Fanfic: um novo amanhã | Tema: Herroni adaptada do livro de Trish wylie
A NOITE estava oficialmente se tornando a mais longa de toda a sua vida. “Você sabia que ela
canta?” havia progredido com o passar da noite para “Você deveria cantar com a banda pelos
velhos tempos”.
As amigas não pararam de insistir até que Maite subisse no palco. Ela apanhou o microfone e
baixou o olhar para encarar seu “ex” em meio à multidão, notando a desaprovação estampada
no rosto másculo. Além disso, a simulação com Alfonso havia se mostrado totalmente fácil e
agradável... As coisas não poderiam ficar mais complicadas.
Billy, o guitarrista líder da banda com a qual ela havia cantado regularmente na faculdade,
deu um passo à frente para anunciar: “A próxima música irá trazer muitas lembranças a todos
vocês. Garotos, garotas... Deem seus aplausos para Maite Perroni!
Maite inspirou profundamente, cerrou os olhos e começou a cantar.
ALFONSO FECHOU a boca ao perceber que estava parecendo uma criança que acabara de
receber a notícia de que Papai Noel não existia. Quem era essa mulher com múltiplas
personalidades?
A Maite com quem ele trabalhava todos os dias certamente não parecia ser o tipo de mulher
que iria subir em um palco e cantar daquela maneira. A voz dela era rouca, sexy. O som parecia
percorrer-lhe o corpo inteiro, e ele ficou perplexo com a própria reação.
Quando ela começou a acompanhar o ritmo da música com os pés e deslizou uma das mãos
para acariciar o suporte do microfone, Alfonso sentiu a boca se ressecar. Oh, meu Deus!
A longa fenda de um lado do vestido permitia uma ampla e gloriosa visão da coxa feminina.
Alfonso engoliu em seco e, percorrendo o olhar ao redor, notou o número de homens que a
estavam encarando. Ele sentiu uma súbita necessidade de subir no palco e cobri-la com alguma
coisa... Qualquer coisa que pudesse defendê-la dos olhares famintos.
Maite fitou-o nos olhos, umedeceu os lábios com a ponta da língua e cantou diretamente para
ele. Alfonso avançou alguns passos, atraído pelo pequeno sorriso que ela lhe concedeu. Depois, ela
desviou o olhar, e ele seguiu seu raio de visão até o homem alto de cabelo louro em meio à
multidão. Então esse deveria ser ele.
Alfonso voltou a encará-la. Maite jogou o cabelo longo, escuro e encaracolado sobre um dos
ombros com um leve movimento de cabeça, seus olhos pretos cintilando com... O quê? Raiva?
Mágoa? Alfonso não estava certo de que quisesse saber.
Houve uma clara insinuação na letra da música enquanto ela cantava... Para ele? E, então, o
olhar dela se voltou para o restante da multidão.
Será que ela havia escolhido essa canção especificamente para ele? O “ex”? Aquele que ela
dizia não estar mais apaixonada? E por que ele, Alfonso, deveria se importar com isso?
O plano de continuar se lembrando de que essa era Maite Perroni, que ele conhecia e não
suportava, parecia não estar funcionando. Porque agora estava mais claro do que nunca que ele realmente não a conhecia. Não além da cobertura externa que ela permitia que ele enxergasse.
E saber disso o deixou muito irritado.
Alfonso dirigiu o olhar para o “ex” de Maite novamente, e depois começou a avançar em
direção ao palco. Um instinto primitivo e possessivo começava a brotar em seu interior.
Subitamente, ele precisava estar entre Maite e o homem com quem uma vez ela estivera casada.
Nesse instante, Maite sorriu, apreciando o momento. Ela não se importava com a insinuação
da letra da música. As pessoas poderiam interpretar o que quisessem. Ela estava se divertindo,
lembrando-se de como era ser mulher novamente. E fazia muito tempo desde que alguém a
encarara da maneira com que Alfonso Herrera estava encarando-a nesse exato minuto.
Com um sorriso doce nos lábios, ela fitou-o por debaixo dos longos cílios escuros. Oh, sim. Ela
poderia fazer esse jogo tão bem quanto ele.
Alfonso parou na base dos degraus, enfiou as mãos nos bolsos da calça e a observou. Ela
cantava muito bem.
Assim que a música terminou, Maite entregou o microfone a Billy e, após agradecer os
aplausos, desceu elegantemente os degraus, com os olhos fixos em Alfonso. Segundos depois, ele a
tomou nos braços e capturou seus lábios, surpreendeu-a com um beijo avassalador.
Eventualmente, os aplausos pareceram arrefecer enquanto ele a mantinha em seus braços e
continuava movendo os lábios contra os dela. Alfonso moveu uma das mãos para a base da coluna
feminina, acariciando-lhe a pele desnuda com o polegar. Ele pôde sentir o corpo feminino
estremecer.
A banda começou a tocar outra canção melancólica e ele movimentou o corpo,
acompanhando o ritmo.
Alfonso sorriu enquanto erguia a cabeça e aguardava pacientemente até que ela abrisse os
olhos. Depois, inclinando a cabeça novamente, ele assistiu enquanto sua respiração soprava-lhe
os fios de cabelo que lhe emolduravam o rosto delicado.
– Quem é você?
Maite mordiscou levemente o próprio lábio inferior.
– Quer dizer que você não sabe?
– Eu achei que soubesse.
Ela piscou por duas vezes.
– Será que alguém realmente conhece alguém de verdade?
Alfonso considerou as palavras dela.
– Talvez não.
Sem pensar, Maite estendeu a mão e afastou-lhe a pesada franja que lhe caía sobre a testa.
– Essa não sou eu, e nós dois sabemos disso.
– Sim. – Ele assentiu com a cabeça e continuou sorrindo para ela. – Mas esse é o jogo, não é?
Você não me conhece e eu não a conheço. É disso que essa noite se trata.
Esse havia sido o acordo.
Subitamente, Maite não se importou com Jim, ou a perfeita Melanie, ou qualquer outra pessoa
no salão. Talvez fosse o álcool, talvez ela estivesse apenas envolvida no momento.
Seja lá o que fosse, era algo potente. Era irresistível.
Maite ergueu os olhos para encará-lo e um suspiro escapou de seus lábios. Ela nunca havia
negado que Alfonso fosse um homem atraente. Na vida real, ela poderia não gostar dapersonalidade dele, mas não poderia dizer que ele não fosse maravilhoso.
Conforme ele continuou acariciando-lhe a pele desnuda das costas, Maite sentiu os olhos
ficarem pesados. Ela havia se esquecido de como era doce a sedução.
Será que ela conseguiria se esquecer somente por uma noite de que era uma mulher sensível e
racional e ser apenas uma mulher? Uma mulher sedutora? Quantas oportunidades como essa ela
iria conseguir em sua vida?
Maite tinha consumido vinho o suficiente para ganhar coragem, mas não o bastante para usar
como desculpa. Ela pressionou o corpo contra o tórax musculoso e sussurrou-lhe em um dos
ouvidos:
– Então, até onde vai esse joguinho em sua mente sórdida?
Alfonso exibiu um sorriso sexy e preguiçoso.
– Você realmente quer saber?
Ela não iria querer saber isso na fria luz do dia. Mas, no momento, encontrava-se nos reinos de
um mundo de fantasia. A questão era: será que ela poderia viver com as inevitáveis
consequências dessa única noite quando o sol nascesse novamente? Culpa, autocrítica,
arrependimento?
Trabalhar no mesmo escritório com a pessoa com quem ela tivera uma aventura? Era tão
ruim querer se sentir mulher novamente? Fingir não ser Maite, a ex-esposa, a mãe solteira, a
gerente organizada, a antiquada...
Maite apenas queria apreciar o momento. Ela não queria se machucar novamente. Ser um
fracasso em um novo relacionamento. E com Alfonso não existia o risco de um relacionamento ou
qualquer coisa do tipo.
Era o ideal.
– Você é mestre nesse tipo de assunto, Alfonso. Esse é o seu território usual, se não estou
enganada. – Ela aproximou o rosto do dele até que seus lábios estivessem quase se tocando. –
Bem, nós podemos fazer o seguinte: você promete se esquecer de tudo o que acontecer nesta
noite, nunca mencionar sobre isso novamente quando estivermos sozinhos e, depois do fato, nós
simplesmente voltamos para aquele confortável antagonismo que sentimos um pelo outro.
Alfonso ergueu uma sobrancelha enquanto seguia a linha de pensamento dela.
– Onde seja seguro?
Maite concordou com um gesto de cabeça.
– Sim.
– E se eu concordar?
Ela roçou levemente os lábios contra os dele e sussurrou:
– Nós faremos esse jogo pelo restante da noite e veremos para onde isso irá nos levar.
O CLIMA no escritório estava simplesmente horrível.
Não havia outra forma de descrever isso. Eles haviam conseguido ser insuportavelmente
polidos um com o outro na primeira semana, mas, na segunda, ambos começaram a se
provocar. Na terceira semana, eles se trataram com um total sarcasmo e, na quarta semana, mal
conseguiram ter uma conversa civilizada.
Na metade da quinta semana, Dana estava cansada de toda a situação. Exausta, na verdade, ela havia começado a sentir o estômago se revirar toda a vez que se aproximava de qualquer fritura.
Autor(a): ellenm
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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taynaraleal Postado em 20/06/2015 - 16:46:27
OWWWW Naty eu me apaixonei de verdade pela fic.
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taynaraleal Postado em 17/06/2015 - 22:46:39
Continua meu bem, estou amando :)
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taynaraleal Postado em 16/06/2015 - 23:14:00
owwww o Poncho está tao fofoo
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taynaraleal Postado em 13/06/2015 - 12:01:17
Jack vc agora tem meu ódio, continua Naty!
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:55
é serio pode postar, sou apaixonada em histórias assim
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taynaraleal Postado em 11/06/2015 - 23:38:24
AAAAAAAAAAAA cheguei Natyy, estou apaixonada pela fic, pode continuar
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Furacao Maite Postado em 10/06/2015 - 23:00:18
oiii to aqui!!!