Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada

Anahí resolveu seguir adiante e mentalizou o dia do casamento. Escolheu com muito cuidado o vestido de noiva. Seria de cetim branco, com pequenas pérolas debruando delicados bordados e uma cauda de vários metros de renda italiana a arrastar-se pelo chão de mármore da igreja. De que adiantava ter pais milionários, se não pudesse ter um vestido de noiva majestoso?

Depois, com sua fértil imaginação, viu Alfonso de casaca. Sua camisa branca tinha abotoaduras de ônix preto. Os cabelos castanho-escuros estavam impecáveis. Seus olhos tinham um brilho misterioso que provocavam em Anahí arrepios de excitação, durante toda a cerimônia.

A festa seria no bufê mais sofisticado da cidade, e ela deixaria que os pais convidassem quem quisessem. O salão ficaria lotado de convidados, conversando e rindo, mas Anahí e Alfonso só teriam olhos um para o outro.

— Quer dançar?

Apesar de Alfonso ter tocado em seu braço muito de leve, Anahí deu um pulo, sobressaltada.

— Dançar? — ela repetiu, esforçando-se para sair de seu sonho. Era um perigo, estava começando a misturá-lo com a realidade. — Achei que fôssemos jogar.

Ele sorriu, embaraçado.

— Perdi a mesa. Dois sujeitos do bar estavam brigando e incomodando, e achei melhor sair de perto.

Anahí não pôde evitar um sorriso. Ele ficava tão maravilhoso quando se sentia envergonhado!

Eles iriam dançar! Não seria apenas uma boba e pouco romântica partida de sinuca. Anahí não sabia qual era a mágica de visualizar cenas na mente, mas, o que quer que fosse, estava funcionando. Um grande otimismo a invadiu.

— Eu adoraria, Alfonso.

Ele tomou-lhe a mão e guiou-a para o outro lado, mais próximo do som.

Anahí pousou a cabeça no ombro de Alfonso, aproveitando o momento. O corpo dele era quente e forte. Tudo o que uma mulher poderia desejar. Se queria continuar a visualizar-se como esposa de Alfonso, não havia melhor lugar para isso do que nos braços dele.

Nesse instante, teve início uma gritaria.

Confusa, Anahí ergueu a cabeça e viu que dois homens à mesa de sinuca berravam obscenidades para um terceiro, ao balcão. Antes que ela pudesse compreender o que estava acontecendo, um deles ergueu o taco e lançou-o no ar, para atingir o adversário.

Para Anahí, aquilo parecia acontecer em câmara lenta. Pressentiu que seria atingida e tentou esquivar-se.

Mas era tarde demais.