Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada

Quando Anahí se encontrou com Alfonso, no final do expediente, e ambos reviram os trabalhos de publicidade como qualquer outro chefe e sua assistente, ela se sentiu uma tola por ter dúvidas sobre os motivos dele.

Alfonso se determinara a ajudá-la a atingir seus objetivos, porque sabia como era importante para Anahí ser bem-sucedida. Só uma idiota iria questionar sua generosidade por causa de alguns ternos e adoráveis beijos.

Deu de ombros e escolheu um vestido preto para o coquetel, mas achou-o muito sério. Pegou um vermelho, mas achou-o muito sexy. Por fim, optou por calça comprida de cetim de cor neutra, com uma blusa que ostentava um decote elegante.

— Adoro essa roupa! — Alfonso exclamou ao vê-la.

— Eu também. — Anahí achou graça. — Minha mãe iria achá-la muito clássica.

Alfonso deu uma volta em torno dela.

— Não sei... Acho que ela o acharia bastante sofisticado. Ouvi rumores de que Rex III estará na festa hoje.

Anahí pegou a bolsa.

— Espero que seja verdade.

— Por quê? — Alfonso fechou a porta do apartamento dela e conduziu-a para o elevador.

— Porque Maite está entrando em pânico. Ela foi promovida a secretária executiva do futuro presidente da Barrington. Está questionando suas habilidades, e como não conhece Rex III, não sabe se trabalhará para ele ou não. Afinal de contas, como pode saber se são compatíveis, se nunca sequer o viu?

— Bem pensado. Mas você sempre tem boas idéias. Estou muito feliz por tê-la selecionado, Anahí, e mais ainda por ter aceitado ser minha assessora.

— Obrigada.

Então, Anahí lembrou-se do que Angelique dissera. Porém, afastou a lembrança incômoda.

Chegaram ao restaurante onde se realizava a festa de Maite. Alfonso dirigiu até a entrada, onde deixou o carro com o manobrista. Em seguida, segurou o braço de Anahí, para entrarem.

Aquilo era estranho. Anahí não era sua namorada. Por que um gesto tão possessivo? Talvez fosse melhor entrar sozinha.

— Acho que vou retocar meu batom antes de entrar, Alfonso. Encontro você lá dentro.

— Está bem.

Anahí observou-o afastar-se e se perguntou se estaria imaginando coisas outra vez.

Quando ela voltou do toalete, resolveu se sentar ao lado de Dulce e Christopher e ficou contente com sua decisão, pois viu que havia um lugar especial para Alfonso à mesa de Rex Barrington II, mas não para ela. A ausência de Rex Barrington III fazia-se notar, mas ninguém tinha coragem de mencioná-la.

— Conversei com cada diretor de departamento — Alfonso disse a Anahí, Dulce e Christopher, quando foi ao encontro deles, depois do jantar. — Nenhum de nós conhece Rex III, mas ninguém teve coragem de perguntar por ele.

— Já estive na casa dos Barrington e também não encontrei Rex III — Christopher afirmou. — Se eu não conhecesse o velho Rex tão bem, diria que era louco ou que tinha inventado um filho com seu nome só para evitar rivalidades e competições entre nós por seu cargo.

— O que é isso, Ucker? Não é coisa que se diga — Dulce censurou-o.

— Bem, querida, Barrington tem uma empresa multimilionária, com seis grandes departamentos. Cada um deles funciona à perfeição, administrado por gente muitíssimo competente. Se não houvesse Rex III, ou melhor, um herdeiro, como acha que funcionariam?

— Está insinuando que os departamentos não cooperariam tão bem entre si, porque estariam lutando pelo posto máximo, Christopher?

— Você teria tão boa vontade com os outros departamentos, Alfonso? Se não houvesse Rex III, não ficaria pelo menos interessado em administrar uma empresa multimilionária?

Anahí sorriu.

— Admita, Alfonso — ela disse, um pouco irônica.

— Está bem, com certeza, sim... Mas Rex II não faria uma coisa dessas conosco.

— Não estou afirmando que faria. Digo apenas que é uma possibilidade. Você tem de admitir que é esquisito oferecer uma festa em homenagem à secretária de Rex III e ele não comparecer.

— Olá, pessoal! Estão se divertindo?

Os quatro se viraram e viram Derrick aproximar-se.

— Você está muito bonita hoje, Dulce.

Christopher colocou o braço sobre o ombro de sua mulher.

— Mantenha distância, Derrick. Ela é minha — brincou.

Derrick virou-se para Anahí.

— Você também está.

— Agora não vale, Derrick. Você me deixou em segundo lugar.

— Não, Anahí. — Estendeu-lhe a mão. — Esta noite, é a primeira com quem quero dançar.

Com um sorriso, Anahí tomou-lhe os dedos e deixou-o conduzi-la para a pista.

Por coincidência, seu olhar caiu sobre ele. A expressão do rosto másculo era atenta e não perdia nenhum dos movimentos dela. Anahí lembrou-se de novo de Angelique.

Naquele momento, um grupo de funcionários foi até Alfonso, que se levantou e saiu do salão.

Quando Derrrick reconduziu Anahí para a mesa com Dulce e Christopher, Alfonso ainda não tinha voltado, mas ela se recusou a pensar no assunto. Ali, todos eram amigos. Alfonso era seu amigo também. Nada mais. A não ser que quisesse arranjar problemas outra vez, pouco devia lhe importar onde Alfonso estava ou o que fazia.

Mas Anahí não precisou se preocupar com aquilo por muito tempo. Alfonso voltou em poucos minutos e não saiu mais de seu lado. Apesar de não dançarem, não se separaram um só instante.