Fanfics Brasil - Capítulo 17 Bodas de Fogo

Fanfic: Bodas de Fogo | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 17

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Alfonso estava furioso. Andando de um lado para o outro, tentava se concentrar no que Cecil contava, mas era difícil. O servo lhe dizia coisas que preferiria não ouvir e cada palavra caía sobre sua raiva como uma chicotada em carne viva.


- E onde estão eles agora?


- Fui informado de que se dirigiram à aldeia, meu lorde.


- Depois de uma conversa informal, uma refeição gos­tosa e um passeio pela floresta - Alfonso falou entre os dentes.


- Aparentemente sim, meu lorde. Embora eu deva deixar claro que na minha opinião nenhum dos dois seria capaz de se comportar de maneira imprópria às posições que ocupam.


- De maneira imprópria! - A voz do Cavaleiro Ver­melho ecoou cheia de ira pelos aposentos enquanto um murro possante sobre a mesa quase partia a madeira em duas. Imprópria era um termo delicado demais para descrever o que poderia estar acontecendo. Melhor usar a palavra certa: infidelidade, adultério, traição...


- Meu lorde, talvez fosse mais prudente se preocupar com o que Alan possa estar revelando à sua esposa do que com as ações de ambos. Porque se ela souber a ver­dade a seu respeito, terá uma arma de poder mortífero nas mãos.


A razão lhe dizia que os argumentos de Cecil em sensatos, porém, o que fazia transbordar sua raiva era mesmo a idéia do que seu vassalo e sua mulher poderiam estar fazendo juntos. O ciúme sim, o levava à beira do descontrole total. Entretanto a fúria contida já se tornara parte da sua vida. De que adiantava esbravejar quando sequer podia tomar as rédeas do próprio destino?


Com muito esforço, Herrera recuperou o controle das emoções e quando voltou a falar, sua voz soava calma e tranqüila, apesar de cortante como o aço.


- Por favor, diga à minha esposa e ao meu vassalo que os espero para jantar comigo esta noite. - Ao per­ceber que o servo não se movera um centímetro do lugar, Alfonso irritou-se. - Agora! Vamos! Quero que os encontre antes que saíam para qualquer outro lugar juntos!


Pelo sangue de Cristo, quer eu a possua ou não, Maite é minha mulher... aos olhos de Edward, aos olhos da igreja e aos olhos dos homens! Quero os dois na minha frente para que eu mesmo possa julgar... até que ponto andaram se comportando de maneira imprópria.


Assim que o servo saiu, Alfonso recomeçou a andar de um lado para o outro, diante da enorme cama de casal, fria e vazia. A ironia do fato não lhe passou despercebida.


Percebendo o adiantado da hora, Maite tomou um banho rápido e deixou que Edith a ajudasse a vestir-se. Pelo menos desta vez a criada não contava as histórias de sempre sobre o terrível lorde de Dunmurrow. Parecia mais preocupada com o homem que Alan enviara para lhe servir de guarda pessoal.


- O nome dele é William, embora tenha me pedido para chamá-lo de Willie. Como se eu quisesse manter essas familiaridades. Quando eu lhe disse para me cha­mar de senhora Edith, você precisava ver como o da­nado sorriu! Pois vou lhe dizer uma coisa, minha lady. Aposto que me sentiria muito mais segura num ninho de cobras do que tendo um homem como aquele à minha porta.


- Se você tem medo do tal guarda, então peça a Alan para substituí-lo por outro.


Ignorando o conselho, Edith suspirou alto e continuou a resmungar.


- Duvido até que seja mesmo um soldado porque é baixo e magro como uma vara de marmelo. Como é que pode garantir a proteção de alguém? Talvez seu belo vas­salo o tenha mandado com o único propósito de debochar de mim.


- Ele não é meu vassalo e sim de meu marido ­- Maite falou com firmeza. - Tenho certeza de que Alan pouco se preocupou em escolher um homem cuja aparên­cia pudesse ou não agradá-la.


- Bem, se esse Willie é um exemplo, então os soldados de Dunmurrow são tristes figuras. Isto é, caso Dunmur­row possua soldados de verdade. Porque se as criaturas forem semelhantes ao lorde do castelo, não devem passar de sombras.


- Por favor, certifique-se de que o guarda tenha uma boa refeição no jantar - Maite ordenou depressa, an­siosa para livrar-se do falatório da criada.


- É o que farei. Pelo menos se o coitado engordar um pouco terá mais substância e não sairá voando por aí, na primeira lufada de vento.


Tão logo Edith se ausentou do quarto, Maite suspirou aliviada e continuou a pentear os cabelos. Como ainda estivessem úmidos, resolveu deixá-los soltos em vez de trançá-los e prendê-los no coque habitual. Felizmente a criada encontrara algo novo com o que se preocupar, pen­sou sorrindo. Com um pouco de sorte, o irreverente Willie manteria Edith ocupada o suficiente para deixar de lado o Cavaleiro Vermelho. Precisava agradecer Alan por ter mandado o guarda.


Ao se lembrar de como a criada chamara Alan de "seu" vassalo, Maite parou de sorrir. Seria normal esperar que os aldeões, na ausência constante do verdadeiro lorde, começassem a ver o vassalo como o senhor de Dunmur­row. Isso não estava certo. O instinto lhe dizia que Alfonso não iria gostar nada... se soubesse. Daria tudo para que aquela noite já tivesse terminado.


O fato é que preferia não partilhar a refeição na com­panhia do marido e de Alan. Ainda se sentia um tanto culpada por ter passado o dia inteiro ao ar livre, embora soubesse que nada fizera de errado. Simplesmente esca­para à atmosfera pesada do castelo durante algumas ho­ras. Então por que a sensação de que traíra o marido? Por que preferia a luz à escuridão?


Uma batida à porta arrancou-a dos pensamentos som­brios. No instante em que abriu e se deparou com o olhar de Cecil, percebeu que alguma coisa estava errada. Não que o criado tivesse alterado a expressão impenetrável do rosto. Aliás não conseguia imaginá-lo rindo ou cho­rando. Sempre austero, jamais demonstrava a menor emoção em qualquer circunstância. Porém hoje... ele parecia diferente. Positivamente preocupado.


- Meu lorde mandou avisá-la de que a espera para o jantar.


Seria impressão sua ou ouvira uma leve hesitação na voz do servo?


- Sim, claro. Sempre janto com o barão. Cecil, o que foi? Problemas sérios?


- Minha lady, sei que um homem da minha posição não deveria dizer nada... mas...


- Por favor, sinta-se à vontade para falar.


- Minha lady, o barão ficou furioso quando soube que você pareceu preferir a companhia do vassalo. Talvez ele tema que possa haver... falatórios.


- Falatórios? Falatórios? Como, se não mora ninguém neste castelo deserto?!


Todo o sentimento de culpa que viera experimentando por ter aproveitado o dia desapareceu num passe de má­gica. Sentia apenas raiva.


- Qualquer coisa que se diga de mim jamais poderá ser comparada aos horrores que se contam do Cavaleiro Vermelho. Os aldeões, por exemplo, adoram a história de que durante o dia o barão oferece sacrifícios humanos e à noite come corações de crianças no jantar!


Diante da explosão de Maite, Cecil se retraiu e voltou à atitude servil e impessoal de sempre.


- Sim, minha lady.


Os dois caminharam para os aposentos principais sem trocarem mais uma palavra.


Falatórios! Que idéia ultrajante, absurda! Como é que seu marido, uma pessoa que jamais a levara para um passeio ou se dignara a sair do quarto para jantar no salão, podia se ofender com o fato de que ela dera atenção ao vassalo, um homem bem-educado e de confiança? Um soldado que provavelmente jurara lealdade ao seu lorde até a morte?


Como é que Herrera pudera julgá-la capaz de trai-lo com tanta facilidade? Por mais que apreciasse a companhia do vassalo, nunca lhe passara pela cabeça um outro tipo de relacionamento que não fosse amizade.


Alan era bonito sim, porém não tinha nada de especial. Apenas simpático e de boa aparência, como muitos dos cavaleiros que conhecera e a quem não dera a menor importância ou por quem não tivera o mínimo interesse. Na verdade, o único detalhe que diferenciava Alan dos outros é que a presença dele aliviara um pouco o peso da escuridão.


Em Belvry, sempre vivera rodeada de pessoas, podendo escolher com quem conversar. Mas aqui, em Dunmurrow, as opções eram praticamente inexistentes. Alfonso se dig­nava a lhe dirigir a palavra apenas durante as refeições. Restavam Edith, com suas histórias bizarras, o tocador de flauta, a cozinheira e a filha. Cecil não contava por que se mantinha sempre calado. Alan surgira como uma alternativa à atmosfera solitária do castelo. Até que o Cavaleiro Vermelho conseguira arruinar tudo. E era isso o que mais a enfurecia. A certeza de que o prazer de um dia passado ao ar livre fora perdido para sempre.


Maite entrou no quarto de mau humor, os olhos buscando a silhueta alta do marido. Pretendia colocar a história toda em pratos limpos imediatamente, en­tretanto a presença de uma terceira pessoa a fez mudar de idéia.


- Minha lady - cumprimentou-a Alan.


Talvez Cecil tivesse exagerado a seriedade da irritação de Alfonso, pensou. Talvez ela mesma se agitara tanto a troco de nada.


- Minha lady. - O tom de voz de Herrera soava calmo e controlado, deixando-a um pouco mais aliviada. Para sua surpresa, seu lugar à mesa fora colocado ao lado do vassalo. Uma espécie de armadilha, talvez?


- Alfonso, você se esqueceu de dizer que a beleza de sua esposa supera a da mais bela jóia.


Ao ouvir o elogio do vassalo, Maite quase se engasgou com o vinho. Será que aquele insensato não tinha noção do quanto era perigoso despertar a ira de Herrera?


- Na aldeia as pessoas comentam que agora foi en­contrado um anjo para o nosso Cavaleiro Vermelho. Mas eu não imaginava que os aldeões falavam de maneira tão literal.


Ela ficou tensa, aguardando a explosão do marido. Po­rém nada aconteceu.


- Sim, é o que dizem todos os que tiveram o privilégio de contemplar sua beleza.


Apesar das palavras gentis, Maite sentiu-se desas­sossegada. Havia algo de ameaçador escondido sob o man­to da delicadeza. Um perigo crescente emanava da figura escondida nas sombras. Será que Alan não era capaz de perceber?


Aparentemente não, porque as palavras seguintes do vassalo não demonstravam qualquer tipo de cautela.


- Alfonso me contou que esse casamento foi arranjado por Edward, minha lady. Você não ficou surpresa ao des­cobrir que seria esposa do Cavaleiro Vermelho? Muitas mulheres ficariam apavoradas com a perspectiva, considerando a reputação de Herrera.


- Não, não fiquei nada surpresa, uma vez que a es­colha foi minha. Eu o escolhi. - E pelo jeito, foi um erro terrível, teve vontade de acrescentar.


- Você o escolheu? Não estou entendendo.


Maite queria sumir da face da terra. Hoje pela manhã pensara haver colocado um ponto final na curiosidade de Alan, mas pelo visto o vassalo estava ousando ainda mais nas perguntas. E bem na presença do Cavaleiro Vermelho!


- Edward me permitiu escolher um marido dentre todos os cavaleiros da corte e me decidi pelo barão Herrera. - Como Alfonso não demonstrasse qualquer objeção à conversa, esperava que o marido dei­xasse claro que o arranjo não fora do seu agrado. En­tretanto ele continuou em silêncio. O que estaria pen­sando, calado dentro da escuridão? Se ao menos pudesse enxergá-lo...


- Verdade? - Alan continuou interessado. – Mas você mesma me disse que nunca havia se encontrado com Alfonso antes. O que a levou a tomar uma decisão assim?


Será que aquele homem nunca ia parar com o inter­rogatório? Por que seu marido não interferia?


- A reputação do barão é impressionante.


- Ah! Quer dizer que você ouviu falar sobre o desem­penho dele nas guerras?


- Sim. - Cansada de tantas perguntas, Maite de­cidiu que acabaria contando a história inteira, com todos os detalhes, se Alfonso não interviesse. Diria que fizera aquela escolha insensata na esperança de ser recusada, que jamais passara pela sua cabeça tornar-se esposa do barão Herrera.


Alan sorriu para si mesmo. Com certeza havia mais nesta história do que o casal parecia disposto a contar.


E como adoraria saber os detalhes! Conhecendo Alfonso há anos, ouvira todos os rumores que envolviam a figura do Cavaleiro Vermelho, rumores que desencorajariam a mais determinada das donzelas. Ainda assim a bela herdeira de Belvry escolhera o lorde de Dunmurrow. Por quê? ­


Somente uma mulher ,com inclinações para a feitiçaria, para a magia negra, buscaria a companhia de um homem de quem se contavam horrores. Porém poderia jurar que a nova castelã possuía um espírito puro, alguém que preferia a luz às trevas.


- Então você queria um guerreiro poderoso para pro­teger as suas propriedades?


De repente Maite se deu conta de que não valia a pena tanta aflição. Se Alan era vassalo de Alfonso, devia saber, melhor do que ninguém, como e o que o Cavaleiro Vermelho era. Qualquer pessoa do reino conhecia os boa­tos que cercavam o lorde de Dunmurrow.


- Eu o escolhi por causa da sua reputação – ela falou aparentando tranqüilidade. - É claro que você já deve ter ouvido todas as histórias que se contam sobre o barão Herrera, ou será que eu preciso colocá-lo a par dos rumores? Meu marido é chamado de Cavaleiro Vermelho devido à sua associação com o diabo.


Também é um poderoso feiticeiro, capaz de trazer a Dunmurrow os bruxos do mundo todo a fim de aprender os seus segredos. Depois os descarta porque prefere con­jurar sozinho. É também alquimista, astrólogo e o responsável direto por toda a sorte de mal-feitos. Na ver­dade, pode-se culpá-lo de tudo que assola o reino, desde cerveja estragada até doenças e mortes. Com tantos po­deres, ele deve ser o cavaleiro mais forte da terra, maior ainda do que o próprio Edward. Você não acha, Alan?


O vassalo parecia, pela primeira vez, completamente perdido e, ao responder, decidiu-se pela cautela.


- Talvez as histórias que cercam o lorde de Dunmur­row sejam um tanto exageradas. Todos sabem que os camponeses têm um gosto especial pelo sobrenatural.


Maite sorriu, satisfeita pelo embaraço de Alan. Pelo menos conseguira virar o jogo.


- Talvez, mas você devia ter cuidado em não irritar meu marido, ou ele pode transformá-lo num sapo. – Ou então mantê-lo, para sempre, dentro dessa escuridão, ela pensou amarga. Qual punição seria pior? Determinada a não responder outras perguntas, Maite bebeu um pou­co de vinho e procurou se concentrar no jantar.


- Não precisa se preocupar, minha lady. Tenho mais utilidade a Alfonso assim como sou. Um sapo encontraria muitas dificuldades para obter o respeito dos soldados. Ninguém entenderia meu coaxar. Para não mencionar o fato de que seria impossível achar uma montaria ade­quada, imagino.


A idéia de uma criatura parecida com um sapo mon­tada num cavalo deu-lhe vontade de rir. Porém ao per­ceber que nenhum som vinha das sombras, o comentário espirituoso perdeu a graça. Alfonso não parecia partilhar o humor da piada. Talvez fosse melhor parar com aquela conversa já. Embora não acreditasse que seu marido pu­desse transformar o vassalo num sapo, não tinha dúvidas que o barão saberia encontrar outras maneiras de de­monstrar seu desagrado.


E com certeza Herrera estava bastante irritado. O lorde de Dunmurrow permanecera imóvel, uma pre­sença sombria e ameaçadora durante toda a refeição. Por um curto espaço de tempo os dois homens até che­garam a falar sobre a guerra travada contra os galeses, porém quando o assunto foi abandonado, um silêncio pe­sado caiu sobre o ambiente. Mesmo o entusiasmo natural de Alan perdeu o brilho e a graça.


Finalmente, quando Maite falou sobre a tarde pas­sada ao ar livre, Alfonso não demonstrou qualquer interesse sobre os aldeões ou sobre as condições em que suas terras se encontravam. Se alguma pergunta lhe era feita, res­pondia com monossílabos secos. Até quando ela agüen­taria ficar ali, sentindo todo o peso do mundo sobre as costas? Daria tudo para estar em seu quarto agora. Sozinha.


- Devo admitir que fiquei surpreso com as mudanças que sua lady fez em Dunmurrow. Nunca pensei que o velho salão principal pudesse parecer tão aconchegante. E desta vez não vou nem queixar da comida.


- Minha esposa é bem qualificada para a posição que ocupa, não é, Alan? - Alfonso indagou num tom estranho.


- É sim, meu lorde. Você teve muita sorte.


Maite corou e empurrou o prato para o lado. De al­guma maneira não conseguia acreditar que o Cavaleiro Vermelho partilhasse a mesma opinião do vassalo. Porém as palavras do marido pegaram-na de surpresa.


- Sim - Alfonso concordou. - Ela é meu presente de Natal, um prêmio que eu não procurei, mas ainda assim, muito valorizado.


Herrera só devia estar concordando com Alan por uma questão de cortesia, ela decidiu. Afinal o barão odiara a intervenção de Edward. Oh, Deus, só queria ir para seu quarto. Não suportava mais aquele jogo de in­diretas e sentimentos ocultos.


Entretanto tinha mesmo coragem de culpar Alfonso por tanta amargura? Afinal não fora ele quem procurara uma esposa. Ela sim, o obrigara a aceitar uma situação já definida.


De repente Maite se deu conta de que a vida em Dunmurrow não passava de uma farsa. E o que mais doía, o que mais feria seu orgulho, era a rejeição e a indiferença do Cavaleiro Vermelho.


Não, aquele tipo de pensamento não servia para nada, apenas para lhe dar indigestão. Preocupar-se com o que Alfonso dizia ou fazia era uma grande tolice. Afinal não fora ela mesma quem erguera uma barreira ao redor do coração anos atrás, para se proteger das palavras duras de seu pai e irmãos? Cerrando as mãos em punho, Maite abriu a boca para pedir licença e se retirar. Porém não foi rápida o suficiente.


- Ouvi dizer que a sua voz é ainda mais bela do que a de um pássaro, minha lady. Será que poderíamos ser brindados com uma amostra de seu talento? - Alan pediu.


A última coisa que ela queria fazer no momento era cantar diante desses dois homens como um animalzinho ensinado. Na verdade sentia-se irritada e desgostosa com ambos... e com a espécie masculina em geral. Antes que pudesse formular uma desculpa educada, seu marido veio em seu auxílio.


- Não esta noite. Vou me retirar cedo - Alfonso anun­ciou.- Você deve estar cansado também, Alan. Foi um longo dia.


- Sim, é verdade. - Compreendendo a sutileza do comentário, o vassalo levantou-se imediatamente e se preparou para sair. Maite quase fez o mesmo até per­ceber que não seria sensato deixar os aposentos do marido na companhia do outro. - Foi um prazer, minha lady. E mais uma vez, dou-lhe os parabéns, meu lorde.


Alfonso murmurou qualquer coisa ininteligível em res­posta. Embora notasse uma certa animosidade entre os homens, não conseguia entender o motivo e nem a ma­neira como ela própria poderia ter contribuído para isso.


Sabia apenas que precisava escapar da atmosfera sufo­cante daqueles aposentos. Contendo a ansiedade, conti­nuou sentada e imóvel até ouvir a porta se fechar atrás de Alan. Então levantou-se. A voz de Alfonso, profunda e suave, surpreendeu-a.


- Maite?


- Sim? - Não era possível que o barão pretendesse obrigá-la a ouvir um sermão sobre a tarde passada nu companhia do vassalo! Apesar de ter a consciência tranqüila, pois nada fizera de errado, sentia-se esgotada demais para discutir. Só queria que aquele dia terminasse.


Só queria dormir e esquecer.


- Não deixe nenhuma vela acesa em seu quarto e mantenha as cortinas da cama bem fechadas. Irei pro­curá-la esta noite, minha esposa.



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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 79



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  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:55:37

    Amei essa fic e espero de coração que venham mais e mais adaptações suas! Sei que elas virão, então saiba q estarei aq esperando!!! O Cavaleiro Vermelho e a Maite não poderiam ter um final melhor!!! Beijosss Tayzinha, e que venham os novos projetos!!

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:34

    Como já te disse, amo suas adaptações!! vc escolhe mt bem e escolhe os melhores p colocar no nosso casal topper

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:06

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, UMA BEBEZINHA ZENTIII

  • taynaraleal Postado em 06/02/2017 - 20:04:27

    VOU CONTINUAR MEU POVOOO, ESPERO QUE AINDA ESTEJAM AII

  • nessak. Postado em 24/03/2016 - 19:19:09

    Continua a fanfic e muito boa

  • dahnm Postado em 17/03/2016 - 15:22:31

    Hey ...Não Abandona Não ... Posta Mais...

  • dahnm Postado em 06/12/2015 - 14:11:58

    CONTINUA...

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:02:26

    Continuaaaaaaa. *leitora nova* ameii tudoo.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:48:18

    Posta mais. Necessito de mais.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:47:51

    '- Me beije - ele pediu' JESUS


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