Fanfic: (Mini) Acordar (Anahí y Ponho) | Tema: rbd, anahí, poncho

Capítulo 1- Dormir

O aeroporto estava fechado, devido ao mal tempo, assim sendo hospedou-se em um hotel próximo e passou grande parte do tempo passando o roteiro em voz alta, com personagens que só existiam naquele momento em sua brava imaginação. No dia seguinte se dirigiu ao aeroporto outra vez, a pista ainda estava fechada. Teve de aguardar uma série de horas, o estomago se remexendo em mal estar. Não há mais tempo. Correu a gritar no balcão.

— Eu preciso de um avião para Los Angeles agora na pista, é uma emergência não entende? Vinha vida por este avião. Não posso esperar nem um minuto a mais. É sobre minha vida querido que estamos falando, não sobre este seu empreguinho chinfrim e estúpido se eu não estiver nos EUA em algumas horas... Não deve entender do que estou falando, pois se perder este empreguinho pode arranjar muito bem um outro em uma lanchonete qualquer que vai dar no mesmo. Não me importa, só me coloque no meu voo agora imbecil.

— Senhorita peço que se acalme, pois estaremos agendando seu voo para amanhã cedo.

— Você não entendeu não é? Eu não quero um voo para amanhã, eu quero um voo agora. Me desculpe, eu estou um pouco nervosa.

— Não há como, nenhum voo pousa ou decola com este tempo, vem vindo um temporal.

 — Eu pago o que quiser. Espere. — Sacou o celular da bolsa. Estava sem torre. — Merda.

— A senhorita deveria ser educada, e se retirar.

— Educação? Eu quero que enfie essa sua educação... — Moveu-se para sair quando um homem magrelo parou em seu caminho.

— Acho que posso ajuda-la. Ligue para este número, este cara é louco, mas é exatamente do que precisa no momento. Aliás se importaria de autografar? — O homem estendeu uma revista com sua foto estampada na capa.

Aquela criatura estranha tinha razão, Pedro, o piloto daquela empreitada era totalmente insano. Ninguém em sã consciência aceitaria aquele acordo, por mais dinheiro que fosse oferecido, e de fato era bastante, 20 mil reais. Era uma boa quantia em dinheiro, mas não se importava, faria qualquer coisa para estar nos EUA, em algumas horas.  Qualquer acordo. Agora ali, tendo quase o helicóptero sendo jogado de um lado a outra, continuava não arrependida. Por um momento levou um grande susto quando aquela máquina louca deu um solavanco fazendo-a bater a testa, um pequeno corte quase imperceptível se abriu na pele alva.

— Droga. Tenha mais cuidado com esta coisa.

— Sinto muito senhorita. — Sorriu Pedro estranhamente. Agora ela olhava um outro passageiro, que se arriscara junto com ela, um empresário com uma reunião agendada. Tinha as feições severas bastante marcadas, e parecia assustado. Aquele rosto a lembrava alguém.

— Parece que estamos tendo um grande dia. — Disse a ela o empresário. As palavras flutuaram no ar. Sobrevoavam o mar naquele exato momento, as águas lá embaixo deveriam estar incrivelmente gélidas.

— Sabe que é a primeira vez que levo em meu helicóptero uma noiva? Cara isso é muito curioso, ainda mais a noiva de um governador. — Ela olhou para baixo, para o vestido majestoso, com cristais bordados em todo o top que caiam sobre a saia tão armada, em um tecido que lembrava a saia de tule de uma bailarina. Tinha os lábios pintados de vermelho, e os cabelos presos em um coque, e imaginou como aquela situação poderia estar pior. Velasco, o governador, seu noivo, era de fato uma grande aposta política para o seu partido, pretendiam que algum dia viesse a se tornar presidente do México, veja só, imagine, ela uma primeira dama. Não soava grande e magistral? Aquele casamento também se tratava de uma grande aposta, uma jogada, ela sabia disso, sabia que ele necessitava tornar-se carismático, e ela era quem lhe daria o carisma sendo famosa e com uma boa leva de fãs o tornaria mais atraente em uma corrida eleitoreira. Sabia que o México vivia uma crise política tremenda, e o povo estava muito descontente com os rumos de sua própria história, com os casos de violência crescentes, com escândalos de políticos envolvidos com narcotraficantes e que a sua união com um governador naquele momento parecia estar sendo bem odiada, afinal como ela mesma sabia, como o governador sabia, ganharia mais pontos eleitorais com aquela união de algum modo, ele precisava de uma figura forte ao seu lado, alguém como ela.

De um momento a outra a não paz deu lugar ao pânico. O helicóptero bateu em algo com força surpreendente, um barulho alto se ouviu, algum pássaro provavelmente e o vidro da cabine se espatifou. Em um segundo estavam bem e no outro algo no painel apitava, e piscava em vermelho. Os gritos foram tão altos que se tornaram ensurdecedores, no entanto ninguém ali realmente se deu conta. Naquele momento cada um percebia apenas a si próprio, e o som dos próprios corações bombeando no peito a um ritmo alarmante. Pareciam muitos minutos, mas só se passaram poucos segundos. A pequena aeronave circulava o céu em um movimento de parafuso, caindo a uma velocidade incrível. A mulher apertou as mãos em torno do colete salva vidas recém colocado e em seu ouvidos soou velha musica dos The carpenters, close to you, que sua mãe costumava lhe cantar ao embala-la no sono.

— Estamos perdendo altitude. Preparem-se para a queda. — Com um baque alto caíram no fundo do mar gelado. Tudo desapareceu dentro da água como se jamais houvesse existido.

Why do birds suddenly appear        
Everytime you are near?
Just like me, they long to be
Close to you

Por que os pássaros aparecem de repente
Toda vez que você está perto?
Assim como eu, eles querem estar
Perto de você...

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Esta é uma fanfic bem curtinha, mas muito bonitinha kkkk Espero que gostem e se acaso gostarem por favor comentem queridos.