram de emoção.
Maite se livrou da mão dele.
– Sim, mas não precisa ser convencido por causa disso. Você é útil. – Ela cruzou os braços
frente ao peito. – Ocasionalmente. E Jess realmente gosta de você. Estou apenas dizendo que, se
você quiser sair um dia ou dois para cuidar da sua própria vida, não terá problema algum.
O sorriso de Alfonso se alargou. Ela estava feliz por ele estar por perto. Isso era uma vantagem.
E o fato de ela estar discutindo sobre isso agora significava que era verdade. Um ponto para ele.
E o carro também havia funcionado.O plano estava dando certo. O próximo passo era provar a ela que ele era melhor do que Jim
Autor(a): ellenm
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Comentários da Fanfic 7
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taynaraleal Postado em 20/06/2015 - 16:46:27
OWWWW Naty eu me apaixonei de verdade pela fic.
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taynaraleal Postado em 17/06/2015 - 22:46:39
Continua meu bem, estou amando :)
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taynaraleal Postado em 16/06/2015 - 23:14:00
owwww o Poncho está tao fofoo
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taynaraleal Postado em 13/06/2015 - 12:01:17
Jack vc agora tem meu ódio, continua Naty!
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:55
é serio pode postar, sou apaixonada em histórias assim
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:24
AAAAAAAAAAAA cheguei Natyy, estou apaixonada pela fic, pode continuar
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Furacao Maite Postado em 10/06/2015 - 23:00:18
oiii to aqui!!!