Fanfic: Corações em dívida - adaptada - TERMINADA

Christopher colocou-se sobre Dulce sem sequer olhar para ela, afastando as suas pernas com o joelho, enchendo-a completamente até que pensou não poder receber mais nada. Mas queria mais.
Arqueava os quadris para aumentar a penetração e Christopher investia uma e outra vez enquanto ela se agarrava à colcha, levantando-a para o receber. Nada mais existia exceto aquele homem, aquele momento.
O orgasmo convulsionou-a segundos depois, antes de o consumir a ele numa última investida, explodindo dentro da sua carne convulsa.
Demorou algum tempo a recuperar, como se o seu corpo tivesse chegado a uma temperatura insuportável.
Christopher afastou-se em seguida. E, então, em vez de a abraçar como fazia sempre, levantou-se da cama.
Dulce viu-o entrar no banheiro sem olhar para ela.
Ouviu a torneira da ducha e, sem saber o que fazer, envolveu-se no quimono. Queria ir ao banheiro, mas não se atrevia. "Tenho que falar com ele", pensou.
Mas não sabia o que lhe dizer.
Passaram a noite no iate Aurora, propriedade de um homem de negócios da zona. É claro, todas as mulheres eram divertidas e muito elegantes.
Dulce sabia que olhavam para ela com curiosidade pela sua beleza e porque estava na companhia de Christopher. Festas assim não eram nada de novo. Frequentavam-nas desde que tinha ido viver para o El Paraíso. Mas aquela noite havia alguma coisa diferente.
Christopher era amável, correto, mas frio com ela. Falava com toda a gente em espanhol, em inglês, em francês, como o homem do mundo que era, mas evitava o seu olhar.
O champanhe circulava como água no iate, mas ela queria ter a cabeça fria. No entanto, Christopher estava a beber muito.
Horas mais tarde, a lancha devolveu-os ao porto e caminharam até ao cassino em silêncio.
"Diz qualquer coisa", pensou Dulce. "Qualquer coisa."
Mas não se atreveu. Continuou a caminhar sem dizer nada, sem saber como resolver aquilo. Christopher não lhe tinha dado a mão, não tinha passado um braço pela sua cintura
como costumava fazer.

- vou dar uma vista às mesas - disse ele, quando entraram no cassino. - Vai para cima.
Demorou uma hora a subir. Dulce tinha tirado a roupa e a maquiagem e esperava no terraço, deprimida.
Quando entrou, ouviu-o aproximar-se do bar para se servir de uma bebida.
- Hora de ir para a cama.
- Christopher, temos que falar. Sabe que temos que falar.
- Sobre o quê?
- Sobre o dinheiro. Sei que estás zangado, mas não me deixou explicar...
- Não estou zangado contigo - interrompeu-a ele.
- Christopher, por favor, não sejas assim. Não é o que pensa que é - insistiu Dulce, tentando controlar as lágrimas.
- Não, por favor, lágrimas não. Da última vez me enganou, mas agora já não é possível. Portanto seca os olhos e anda para a cama.
- Christopher, por favor...
- Deixa, Dulce. O fato de ter descoberto que me mente não muda nada. Na cama continua tudo igual, não é? Isso é que é importante.
-Mas...
- Não vou expulsa-la daqui, não se preocupe. Sete mil euros não são nada para mim, mas pára de dizer que não é o que penso. Acha que sou idiota?
- Mas é que...
- Deixa. Vamos para a cama.
Não podia chegar a ele, era impossível. Poderia ir embora, pensou. Mas não tinha forças para o fazer. Tinha que ficar, tinha que tentar convencê-lo de que dizia
a verdade.
- Preciso de tomar um banho. Você também.
- Já tomei banho antes - disse ela.
- Toma banho outra vez.
Dulce pensou que talvez fosse uma forma de aliviar a tensão. Faziam amor no chuveiro muitas vezes e era sempre uma experiência muito erótica.
Mas daquela vez, quando Christopher a abordou, foi demais. Antes de terminar, afastou-se e pô-la com a cara contra a parede, com as pernas abertas. E continuou a investir por trás, com força, uma e outra vez até que terminaram os dois.
Ficaram colados à parede um momento, a água a cair sobre as suas cabeças, procurando ar. Depois com um movimento brusco, Christopher fechou a torneira e afastou-se.
- Seca o cabelo.

Dulce sentia-se estranha, como se não fosse ela mesma. Em silêncio, envolveu-se numa toalha e tirou o secador. Quando entrou no quarto, Christopher estava deitado na cama.
E estava excitado novamente.
- Vem cá - disse muito sério. - Deita-te de barriga para baixo.
-Não.
- Como não?
- Não vai ser assim, Christopher.
- Engana-se, vai ser como eu quiser. E vai ser na cama, de barriga para baixo.
Ele acariciou as suas nádegas, colocando o dedo entre elas. De novo, e mesmo sentindo-se suja, Dulce excitou-se.
- Abre-te para mim...
Ela esteve prestes a sucumbir perante o poderoso erotismo do que lhe pedia. De ficar deitada de barriga para baixo, com as pernas abertas... Mas não, era demais
cruel, demais feio.
Porque se o fizesse, isso seria tudo o que Christopher quereria dela. Não seria fazer amor, nem sequer ter relações sexuais. Seria algo pior.
Só os seres humanos podiam tomar algo tão mágico como o sexo em algo sujo.
- Eu disse que não, Christopher.
- E eu digo que sim - replicou ele. - Isso é a única coisa que quero que digas: "Sim, Christopher. Por favor. O que você falar, Christopher. Quando você quiser, Christopher ".
Sete mil euros do que eu quiser...
- Disse para esquecer isso - replicou Dulce.
- Claro, querida. A menos que me obrigues a recordar. Mas não quero falar do que me deve. Não quero falar das tuas mentiras. De fato, não quero falar de tudo, portanto volta aqui e faz o que te digo.
-Não.
- Por que não? Sempre gostaste de sexo.

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bjix da Naty