Fanfic: Corações em dívida - adaptada - TERMINADA

Ele cerrou os dentes. Tinha sido um imbecil, um ingênuo. Pensando que Dulce era diferente, que não era como aquela amiga dela...
- Tu queres me agradar, não é? Sempre quis me agradar. É a mulher mais complacente que conheço, a mais ardente, a mais devota e, certamente, a melhor na cama.
E perguntava-me porquê. Seria só por mim? Naquela noite, em Marbella, convenceste-me de que era só por mim, não pelo meu dinheiro...
-E é verdade!
- Não, não é. Tinhas medo que o comentário da tua amiga sobre os teus problemas me abrisse os olhos e fizeste tudo o que estava ao teu alcance para me enganar.
- Isso não é verdade, Christopher - suspirou Dulce.
- Então, o que é? Não gosta de ter um amante rico? Até agora não te queixaste, que eu saiba. Gosta de viver rodeada de luxo, usa roupas caras, não ter que trabalhar, gostas de jantar em bons restaurantes, não é?
- Claro que sim. Mas não estou contigo por causa disso. É por ti, Christopher. É só por ti.
- Ah, estou a ver. É pela cama? É isso que queres dizer? Por isso é que estás comigo?
Dulce não respondeu.
Christopher não sabia o que pensar. Sentia-se como um idiota. Uma hora antes era o homem mais feliz do mundo e, de repente tudo tinha desabado.
Quando descobrira a verdade sobre Dulce Maria.
Porquê?
A questão era por que o magoava tanto?
Conhecia muitas mulheres... mas nunca pensou que Dulce fosse como as outras.
Pensava que era diferente, que era melhor. Tinha querido acreditar nisso. Tinha inventado uma mulher irreal. E a única coisa que ela queria era o seu dinheiro, como as outras.

Dulce ia dizer qualquer coisa, mas não a deixou. Não queria continuar a falar com ela.
- vou almoçar fora e depois tenho reuniões o resto do dia. Jantaremos a bordo do Aurora, com os Enríquez. A lancha virá buscar-nos às oito e espero que estejas pronta.
Dulce, com o coração apertado, viu-o sair do quarto sem poder fazer nada.
Passou a tarde no salão de beleza. Não tinha outra coisa para fazer. Era isso ou ir à praia, sozinha.
"O que vou fazer, o que vou fazer?", perguntava para si uma e outra vez.
Mas sabia que havia uma só resposta: tinha que fazer com que Christopher a escutasse. Tinha que o convencer de que nunca tinha estado interessada no seu dinheiro.
com o coração encolhido, Dulce apercebeu-se de que agora devia o dinheiro a ele. Como ia pagar-lhe? Só havia uma forma: pedir-lhe um emprego no El Paraíso, como empregada, como recepcionista. Qualquer coisa. Pagaria a pouco e pouco como fazia com Bianca quando trabalhava no café.
E então, talvez então, pudesse convencê-lo de que não estava com ele pelo seu dinheiro.
Continuava com o quimono vestido quando ele entrou no apartamento às seis.
- Chegaste muito cedo. Ainda não estou pronta - tentava comportar-se de forma normal, mas tinha o coração acelerado.
- Pois a mim parece-me que estás mais do que pronta, querida.
Dulce olhou para ele, insegura. A sua voz soava normal, mas...
Christopher tirou o casaco e pendurou-o nas costas de uma cadeira. Não tinha tempo para conversar, mas estava disposto para o sexo. Tinha estado toda a tarde a dar voltas ao assunto... e tinha chegado ao que lhe parecia uma decisão muito racional.
Dulce Maria excitava-o mais do que qualquer outra mulher. Muito bem, ela tinha as suas razões para estar com ele, mas essas razões não eram um impedimento. Sexo. Era isso que queria de Dulce. Tinha-o querido desde a primeira vez que a vira no cassino, quando pensou que era uma prostituta barata. E não estava enganado.
Embora tivesse que apagar a palavra "barata".

Dulce Maria estava a custar-lhe uma fortuna.
E agora tocava-lhe a ela devolver parte daquele dinheiro. De pagar por destruir as suas esperanças de, por fim, ter encontrado uma mulher que não gostava dele pelo seu dinheiro.
Porque Dulce era igual às outras. Igual a Bianca.
Alguma coisa apertou o seu coração. Queria que fosse raiva, desprezo...
Mas não era.
Christopher afastou-o da sua cabeça, dando-lhe um nome que conhecia bem, um que condizia com Dulce Maria: desejo.
Dulce ficou imóvel enquanto Christopher se aproximava dela. Havia um propósito claro nos seus olhos e sabia qual era porque conhecia bem aquele brilho.
Aquele brilho que a excitava sempre, sempre. Mas não podia ser, tinham que falar, esclarecer as coisas.
Christopher começou a acariciar o seu pescoço com os olhos obscurecidos, com uma intensidade que lhe dizia que a desejava
imediatamente.
- Christopher... temos que...
Não pôde continuar a falar porque ele inclinou a cabeça para procurar os seus lábios, com um gesto possessivo. Depois colocou a mão direita dentro do quimono e começou a brincar com um dos seus mamilos.
Dulce fechou os olhos e deixou escapar um gemido quando Christopher desapertou o quimono e deslizou a mão entre as suas pernas, para a acariciar intimamente. Por um momento, pensou tê-lo visto sorrir...
Estava úmida de desejo e afastou as pernas sem pensar. Queria mais, mais...
De repente, sem aparente esforço, ele pegou nela ao colo para a levar para a cama e abriu-lhe o quimono, deixando-a nua em frente aos seus olhos.
Aquilo não devia acontecer, mas estava a acontecer. E o desejo fazia com que Dulce não pudesse pensar em mais nada.
- Christopher... - murmurou.
Mas ele já estava de pé, a despir a roupa. Muito devagar, sem deixar de olhar para ela. Primeiro a camisa, depois o cinto e as calças.
O seu corpo animava-a. Tanto que esticou a mão para acariciar o seu tronco nu, deslizando-a pelos seus peitorais, os seus abdominais... e depois para baixo, para
acariciar o seu sexo duro.

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bjix da Naty