Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada

No final, Stefania concluiu que a saída de Anahí da Barrington não era nenhum segredo, pois todo mundo poderia descobrir por si próprio. Portanto, contou às outras amigas que Anahí tinha se demitido e ia mudar de cidade.

Angelique telefonou e descobriu que Anahí estaria se mudando já na manhã de segunda-feira. Quando o dia chegou, todas tiraram uma folga do escritório e apareceram em seu apartamento, prontas para ajudar.

— Não acredito! — Anahí disse, com os olhos marejados de lágrimas. — Vocês não deviam ter faltado ao serviço por minha causa.

— Bem, você não devia ter omitido sua partida, — Dulce reclamou.

— Não tive coragem de dizer-lhes que tinha cometido o mesmo erro duas vezes. — Anahí sentou-se no único espaço livre do sofá.

Angelique e Stefania começaram a embalar os pratos, e Maite e Fernanda, delicados enfeites de porcelana.

— Fiquei apaixonadíssima por Alfonso outra vez, e vocês tinham me considerado forte por tê-lo esquecido... Depois, deram conselhos...

As cinco mulheres se entreolharam e suspiraram.

— Você nos ignorou — Stefania protestou.

— Não queria que me considerassem uma idiota.

— Anahí! — Angelique pôs as mãos na cintura. — Somos suas amigas. Pode fazer papel de idiota na nossa frente. É para isso que servem as amigas, sabia?

— Bem, de agora em diante, não precisarei mais passar por isso, de qualquer modo. Alfonso esteve aqui no sábado e falou as mesmas coisas sobre sermos amigos. A diferença é que, desta vez, ele admitiu que seu casamento não foi bom. Na verdade, foi péssimo. Isso me ajudou a entender melhor o que se passa, e aceitei a situação. Alfonso não acredita que possa me amar, mas quer minha amizade. Contudo, cheguei à conclusão de que essa situação pode ser boa para ele, mas é ruim para mim. Assim que Alfonso saiu, liguei para a casa dele e deixei uma mensagem em sua secretária eletrônica.

— Para dizer o quê? — Fernanda quis saber.

— Que não quero ser sua amiga.

Maite abriu a boca, surpresa.

— É mesmo? Meu Deus, você teve coragem!

— Não acho que foi isso, Maite. De certa forma, creio que fui covarde. Toda vez que vejo Alfonso, quero amá-lo. Compreendi que não posso ser amiga dele, porque assim nunca me libertarei. Deixei claro que não quero vê-lo nunca mais, e que preciso encontrar alguém que possa me amar.