Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada
— Veja isto! — Flora Conway exclamou ao colocar um vaso na mesa de Anahí. — Não faz duas horas que você está aqui, e já está recebendo flores.
Anahí se desviou da tela do computador e mirou as rosas vermelhas e brilhantes, bastante surpresa.
— Não sei de ninguém que possa tê-las mandado. — Com expressão séria, pegou o pequeno envelope que as acompanhava. — Devem ser de meus pais.
— Acho que não. — Flora, uma mulher solteira e romântica de quarenta e oito anos, continuou com sua voz de sotaque sulista: — Tomei a liberdade de olhar o cartão, e acho que vai ficar contente.
De cenho franzido, Anahí abriu o envelopinho. Mesmo antes de ler o nome, ela soube quem tinha enviado as flores, porque reconheceu a letra. Viu as palavras "parabéns" e "boa sorte" e, furiosa por Alfonso pensar que algumas rosas melhorariam a situação, pegou o vaso e jogou tudo no lixo.
Flora quase engasgou.
— O que está fazendo?! — Correu, nervosa, para o cesto, numa tentativa de salvar as delicadas flores.
— Coloquei-as no lugar certo para elas. — E Anahí voltou sua atenção para a tela outra vez. Mas logo parou e pegou as rosas. — A não ser que você as queira. Se quiser, são suas.
Flora pareceu contente com a oferta. Tomou o vaso, com cuidado, e levou-o para sua escrivaninha.
Anahí suspirou. Se não fosse embora logo, ficaria preocupada com os mexericos que aquele fato acarretaria. Mas, já que estava de partida da Barrington, não tinha importância.
Voltou a trabalhar com afinco, fortalecida pela certeza de que tudo aquilo logo estaria acabado.
Em seu último dia na empresa, Anahí andava pelo corredor para ir almoçar, quando viu Alfonso. Ele caminhava na direção dela, mas não a viu, porque estava concentrado em uma conversa com Karla Cossio. Tinha, como sempre, o familiar jeito de conselheiro e mentor.
Anahí sabia que Alfonso gostaria de ter tido esse papel para ela. Ele detestava a atração sexual que se intrometera entre os dois e que estragara tudo. Anahí também estava certa de que, se não tivesse sido por aqueles três dias em que imaginara ser mulher dele e o atormentara, tornando-se uma tentação, Alfonso jamais a teria notado.
Uma parte dela queria se apegar à raiva. Adoraria odiá-lo. Mas Alfonso era um homem bom. E ela o amava. Ele não tinha culpa de não amá-la.
Anahí compreendia o que tinha de fazer. Por isso, olhou-o de frente e sorriu.
— Obrigada pelas flores — disse ela, com polidez.
— Você gostou?
Amando-o ou não, fosse Alfonso um bom homem ou não, o interesse dele era demais para ela agüentar.
Anahí recuou um pouco e ordenou a si mesma para não fazer uma tempestade em um copo de água.
— Sim, muito.
— Ótimo, Anahí! Eu queria lhe dar um pequeno apoio em seu novo caminho.
"Flores!", ela pensou. Como alguém podia pensar que algo tão singelo pudesse reparar uma rejeição? Brava, irritada, Anahí encarou-o.
— Gostei muito das rosas, mas Flora gostou ainda mais. Então, eu as dei para ela. Acho que minha colega vai lhe enviar um cartão de agradecimento.
— Você deu minhas flores para...
— Desculpe-me, Alfonso — Anahí o interrompeu e voltou a andar. — Preciso correr. Como estou na seção dos temporários, só tenho meia hora de almoço.
— Na seção dos temporários? — Alfonso chamou-a, confuso: — Anahí!
Anahí ignorou o chamado, e Alfonso resistiu ao desejo de correr atrás dela. Ele ia ver Sam Wainwright para pedir uma nova assistente, e aproveitaria para perguntar como uma das pessoas mais competentes da empresa fora parar na seção dos temporários.
Todavia, enquanto caminhava, começou a compreender como Anahí fora parar lá. Deixara muito claro, com suas atitudes deselegantes, que ela devia sair de seu departamento e ficar bem longe dele. Se não havia outras vagas, então Anahí tivera de ser colocada lá. Com certeza, fora uma humilhação.
Furioso consigo mesmo, bateu na parede, atraindo os olhares das outras pessoas.
— Lembrei-me de uma bobagem que fiz. — Esboçou seu sorriso mais cativante, mas percebeu que ninguém retribuiu.
Depois, sem olhar nem para a direita nem para a esquerda, continuou seu caminho até Sam, fixando a atenção nos sapatos e dizendo a si mesmo que estava precisando de uma conversa com um psicólogo.
Quando entrou na sala de Sam, sorriu e cumprimentou Stefania simulando alegria.
— Boa tarde. Como vai?
Stefania o fitou, séria, e fingiu grande concentração na pilha de papéis a sua frente.
— Estou bem, Alfonso. Acho que você veio ver Sam, mas há alguém com ele neste momento. Se quiser sentar-se e esperar... — Indicou uma cadeira, sem olhá-lo. — Quando ele ficar livre, avisarei que você está aqui.
Alfonso conhecia as amigas de Anahí e reconheceu que Stefania o estava tratando com total frieza. Segundo o ponto de vista dela, ele merecia.
Sem mais nenhuma palavra, Alfonso se acomodou, pegou uma revista e começou a folheá-la.
Porém, cada vez que recordava que Anahí estava na seção dos temporários, e tudo por culpa dele, ficava tenso e zangado consigo mesmo. Por fim, não conseguiu permanecer sentado, e começou a andar pelo escritório.
— Alfonso, sente-se — Stefania pediu, parecendo mais amigável.
— Não posso, Stefania.
— Mas precisa. — Ela riu. — Você está me deixando nervosa.
— Ótimo. Junte-se a mim, então.
Stefania parou de digitar.
— Quer falar alguma coisa, Alfonso?
— Oh! Tenho certeza de que você está a par de todos os detalhes sobre o caso de Anahí. Não há necessidade de eu embaralhar tudo com minha versão.
— Para ser sincera, Alfonso, acho que você poderia fazer isso, sim, porque não acredito que o que Anahí pensa esteja certo.
Alfonso parou de andar.
— O que foi que Anahí lhe disse?
— Que você queria que ela saísse de seu departamento de imediato, porque há entre vocês dois um tipo de atração física de que você não gosta.
Alfonso considerou o que Stefania dissera e deu de ombros.
— É uma visão muito sintética e fria, mas é mais ou menos isso.
— Bem — Stefania começou, dizendo a si mesma que estava se metendo onde não devia —, se quiser acrescentar um pouquinho de calor, que tal se eu lhe falar que Anahí acha que você quer vê-la longe porque sente atração por ela mas não a ama, e que, por isso, não quer que ela o incomode?
— O quê?!
— Foi o que minha amiga me disse. Eu a forcei a falar a verdade quando me pediu para ser transferida de um departamento onde ia tão bem. Anahí confessou que havia uma certa química entre vocês. Sabe que aquela garota é louca por você... Assim, era melhor ela sair.
— Isso é um completo disparate! De onde Anahí tirou essa idéia? Foi o grupo de amigas que colocou essa bobagem na cabeça dela?
— Não. — Stefania ergueu o queixo, com ar superior. — Anahí chegou a essa conclusão por si mesma. Na verdade, não falou para ninguém, a não ser para mim. E considero um caso confidencial. Não acredito que pretenda contar nada sobre vocês a nenhuma amiga. Já que em breve deixará a Barrington, para que falar no assunto? Talvez até se mude para outro Estado, e não vê razão para conservar seus laços aqui.
Levou um tempo para Alfonso entender que Anahí estava partindo de verdade. Não apenas trocava de departamento. Poderia se mudar para outra cidade, outro Estado, talvez outro país. Nunca mais passaria por ela nos corredores.
Alfonso passou a língua pelos lábios secos.
— E por que ela está indo embora daqui? Não quero que Anahí se vá. Não queria que ela ficasse na seção dos temporários. Não queria...
— ...ficar perto dela? — Stefania terminou a frase por ele. — Sei disso. Anahí me falou a respeito. Contou-me também como você perdeu sua esposa, que foi o amor de sua vida, e decerto não iria querer tentar uma segunda vez.
— Isso é... — Alfonso ia dizer "ridículo", mas calou-se e deixou-se cair sobre uma cadeira, em frente da mesa de Stefania.
— Você está bem, Alfonso?
Tremores de emoção percorriam o corpo de Alfonso. O que mais o desesperava era que magoara Anahí. Uma criatura doce que nunca lhe causara mal.
— Alfonso, se há alguma coisa que queira dizer a Anahí... — Stefania mostrava ter o dom de ler seus pensamentos — ...vai ter de andar depressa, porque hoje é seu último dia. Depois disso, ninguém sabe para onde ela vai.
Autor(a): narynha
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Quando Alfonso chegou ao apartamento de Anahí, ela estava fazendo as malas. A porta estava aberta, como se ela estivesse esperando alguém. Avistou caixas espalhadas por toda a sala de estar. — Anahí? — ele chamou, tímido, ao entrar naquele caos. — Tem alguém aí? — ela gritou do outro cômodo, não ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
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annrbd Postado em 04/05/2013 - 14:14:10
Li sua fanfic só agora (um pouco tarde não? já estamos em 2013) amei cada capítulo, os dialogos, a historia... realmente muito boa!!
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kikaherrera Postado em 13/12/2009 - 17:04:49
TAMBÉM AMEI O FINAL DA WEB PARABÉNS COMO JÁ DISSE SUAS WEBS SÃO AS MELHORESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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luanna Postado em 13/12/2009 - 13:03:26
li sua eb, desdo cmeço, nunca comentei porq ñ gosto muy.
mais foi uma das melhores web's q ja vi, tanto é q eu tou comentando..
muy ermosa miesmo. -
rss Postado em 13/12/2009 - 13:01:39
aaaaaaaaaaaaamei o final da web
espero a próxima.
bjsssssssss -
kikaherrera Postado em 12/12/2009 - 22:10:45
A ANNIE VAI SER TODA DO PONCHO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ADOREIIIIIIIIIIIIIIIIII
POSTAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 11/12/2009 - 12:02:15
posta logo
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kikaherrera Postado em 11/12/2009 - 01:39:43
QUERO SÓ VER A REAÇÃO DA ANNIE.
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
rss Postado em 09/12/2009 - 23:24:47
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh!!!! !!!!!!!!!!!!!!
desculpa narinha tou tendo um ataque de loucura, pq sua web ta muito boa msm.posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++
besossssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:38
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss -
rss Postado em 07/12/2009 - 12:34:33
tou
a-m-a-n-d-o
posta +++++++++++++++++++++
suas webs são sempre nindas
bjssssssssssssss