Fanfic: Até que Anahí vos separe Anahí e Alfonso AyA | Tema: Ponny romance

Uns vinte minutos depois chegamos à minha casa. Não conversamos mais durante o caminho, mas Derrick me acompanhou, de qualquer forma... Eu andando na frente, e ele atrás, a uns passos de distância. Senti seus olhos em mim o caminho inteiro, mas não tive coragem de olhá-lo.

-Obrigado. – murmurei quando abri a porta de casa. Ele deu de ombros. – Derrick, quero ser sua amiga. Por favor, não me trate com indiferença. – pedi, ele respirou fundo.

-Desculpe. – disse finalmente. – Preciso processar tudo isso. – eu assenti. – Annie, posso pedir duas coisas?

-O que quiser. – respondi.

-Um último beijo. – murmurou. Eu respirei fundo, e me aproximei dele, encostando nossos lábios.

Senti suas lágrimas escorrendo de novo, e isso partiu meu coração.

-Obrigado. – disse, e eu sorri fraco. – Hm... – pensou. – Ame esse cara. Não importa as circunstancias.

Eu refleti sobre isso durante alguns segundos. Ele virou as costas e foi embora, com as mãos no bolso da calça e olhando pro chão.

Juntei o resto do que me sobrou e entrei. Fechei a porta e subi as escadas, sem fazer nenhum barulho.

Entrei no quarto e me olhei no espelho. Eu, totalmente desgrenhada, com a maquiagem borrada, os olhos inchados, o cabelo embaraçado embaixo e a “coroa de princesa” torta. Me curvei pra tirar aquela merda daquele salto alto que me incomodou a noite inteira. Balancei a cabeça e olhei pro outro lado.

Vi Alfonso e Belinda se beijando. Não, eles não estavam no meu quarto, é apenas a minha imaginação. Ele murmurava a cada segundo que a amava, e jurava que ela era a única em sua vida. Ela sorria, e eles se deitaram. Ela tirou a blusa dele, e... 

Eu saí correndo pro banheiro. Abri a tampa do vaso e vomitei. Coloquei pra fora tudo o que comi durante o dia inteiro.

Fechei os olhos, sentindo meu mundo girar. Desde quando a minha vida virou uma merda?

Me levantei devagar, escovei os dentes e saí do banheiro. Peguei meu celular e fui no perfil da Maite no WhatsApp.

“Visto por último às 23h”

Olhei no relógio, eram quase uma hora da manhã. Sem me importar, mandei mensagem pra ela:

‘Mai, me atende, por favor!’

Sem esperar nem a mensagem ser enviada, fui no discador e inseri o numero dela. Quatro toques depois, ela atendeu.

-Eu achei que você não fosse ligar. – disse sonolenta. – Olá,********.

-Você pode achar que não – comecei, sem nem responde-la. –, mas posso te garantir: não me apaixonei por ele por livre e espontânea vontade. Tudo começou com aquele maldito pedido de namoro. Por que ele apenas não chegou na minha melhor amiga e pediu pra ela namorar com ele? – perguntei retoricamente. – Pois é. Eu podia ter dito pra ele fazer isso, quando veio me pedir ajuda. Por que não o fiz? Porque na época parecia divertido ajudá-lo com isso. Desde então, as coisas saíram do meu controle, Maite.

Ela grunhiu, sabendo de quem eu estava falando.