Fanfic: Romance no escritório (AyA) - Terminada

— Ela pensa que vocês são o quê?!

— Que somos casados.

Um silêncio sepulcral seguiu a declaração de Alfonso. Se um grampo tivesse caído no escritório naquele momento, teria tido o efeito de um trovão.

Todos os amigos mais próximos de Anahí estavam reunidos: Estefania Villareal, uma gordinha simpática de olhos verdes muito claros, assistente do diretor de pessoal, Fernanda Polén, uma morena que ficara noiva de Eddy Vilard, Maite Perroni, uma das secretárias, Dulce Maria, que se casara fazia pouco com Christopher Uckermann, um dos advogados da Barrington, e a contadora Angelique Boyer. Alfonso sabia que, se alguém no mundo pudesse ajudá-lo sobre o que fazer com Anahí, teria de ser uma daquelas mulheres.

O único problema era que ninguém dizia uma palavra.

— Nosso departamento foi ao Mahoney`s ontem para comemorar o fato de termos definido o formato de nossa revista em tempo recorde. Notei que Anahí tinha ficado um pouco distante a noite toda, por isso, depois que todo mundo foi embora, eu a convidei para dançar.

Maite encarou-o. Angelique pigarreou.

— Você o quê? — Fernanda mostrava-se incrédula.

— Convidei-a para dançar. Queria uma chance de conversar com Anahí em particular, mas mal demos um giro e dois sujeitos começaram a brigar. Um deles empurrou Anahí, que caiu ao chão e bateu a cabeça.

Outra vez, total quietude. Todos o miravam como se estivesse louco ou mentindo. Ou ambas as coisas.

Pouco à vontade, mas sabendo que precisaria dar maiores explicações, Alfonso continuou:

— Anahí não desmaiou, nem houve nada mais grave, e até afirmou que estava bem. Também não se opôs quando falei que ia levá-la para minha casa.

— Por quê?

— Só para ter certeza de que ela estaria bem a noite toda, Dulce.

Zoraida Gomez, que acabava de entrar, ironizou:

— Ah! Essa desculpa eu ainda não conhecia! — E tirando uma lata de refrigerante da geladeira, deixou a sala outra vez.

— Mas o que deu em você para levá-la para a sua casa?

— Ei, Dulce, ela bateu a cabeça! Não queria que Anahí dirigisse. Além disso, ela dormiu antes que eu tivesse tempo de pegar seu endereço. Na ocasião, foi o que me pareceu mais lógico.

— Na verdade, parece, sim. — Estefania se aproximou de Alfonso. — Você tem sorte de ter uma reputação tão boa por aqui. Caso contrário, íamos ficar imaginando...

— Não imaginem. Ajudem-me. Não sei de onde Anahí tirou essa idéia maluca de que somos casados.

Dulce olhou para Angelique, e todas se entreolharam.

— Vamos dizer?

— Dizer o quê, Maite? — Alfonso perguntou, desconfiado.

— Que Anahí é apaixonada por você há anos. — Dulce respirou fundo. — Se ela pensa que está casada com você, deve ser devido a uma combinação da pancada com acordar em sua cama e suas próprias fantasias.

— Oh, céus! — Alfonso passou as mãos pelos cabelos, temendo ir adiante naquele assunto, pois não sabia se iria gostar do que poderia descobrir. — Está bem. E como vamos tirá-la dessa ilusão?

— Seria melhor que você ficasse afastado disso, Alfonso — Maite sugeriu. — Se nós todos fôssemos até lá depois do expediente e explicássemos tudo a Anahí, ela receberia melhor a notícia, vinda de nós.

— Anahí pode até recuperar a memória só de nos ver — Angelique acrescentou.

— Está certo. — Alfonso dirigiu-se à porta. — Encontro vocês no estacionamento às quatro horas.