Fanfic: Corações em dívida - adaptada - TERMINADA

- Está uma noite demasiado bonita para a desperdiçar entre quatro paredes - disse, pegando na sua mão.
- Onde vamos?
- Anda.
Certamente levá-la-ia para um terraço, onde os convidados podiam aproveitar o ar fresco. Mas, em vez de a levar para o bar levava-a para... os elevadores.
- Ouve...
- Lá em cima há outro terraço - disse ele ao ver a sua expressão. - A vista é mais bonita.
-Ah.
"Diz-lhe que tens que te ir embora. Agradece-lhe e despede-te de uma vez."
Ouviu aquelas palavras na sua cabeça, mas sentia-se incapaz de as pronunciar ou de dar ordens às suas pernas.
De modo que entrou com ele no elevador. Um minuto depois, as portas
abriram-se e...
Ficou gelada. Estavam no seu apartamento.
Havia um pequeno hall de entrada e depois uma sala, espaçosa, elegante, suavemente iluminada.
E solitária. As portas de vidro abriam-se para um terraço enorme.
- Anda – disse ele, disfarçando um sorriso. Depressa diria que tinha que se ir embora.
Tomaria o seu café e daria o passo.
E ele também.
O terraço não dava para o porto, mas para um jardim privado, de modo que o ambiente era mais escuro, mais íntimo. O aroma das buganvílias inundava o ar. O ruído do cassino não chegava até ali.
- É lindo – murmurou Dulce.
- Sim - sorria ele. Era lindo. O seu arquitecto tinha feito um bom trabalho, criando um apartamento sobre o cassino, mas completamente isolado dele.
Dulce ouviu passos e quando se virou viu um empregado com uma bandeja.
- Obrigado, Jaime.
O homem desapareceu pouco depois.
- Sente-se.
"Sim, é melhor", pensou ela. Depois do champanhe e do vinho, estava um pouco tonta. O café iria fazer-lhe bem.

Christopher sentou-se em frente a ela e cruzou as pernas, colocando o tornozelo sobre um dos seus joelhos.
Era incrível. A imagem viva do amante latino. Continuaram a conversar sobre coisas sem importância e, enquanto falava, ele soltou a gravata.
Havia algo muito sexy num homem de smoking com a gravata solta. Continuava a ter um aspecto muito sexy e elegante... e muito perigoso.
"Garota, vai embora daqui".
Mas não podia. Ainda não. Ainda tinha que terminar o seu café. Além disso, Cris estava a falar de uma viagem de navio que tinha feito às Canárias, dos golfinhos...
Dulce continuou a tomar o seu café enquanto bebia as suas palavras.
A chávena estava vazia e Dulce pousou-a na mesa. Nenhum relógio tinha dado a meia-noite, mas tinha que se ir embora. A noite tinha terminado, não podia alongá-la mais.
De modo que se levantou.
Imediatamente, Christopher fez o mesmo.
- Tenho que me ir embora.
- Porquê? - perguntou ele, aproximando-se.
- Porque sim.
- Porque tu não vais para a cama com o primeiro que conheces?
Dulce encolheu os ombros. -Sim.
- Por que fazes com que as coisas pareçam feias quando podem ser tão bonitas? Tão bonita como você, Dulce - sorriu ele,acariciando o seu cabelo.
A carícia fez com que sentisse um calafrio.
- É linda. E esta noite será linda se tu quiser. Esta noite foi feita para o desejo e há desejo entre você e eu.
-Christopher...
- Se disser que não será mentira, não será. E tu não mente,não? Não pode dizer que não treme quando te toco - murmurou ele então, beijando o seu pulso.
-Não, por favor...
Mas Christopher continuou a beijar o seu pulso, os seus dedos, os seus ombros... até que as pernas lhe tremeram. E quando a agarrou pela cintura quase se alegrou porque estava prestes a cair.
Dulce fechou os olhos quando chris inclinou a cabeça para a beijar, decidida a apreciar o momento. Abriu a boca, deixando escapar um gemido. Não tinha forças
para se afastar, não tinha forças para lhe dizer que não.

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bjix da Naty