Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada
- Com suas novas responsabilidades, você terá também que viajar muito mais — Alfonso dizia, ao conduzir Anahí para dentro do pequeno e barulhento avião. — E os lugares aonde vamos nem sempre têm aeroportos grandes. Teremos de fazer conexões, na maior parte do tempo.
A aeronave era pequena, mesmo. Mal Anahí subiu o último degrau da escada, esbarrou em um passageiro que colocava a mala no compartimento acima do assento. O corredor mal dava para uma pessoa passar. Ela esperou com paciência que o homem acomodasse a mala.
— É melhor você não trazer mais bagagem do que o necessário, Anahí. Não há espaço para mais que uma valise e uma frasqueira.
O passageiro à frente de Anahí acabou sua tarefa e sorriu, desculpando-se. Ela prosseguiu até a parte de trás. Como não havia dois lugares juntos, eles voariam separados.
Mas Alfonso garantiu que seria impossível conversar, de qualquer modo, devido ao ruído ensurdecedor dos motores. No entanto, Anahí não se importou. Fazia muito tempo que não se sentia tão bem. Com sua promoção, sua mente estava mais do que ocupada.
Os deveres de sua nova posição eram interessantes e diversificados. De repente, sua carreira ficara cheia de possibilidades e desafios. Também adquirira mais autoridade e autonomia.
E não precisara desistir do amor de Alfonso para obter tudo aquilo. Afinal, nunca o tivera. Desistira apenas de alguns sonhos bobos, impossíveis. Coisas que nem desejava mais...
Anahí aproveitou o período de vôo para organizar sua agenda para a semana seguinte. Alfonso contemplava as nuvens do lado de fora, pensando na nova campanha publicitária, criando estratégias de marketing, corrigindo até o que ainda não estava feito. Queria que a nova campanha fosse perfeita.
Ao chegarem a seu destino, alugaram um carro e se dirigiram para o hotel. Como já eram cinco e meia, Alfonso sugeriu que descansassem e tomassem um banho, e depois se encontrassem no restaurante para jantar.
Para Anahí, era o momento ideal para relaxar em uma banheira cheia de espuma, arrumar os cabelos e colocar uma calça jeans e um suéter. Já notara que os demais hóspedes vestiam-se de maneira informal, e bendisse a oportunidade de deixar os saltos altos de lado.
Quando encontrou Alfonso na recepção, viu que ele também se trocara e pusera jeans com uma malha pólo. Sorriu para ela.
— Vejo que você também é adepta do costume.
— Que costume, Alfonso?
— A maioria das pessoas com quem já viajei sempre traz um jeans. É bom esquecer um pouco os trajes formais.
— Sim, acho que os outros hóspedes também pensam assim.
— É verdade. Este hotel é muito confortável, e a cidade é pequena e muito simpática. Acho que você vai gostar.
Anahí assentiu, e Alfonso a conduziu para o restaurante.
Acomodaram-se e fizeram seus pedidos como quaisquer outros funcionários viajando pela mesma empresa.
A refeição transcorreu tão amigável que, quando Alfonso sugeriu que continuassem a conversa em um dos sofás da sala de estar, Anahí aceitou.
— Tenho de admitir que fiquei muito surpreso quando soube de seus pais, Anahí.
— Por quê?
— Nunca teria imaginado que você vinha de um meio tão famoso.
— Só porque sou uma pessoa que gosta de privacidade?
— Isso mesmo.
— Para ser franca, Alfonso, sempre quis ser amada, respeitada e mesmo bem-sucedida pelas coisas que faço, e não pelos pais que tenho ou por sua influência.
— Não posso censurá-la por isso. Meu pai era muito poderoso na área imobiliária. Sua sombra se estendia por toda parte. Por isso, mal deixei a faculdade, percebi que nunca saberia se alcançava sucesso por mim mesmo ou devido ao nome dele. Assim, segui uma carreira diferente.
— Sério? Não é brincadeira?
— Pode acreditar.
Era a primeira vez que Alfonso falava alguma coisa sobre sua vida particular.
— Você esteve também no ramo imobiliário, Alfonso?
— Por pouco tempo. Queria ver se tinha capacidade para ser um grande corretor.
Curiosa, Anahí o observou por alguns segundos.
— Lamenta ter deixado?
Alfonso meneou a cabeça.
— Não, Anahí, porque ainda lido com isso, como amador. Faço alguns investimentos, mas nunca me arrisco muito.
— Bem, é sensato.
Anahí adoraria ouvir mais. Qualquer coisa. Descobrir que o mercado imobiliário fora o primeiro amor de Alfonso mostrava quão pouco ela o conhecia.
— E irmãos e irmãs? Você os têm?
— Apenas sete. — Ele gargalhou.
— Sete?!
— Sim, mas ainda tenho Chris, que é como um irmão, também. Assim, de certa forma, são oito. E com as esposas e as crianças, somos quase trinta.
— Meu Deus! — Foi tudo o que Anahí conseguiu dizer.
— Durante o Natal e na hora das fotografias é bem interessante.
— Não consigo nem imaginar...
— Se você prometer não me interpretar mal — ele se aventurou, meio incerto —, gostaria muito de convidá-la e mostrar-lhe um feriado na casa de meus pais.
— Gostaria muito de ver, Alfonso. Mal acredito. Então, você tem sete irmãos. Trabalhamos juntos tanto tempo, e eu não sabia disso. Você nunca deve ter se sentido só.
Mas Alfonso sabia o que era solidão. Passara os últimos cinco anos sozinho, confuso e com raiva. Acima de tudo, muito confuso.
Para esconder suas emoções e também para não ferir ninguém, ele se isolara das conversas e das pessoas, o que o tornava ainda mais só. Achava interessante que a primeira pessoa com quem se abria fosse Anahí.
— Meus irmãos e irmãs são o que eu chamo de perfeitos, Anahí. Freqüentamos a faculdade, estudamos muito, escolhemos nossas carreiras baseados em nossas habilidades e, quando chegou a hora, todos nos casamos bem. A diferença é que minha mulher morreu em um acidente de carro, enquanto todos prosseguiram, felizes. Todos tiveram filhos. Quando Bárbara morreu, eles quiseram ficar ao meu lado, mas eu não queria mostrar minha tristeza para ninguém.
Anahí suspirou, solidária ao sofrimento dele.
— Fiquei um pouco revoltado e ao mesmo tempo surpreso por ter aquela reação com pessoas a quem amava. Por isso, afastei-me. Desde então, deixei de ser parte da família.
Alfonso fez uma pausa, como que ponderando sobre o que dissera.
— Claro, eu ia a piqueniques, jantares e até a festinhas de crianças, mas mantinha-me à parte. Não percebi o erro que estava cometendo até... até... bem, até agora.
— Ah! Então pretende telefonar a um deles marcando um encontro e se penitenciando com todos?
— Se eu não fizer isso, vai brigar comigo?
— Não. — Ela riu. — Talvez insistisse com você, até enlouquecê-lo. Mas não brigaria.
Com o olhar fixo em sua cerveja inacabada, Alfonso deu uma risada seca. Pensamentos estranhos rodopiavam em sua cabeça. Será que evitara uma maior aproximação com Anahí, naqueles quatro anos, porque seu sexto sentido lhe dizia que ela era especial e que iria fazê-lo se abrir daquela maneira?
E também era estranho que, apesar de Alfonso ter tido pouco contato com ela, Anahí era a pessoa de quem se sentia mais próximo. Sentia-se muitíssimo grato ao destino por tê-la encontrado, contente por Anahí não odiá-lo mais e feliz por poderem ser amigos.
— Acho que um piquenique seria uma boa idéia. — Alfonso tomou um gole de sua bebida. — Não posso simplesmente chegar e anunciar que estou começando a me sentir sociável outra vez. Por isso, é bom ter um encontro para pôr em dia o que aconteceu desde a morte de Bárbara. Ações falam mais alto que palavras.
— Exato! — Anahí confirmou, com entusiasmo, mas em seguida bocejou. — Desculpe-me, estou muito cansada. Acho que vai ser mais difícil me habituar com essas viagens do que pensei.
— No começo, sempre é complicado. — Alfonso se levantou. — Venha, vou levá-la até seu quarto.
Anahí sabia que aquele gesto era uma mera cortesia, e não deu nenhuma outra interpretação ao fato. Agora que sabia que Alfonso permanecia de luto desde a morte da esposa, compreendia que era fácil para ele ser apenas seu amigo e que não quisesse nenhum outro tipo de envolvimento.
Uma estranha sensação de tranqüilidade tomou conta de Anahí. Algo como consolo. Os dois podiam ser amigos de verdade, pois se compreendiam.
Naquela atmosfera de companheirismo, Anahí deslizou o braço pelo dele, e dirigiram-se ao corredor.
— Essa conversa foi muito boa, Alfonso. Muito, mesmo.
Alfonso concordou. E compreendia que o braço dela no seu era um gesto de confiança. Sentia-se ingressando outra vez no mundo dos vivos, o que o alegrou, pois, apesar de tudo o que acontecera entre eles, os dois podiam cultivar uma boa amizade.
Autor(a): narynha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
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annrbd Postado em 04/05/2013 - 14:14:10
Li sua fanfic só agora (um pouco tarde não? já estamos em 2013) amei cada capítulo, os dialogos, a historia... realmente muito boa!!
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kikaherrera Postado em 13/12/2009 - 17:04:49
TAMBÉM AMEI O FINAL DA WEB PARABÉNS COMO JÁ DISSE SUAS WEBS SÃO AS MELHORESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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luanna Postado em 13/12/2009 - 13:03:26
li sua eb, desdo cmeço, nunca comentei porq ñ gosto muy.
mais foi uma das melhores web's q ja vi, tanto é q eu tou comentando..
muy ermosa miesmo. -
rss Postado em 13/12/2009 - 13:01:39
aaaaaaaaaaaaamei o final da web
espero a próxima.
bjsssssssss -
kikaherrera Postado em 12/12/2009 - 22:10:45
A ANNIE VAI SER TODA DO PONCHO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ADOREIIIIIIIIIIIIIIIIII
POSTAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 11/12/2009 - 12:02:15
posta logo
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kikaherrera Postado em 11/12/2009 - 01:39:43
QUERO SÓ VER A REAÇÃO DA ANNIE.
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 09/12/2009 - 23:24:47
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh!!!! !!!!!!!!!!!!!!
desculpa narinha tou tendo um ataque de loucura, pq sua web ta muito boa msm.posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++
besossssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:38
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:33
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss