Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada
— Anahí?
Com um sorriso deslumbrante, ela surgiu da cozinha com o ímpeto de um tornado loiro. Usava a mesma roupa, porém, trazia por cima o avental que Alfonso utilizava para fazer churrascos.
— Querido, você chegou! — Anahí enlaçou-o pelo pescoço e deu-lhe um sonoro beijo na boca.
Todos os músculos de Alfonso se contraíram, enquanto ele lutava contra a súbita e inesperada reação deliciosa que os lábios dela, macios e úmidos, provocaram.
Anahí afastou-se, sorriu para ele e encarou as moças que o acompanhavam.
— Ah! Você trouxe minhas amigas!
Diante daquilo, Alfonso não sabia se ria ou chorava. Anahí reconhecera suas colegas, mas mesmo assim beijara-o, acreditando ainda ser sua esposa. A pior parte daquilo tudo era que não só ele começava a se acostumar com seus beijos, como passava a gostar deles.
— Sim, Anahí, trouxe suas amigas porque...
— ...porque elas ainda não conhecem nossa casa. — Ela segurou as mãos de Maite e puxou-a para a sala de estar, parcialmente mobiliada. — Não reparem, queridas. Sabem como é. Estando casados há apenas seis semanas, ainda não tivemos tempo para a decoração.
— É assim mesmo... — Dulce disse, com delicadeza, e lançou a Alfonso um olhar consternado.
Ele segurou o braço de Dulce e manteve-a mais para trás, enquanto Anahí falava sobre seus planos para decorar a sala, que ainda não tinha nem quadros, apenas a mobília sobre um carpete branco.
— Entende agora o que eu estava tentando dizer?
— Parece que ela é a mesma pessoa, mas com uma vida imaginária dentro da cabeça. — Dulce franziu o cenho.
— Graças a Deus que você vê isso! Por um instante, achei que eu é que era doido.
— Nada disso — Angelique cochichou, voltando para trás também. — Anahí acredita no que está dizendo.
— Então? O que devo fazer?
— Parece-me que tem duas escolhas, Alfonso. Faça-a sentar-se e explique toda a verdade ou prepare-se, porque nossa amiga vai gastar rios de dinheiro, decorando seu novo lar. Anahí tem um gosto muito caro e idéias dispendiosas.
— Meu Pai! Hoje de manhã, tentei explicar que não éramos casados, mas ela não acreditou e se magoou.
— E também nos ver aqui não melhorou nada — Angelique comentou, pessimista.
— Você precisa de uma prova. — Dulce ajeitou os cabelos, pensativa. — Ah! Já sei! Anahí está usando as mesmas roupas de ontem. Nós todas sabemos que ela não usa a mesma roupa duas vezes no mês. Imagine se o faria por dois dias seguidos! Tudo de que precisamos é mostrar-lhe que seus trajes não estão aqui. Isso será uma prova de que ela não mora aqui. Talvez seja o suficiente para que se lembre da realidade.
— Hum! Parece-me sensato. Pode funcionar, se dissermos a verdade da maneira certa.
— E qual é essa maneira? — Angeliquel olhou para Anahí e sua expressão se entristeceu. — Não importa como diga, pois você vai magoá-la.
— Alfonso já tentou isso e não adiantou. Acho que uma de nós terá de dar essa explicação.
— Eu não poderia, Dulce.
— Ora, vamos, Angelique! Terá de ser você ou eu. O modo mais rápido e mais fácil será perguntar-lhe onde estão suas coisas, quando chegarmos à suíte. Não temos tempo de explicar esse plano para as outras.
— Está bem... Eu faço a pergunta, e você fica com a parte de convencê-la de que ela não mora aqui.
— E eu direi a Anahí que não somos casados. — Alfonso, sentindo-se responsável, queria também ter uma participação naquilo tudo.
Seguindo Dulce e Angelique, Alfonso acompanhou Anahí para o andar de cima. Quando entraram em seu quarto, pela primeira vez ele reparou como era vazio e sem graça. Nos cinco anos em que vivia ali, considerara errado mexer na ornamentação que tinha começado com sua esposa. Preferia deixar tudo como estava, meio inacabado. E agora, Anahí queria decorar tudo.
Sentia-se perturbado. De certa forma, estava recebendo o que merecia por sua longa negligência. Porém, toda vez que pensava em terminar o que Bárbara começara, um forte aperto no coração o impedia.
Fazia sentido que Anahí visse naquilo tudo o que aquela residência era: a primeira moradia de recém-casados. Vira a cortina e a colcha do leito que não combinavam e não pensou que fosse por falta de dinheiro, mas sim porque queriam fazer algo especial. Em tudo, notara o início de uma vida a dois.
— É um quarto adorável! Tão amplo... — Estefania olhou para Alfonso com um ar perdido de quem não sabia o que dizer.
Dulce interveio:
— Ah! E que móvel bonito é aquele?
— É nosso armário. — Anahí caminhou para ele e abriu a porta.
Todas as amigas espiaram para dentro, cheias de expectativa.
— Anahí? — Angelique usava um tom mais doce. — Não vejo nenhuma de suas roupas. Onde estão?
— Hum... Também não as vejo.
— É bem estranho para alguém que se casou há mais de um mês.
— Não. Já faz dois meses, Dulce — Anahí corrigiu, confusa.
— Ainda há pouco você nos disse que estava casada há seis semanas.
— Mas eu queria dizer dois meses, Maite.
— Seus pertences não estão aqui e você não consegue lembrar há quanto tempo está casada... — Dulce segurou Anahí pelos ombros e conduziu-a para a cama, onde a fez sentar-se. — Isso não se deveria ao fato de você... não estar casada?
— Mas eu estou.
Alfonso teve vontade de pular e contradizê-la. Porém, Anahí virou seus olhos azuis cheios de lágrimas para ele, e Alfonso se enterneceu.
Seus olhares se encontraram e, por alguns segundos, Alfonso não foi capaz de pensar em nada mais que não fosse sua beleza e como Anahí parecia devastada pelo que ouvira.
— Alfonso — ela implorou com meiguice —, diga a elas que nos casamos. Conte como foi nosso primeiro encontro, quando não conseguíamos ficar com as mãos quietas. Queríamos nos tocar o tempo todo.
Sem dar a Alfonso chance para responder, virou-se para Dulce.
— Você tem de recordar a cerimônia. Pelo menos a cauda de renda de cinco metros do meu vestido de noiva. Todos comentaram tanto! — Vendo que Dulce não respondia, Anahí prosseguiu: — Ninguém pode esquecer assim uma cauda de cinco metros.
Anahí se voltou para Alfonso outra vez.
— Não sei o que está acontecendo aqui, mas, se é uma brincadeira, é muito cruel. Alfonso?
Depois de balbuciar o nome dele, Anahí cerrou os lábios para não deixá-los tremer.
Alfonso sofria por ela, e compreendeu que não poderia fazer o que tinha de ser feito.
— Está bem, minha querida, eu lamento. — Ele foi para o lado dela e confortou-a. — Foi uma brincadeira de mau gosto. Desculpe-me. Você está certa. Somos casados, sim.
Angelique suspirou e Dulce gemeu. Todas se sentaram, sem poder acreditar no que tinham ouvido.
— Mas onde estão as minhas roupas?
— Escondi algumas, e as demais ainda estão em seu apartamento.
Aquela era, sem dúvida, a coisa mais estúpida que Alfonso já fizera, mas não podia suportar olhar para Anahí e vê-la tão infeliz. Perguntou-se se não existia algo errado com ela, por imaginar aquelas coisas, mas por fim achou que lhe causaria mais mal do que bem se a fizesse voltar à realidade.
— Irei a sua antiga residência hoje à noite e pegarei todas as coisas de que você precisar, Anahí. Todavia, preciso que me faça um favor.
Ela enxugou o pranto e sorriu.
— O quê?
— Que se deite. Vou chamar um amigo que é médico. Quero que ele a veja só para ter certeza de que não foi ferida com maior gravidade, ontem.
— Mas eu me sinto bem!
— Sim, mas sua memória está meio... embaralhada, digamos assim.
— É. Também acho. — Anahí deitou-se.
— Ótimo! — Alfonso beijou-lhe a testa e logo pensou que aquilo estava se tornando um hábito.
Depois de ter acomodado Anahí e depois que todas as amigas se despediram dela, Alfonso as conduziu para o andar de baixo.
— Desculpem-me por esta situação. Não pude agüentar ver Anahí naquele estado.
Dulce suspirou.
— Você está certo quanto à memória dela, Alfonso. Será ótimo que um médico venha vê-la.
— Meu melhor amigo dos tempos de escola é um clínico geral. Telefonarei para ele do apartamento de Anahí e marcarei um encontro aqui, em uma hora.
— Quer que eu fique com ela, enquanto você sai?
Alfonso esboçou um sorriso.
— Estava esperando que alguém se oferecesse, Angelique.
Autor(a): narynha
Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
A bolsa que Anahí deixara na cozinha continha sua carteira de motorista, com seu endereço e as chaves de sua casa. Alfonso pegou-a e, vinte minutos após a saída das amigas, estava lá, revirando as gavetas e o guarda-roupa. Seu primeiro pensamento ao chegar foi que Anahí tivera muito bom gosto na decoração, e tamb&eacut ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
annrbd Postado em 04/05/2013 - 14:14:10
Li sua fanfic só agora (um pouco tarde não? já estamos em 2013) amei cada capítulo, os dialogos, a historia... realmente muito boa!!
-
kikaherrera Postado em 13/12/2009 - 17:04:49
TAMBÉM AMEI O FINAL DA WEB PARABÉNS COMO JÁ DISSE SUAS WEBS SÃO AS MELHORESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
-
luanna Postado em 13/12/2009 - 13:03:26
li sua eb, desdo cmeço, nunca comentei porq ñ gosto muy.
mais foi uma das melhores web's q ja vi, tanto é q eu tou comentando..
muy ermosa miesmo. -
rss Postado em 13/12/2009 - 13:01:39
aaaaaaaaaaaaamei o final da web
espero a próxima.
bjsssssssss -
kikaherrera Postado em 12/12/2009 - 22:10:45
A ANNIE VAI SER TODA DO PONCHO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ADOREIIIIIIIIIIIIIIIIII
POSTAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 11/12/2009 - 12:02:15
posta logo
-
kikaherrera Postado em 11/12/2009 - 01:39:43
QUERO SÓ VER A REAÇÃO DA ANNIE.
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 09/12/2009 - 23:24:47
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh!!!! !!!!!!!!!!!!!!
desculpa narinha tou tendo um ataque de loucura, pq sua web ta muito boa msm.posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++
besossssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:38
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:33
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss