Fanfic: Corações em dívida - adaptada - TERMINADA

Quem era ele para a julgar? Não era um crime deixar que o seu namorado lhe comprasse um vestido. Ele não os comprava? Tinha-lhe comprado uma coleção inteira.
"É isso que quer de ti, que lhe compres roupa cara?"
Não, não podia pensar isso. Dulce não era assim. Ela nunca pedia nada. Nem sequer tinha permitido que lhe oferecesse uns brincos.
Não, não era o dinheiro. Era ele. Tinha-o deixado claro naquela noite, depois do incidente em Marbella. Estava com ele porque gostava dele. E mostrava-o todas as noites com o seu corpo incandescente.
Como o mostrava de dia, com as suas conversas, a sua devoção, o seu carinho, com o brilho dos seus olhos cada vez que olhava para ele.
Aquela era a razão pela qual Dulce estava com ele.
Cerrando os dentes, Christopher dispôs-se a trabalhar.
- Senhor Uckermann?
- Sim, Mercedes.
- Desculpe, mas há uma pessoa que deseja vê-lo...
- Quem é?
- O senhor Derrick - respondeu a sua secretária.
Christopher levantou-se. O instinto dizia-lhe que não devia recebê-lo, mas isso poderia ser perigoso. Derrick era um homem perigoso.
O que quereria?
- Diga que entre - murmurou finalmente. O mafioso entrou no seu escritório um minuto depois.
- bom dia, Derrick.
- bom dia - respondeu ele. - Posso? - perguntou, apontando para o sofá.
- Naturalmente. Bom, porque veio?
- Vim resolver um assunto. É sobre a sua...mulher.
Christopher ficou tenso.
- Sobre Dulce?
- Eu sou um homem generoso, senhor Uckermann portanto não vou tornar as coisas mais difíceis. Se quiser a inglesa, fique com ela, mas resolva isto primeiro – disse Derrick, tirando um papel do bolso.
Christopher leu-o e teve que conter o desejo de desatar aos murros. Porque aquele papel tinha destruído todos os seus sonhos.
- Vejo que não sabia - murmurou Derick. Não conhecia o seu segredo sujo, eh? Não sabia que a inglesinha está endividada até ao pescoço. Eu disse-lhe, amigo. Tem bom aspecto, mas é como as outras. Gostam de viver a vida e, às vezes, gastam dinheiro que não têm.

- Vejo que não sabia - murmurou Derick. Não conhecia o seu segredo sujo, eh? Não sabia que a inglesinha está endividada até ao pescoço. Eu disse-lhe, amigo. Tem bom aspecto, mas é como as outras. Gostam de viver a vida e, às vezes, gastam dinheiro que não têm. Mas eu quero cobrar esta dívida, senhor uckermann. E suponho que estará disposto a pagar... em troca de continuar a cavalgar, por assim dizer.
-Derrick...
- Não se preocupe, não teve nada comigo. Não faz o meu gênero. Eu prefiro as loiras... que desaparecem da noite para o dia..
Christopher teve que cerrar os dentes para não o expulsar dali aos pontapés.
- Suponho que prefere em dinheiro - disse, levantando-se para abrir o cofre.
-Claro.
O mafioso sorriu, satisfeito. "Missão cumprida", parecia pensar. Tinha conseguido o seu dinheiro... e humilhar o orgulhoso Christopher.
- Assim parece-lhe bem?
Derrick contou as notas e guardou-as no bolso.
- Divirta-se com ela. Ao fim e ao cabo, pagou por ela.
Quando saiu do escritório, Christopher deixou-se cair na cadeira. Sobre a secretária, aquele papel... aquele papel que condenava Dulce definitivamente.
Dulce pegou no frasco de xampu e pôs uma boa quantidade no cabelo. Tinha que o cortar, pensou. Embora estivesse um pouco farta de tanto tratamento de beleza e tanto cabeleireiro. Ao princípio era divertido, mas uma coisa que se repete todas as semanas acaba por ser aborrecido.
Não queria perder Christopher, de modo que fazia a pedicura, a manicura, massagens faciais, tratamentos para o cabelo...
Queria estar muito bonita para ele, o mais possível. Meia hora depois, sentada em frente ao espelho, reparou que estava linda. com um vestido sem mangas de cor creme, o bronzeado perfeito, o cabelo a cair pelas suas costas... depois de o secar durante quinze minutos com o secador, e só um pouco de rímel e brilho nos lábios, estava mesmo bonita.
Durante aquelas semanas o único exercício que fazia era no ginásio ou na piscina. O resto do tempo dedicava-o a ficar bonita ou a estar com Christopher.

Um sonho, certamente.
Durante o tempo que durasse.
Sorrindo, pegou na mala de marca italiana, olhou-se ao espelho pela última vez e dirigiu-se à porta.
Mas ela abriu-se antes de chegar.
- Christopher! Não me digas que estou atrasada outra vez.
Ele fechou a porta de repente.
Parecia-lhe mais alto naquele dia, mais... formidável. Mas estava sombrio. Não, mais do que isso, estava furioso.
- Christopher, o que se passa?
- Se vier a calhar gostarias de me explicar isto começou ele então, tirando um papel do bolso do casaco.
Quando Dulce o abriu, sentiu um aperto no coração.
Oh, não, não, não podia ser. Porque tinha que lhe acontecer aquilo? Ela tinha querido afastar Christopher daquela parte da sua vida, não tinha querido que...
- Como conseguiste...?
- Tive uma visita no escritório - interrompeu-a ele. - O nosso velho amigo Derrick James
A voz de Christopher era de gelo.
Dulce voltou a olhar para o papel. No qual dizia exatamente quanto dinheiro devia e a quem.
- Não queria que descobrisses assim.
- Não? Mas teria me informado de qualquer forma, não é? Você sabia que Derrick apareceria por aqui mais tarde ou mais cedo. Ou pensava que porque te defendi galantemente em Porto Banus aquele mafioso ia perdoar-te a dívida?
-Escuta...
- Tanto faz. Podes ficar descansada, linda. Paguei-lhe tudo o que devias.
-Não!
- Sim.
- Christopher, por favor, escuta-me. Sei que isto é uma surpresa para você e lamento muitíssimo. Eu não queria que Derrick tivesse nada a ver conosco, não queria que sujasse isto...
-Ah, claro. E o problemazinho de lhe dever quase sete mil euros era uma coisa sem importância. Tinhas esquecido, não é? Como pensava devolver-lhe o dinheiro, Dulce?
-Eu...
- Era o que querias desde o começo! Queria que eu pagasse esse dinheiro!
- Não! Christopher, por favor, acredita em mim. Eu não queria que soubesses e não queria que pagasses um centésimo da dívida.

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bjix da Naty