Fanfics Brasil - Capítulo 21 Bodas de Fogo

Fanfic: Bodas de Fogo | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 21

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Maite estremeceu amedrontada. Havia desejado ser a esposa dele em todos os sentidos, mas agora reconhecia o perigo de uma intimidade total. O fato é que vivera melhor e mais tranqüila antes, num mundo repleto de deveres e trabalhos a serem feitos e não assim... ator­doada por desejos e... emoções que preferiria não sentir. Se ao menos pudesse voltar no tempo! Cedendo ao impulso, levantou-se, colocou uma capa pesada ao redor dos ombros e marchou para o estábulo. Estava na hora de fazer uma visita à viúva Nebbs.


Dois dos guardas do castelo insistiram em acompa­nhá-la até a aldeia; porém ao se aproximarem do chalé onde morava a velha senhora, pediu-os que a aguardas­sem a distância. Apesar de tentar se convencer de que era natural uma visita à viúva, já que ambas viam-se sempre às voltas com o uso das ervas, não conseguiu evitar o nervosismo ao bater à porta.


Uma voz firme e grave mandou-a entrar. Quase não era possível enxergar por causa da penumbra espessa que se espalhava pela sala pequenina e por um instante Maite achou que estivesse sozinha. Então seus olhos se ajustaram à ausência de iluminação e pôde enfim vis­lumbrar uma mulher pequenina que se entretinha me­xendo um caldeirão sobre o fogo da lareira.


- Viúva Nebbs? Sou Maite Herrera. Trouxe-­lhe um pouco de queijo e pão - ela falou, colocando uma cesta sobre a mesa.


- Então você é a nova lady do castelo. Chegue mais perto para que eu possa vê-la melhor.


Talvez fosse apenas um reflexo da sensação estranha que a acompanhava O dia todo, ou talvez estivesse sob os efeitos dos rumores horrendos que acompanhavam o Cavaleiro Vermelho... mas o fato é que tremia por dentro ao se aproximar da velha senhora. Bem no fundo do co­ração, preferia sumir dali.


A viúva Nebbs era bastante idosa e tinha os cabelos já inteiramente brancos. O rosto, marcado por rugas pro­fundas, mantinha-se bronzeado e apesar da idade avan­çada ela não aparentava a menor fragilidade.


- Então você veio tomar o meu lugar?


- Não, de jeito nenhum! - Maite respondeu de­pressa.


- Pois já está na hora, criança. Estou cansada demais para continuar cuidando dessas criaturas ingratas. – A velha sorriu e fez um gesto para que Maite se sentasse. Como não havia nem um banco à vista, ela sentou-se no chão de terra batida. Um aroma de alho, alfazema e açafrão enchiam o ar enfumaçado. Embora continuasse mexendo o conteúdo do caldeirão com uma concha, os olhos da viúva Nebbs a analisavam com interesse, como se fossem capazes de lhe enxergar a alma. Não se ouvia nada no chalé, exceto o crepitar das chamas.


- O que a aflige, minha filha?


- A mim? - Pega de surpresa, Maite não sabia como reagir. - Nada me aflige. Estou bem.


A viúva riu baixinho.


- Ninguém me procura por nada. O que você quer, criança? Está doente?


Estou enfeitiçada, ela teve vontade de dizer. Mas fal­tou-lhe coragem.


- Ah, entendo. - A velha continuou mexendo no cal­deirão alguns segundos antes de voltar a falar. – Como uma curandeira que é, você deve saber que há males para os quais não existem curas.


- Sim, eu sei. - O fogo a estava deixando sonolenta e como quase nada dormira na noite anterior, começava a sentir dificuldade para prestar atenção no que a viúva Nebbs dizia.


- E, claro, em alguns casos a cura é pior do que a doença. Isso sempre acontece nos assuntos do coração...


Maite inspirou fundo, tentando permanecer alerta. Sobre o que será que a velha senhora estava falando? Alguma coisa sobre dores no fígado?


- Se ao menos você não lutasse assim contra os sen­timentos, criança. Mas posso ver que você é teimosa. São tantas as pessoas que gostariam de possuir um amor tão grande. Elas vêm a mim, implorando encantamentos e poções capazes de conjurar uma imitação pálida daquilo que você tem. Tem certeza de que não quer mesmo este amor?


Querer? Querer o quê? Confusa e entorpecida pelo sono, ela acenou que sim.


- Menina tola. Vou lhe dar o que você quer, porém não posso lhe garantir que dará certo. Existem coisas neste mundo, criança, que simplesmente têm que ser, quer nós, simples mortais, queiramos ou não. Mas cui­dado, tentar mudar o curso dos acontecimentos pode ser ainda pior.


Maite bocejou e ergueu os olhos. Surpresa, descobriu que a viúva Nebbs havia desaparecido. Segundos depois, a velha estava de volta, trazendo um pacotinho nas mãos.


- Misture este pó num pouco de cerveja ou vinho e beba tudo. Talvez possa ajudá-la. Venha me visitar quan­do quiser, minha lady. Gostei muito da nossa conversa.


Ela guardou o pacotinho de ervas no cesto e despe­diu-se, sentindo-se estranhamente desorientada. Na ver­dade não conseguia se lembrar de quase nada que havia sido dito no chalé porque o fogo estivera tão gostoso e seu cansaço tão grande.


Só depois de estar de volta ao castelo, ao colocar o cesto na cozinha, foi que se lembrou do pacote.


- O que é isto, minha lady? - Glenna perguntou, segurando o embrulho.


- Oh, foi a viúva Nebbs quem me deu.


- É uma das poções que ela costuma preparar. É para você, minha lady?


- Sim. - Por que será que resolvera trazer o paco­tinho para casa? Não conseguia se lembrar. Glenna re­tomou o trabalho de preparar o jantar enquanto ela per­maneceu imóvel, sentindo os olhos de Cecil fixos às suas costas. Algo lhe dizia que as ervas estavam relacionadas a Alfonso, embora não fizesse muito sentido.


Decidira procurar a viúva Nebbs com o único objetivo de discutir tratamentos, mas a visita acabara sendo tão estranha. Será que adormecera no meio da conversa?


Recordava-se de que queria livrar-se dos laços que a pren­diam ao marido, contudo não chegara a mencionar isto para a viúva... Ou será que sim? Horrorizada, percebeu que as ervas talvez tivessem o poder de quebrar o encantamento lançado pelo Cavaleiro Vermelho.


Imediatamente Maite largou o embrulho, como se o pacote a tivesse queimado.


Bobagem. Era uma mulher inteligente, esclarecida, portanto incapaz de acreditar em poções de amor e coisas afins. Alfonso não era nenhum feiticeiro, Cecil não passava de uma criatura inofensiva e a curandeira da aldeia uma senhora idosa que não tinha como fazer desaparecerem os laços que a ligavam ao marido. Ainda que ela própria quisesse matar os sentimentos que nutria por Alfonso.


Ou será que não?


Sem saber o que pensar, Alfonso encostou-se na parede de pedras, lutando para colocar um pouco de ordem no caos interior. Claro que ficara magoada com a maneira que Herrera a tratara na noite anterior, quando a convidara a retirar-se do quarto. Também precisava ad­mitir que a afeição que sentia pelo marido parecia dei­xá-la... indefesa, uma sensação de que não gostava nem um pouco. Mas e quanto às outras sensações que ele a fazia experimentar?


Enrubescendo até a raiz dos cabelos, Maite pensou nas coisas que Alfonso havia feito com seu corpo... o prazer intenso a cada vez que se entregavam ao amor. Como esquecer o calor dos braços fortes que a protegiam e aninhavam? A voz profunda e agradável? O humor fino e inteligente que temperava suas conversas? Será que real­mente desejava abrir mão de tudo isso e voltar àquela vidinha calma e vazia de antes?


O fato é que Alfonso despertara seus sentimentos mais profundos e pela primeira vez na vida, sentia-se viva de verdade. Não iria arriscar tudo isso aceitando uma poção de ervas preparada por uma velha curandeira.


- Minha lady! - Maite foi arrancada dos pensa­mentos pela aparição repentina de um dos Cecils. - Alan enviou alguns trabalhadores para nos ajudar nos reparos do castelo e eu gostaria de saber onde devo alojá-los.


- Oh, sim. Tenho certeza de que daremos um jeito para alojá-los. - Com a atenção focalizada em Cecil, Maite começou a caminhar na direção do salão prin­cipal e sequer percebeu quando o pacotinho de ervas caiu no chão. Glenna apressou-se a apanhá-lo, dizendo à ajudante:


- Isto é para minha lady. Misture ao que lhe será servido no jantar.


Ela mal podia se conter na pressa de chegar aos apo­sentos do marido. Embora tentasse se convencer de que não gostaria de se atrasar por uma questão de educação, sabia que o pulso acelerado devia-se a motivos bastante diferentes. Será que Alfonso a receberia com prazer? Será que a possuiria sobre o tapete diante da lareira ou a levaria para a cama onde fariam amor loucamente e de onde seria dispensada assim que ele se cansasse dela? Ao entrar no quarto do marido, alimentava dúvidas a respeito de tudo.


- Minha lady.


- Alfonso - ela respondeu ofegante. Ansiosa, levou o cálice aos lábios, a garganta seca de antecipação. O vinho estava um tanto quente e doce esta noite, mas não tinha importância, precisava aplacar a agitação que consumia. ­


- Foi um dia longo sem você, esposa.


Maite corou, o corpo respondendo à voz baixa e profunda de Herrera. Era como uma carícia que lhe penetrava pela pele e lhe aquecia a alma. Porém estava disposta a não sucumbir ao encanto esta noite sem re­sistir ao menos um pouquinho.


- Foi uma longa noite sem você, meu marido.


Ao ouvi-lo rir, ela levou o cálice aos lábios e tomou o resto do vinho, procurando acalmar-se.


- O gosto da cerveja está estranho hoje, você não acha?


- É mesmo? Não percebo nada quando estou na sua companhia.


Maite sorriu, entregando-se ao fascínio que o marido exercia sobre seus sentidos. A bebida a tinha acalmado, assim como o evidente bom humor de Alfonso. Apesar de ter andado chateada, já se esquecera de tudo e só con­seguia pensar na noite ardente que teriam pela frente. Será que ele arrancaria suas roupas ou a possuiria ves­tida mesmo, dominado pela urgência do desejo?


Ansiosa para tocá-lo, inclinou-se para frente, porém uma sensação estranha obrigou-a a permanecer no mes­mo lugar. Com muito esforço, tentou sentar-se ereta, embora tremesse da cabeça aos pés.


- Maite? - A voz de Alfonso parecia vir de muito longe e quando ela se moveu de novo foi como se suas entranhas estivessem em fogo.


Em questão de segundos Herrera estava ao seu lado, entretanto o toque daquelas mãos fortes davam a impressão de lhe queimar a pele enquanto a escuridão dos aposentos enormes a engolfava.


- Não faça isso - ela pediu ofegante, esforçando-se para afastá-lo com gestos frenéticos e desajeitados.


- Cecil! - Atendendo imediatamente ao chamado do barão, o servo entrou no quarto e ergueu-a do chão. En­quanto era carregada para o próprio quarto, Maite ou­via a voz do marido praguejando baixo.


Então já estava deitada na cama e Edith colocava um pano úmido em sua testa para aliviar a quentura. Mas não havia nada no mundo capaz de suavizar as sensações terríveis que pareciam destroçá-la por dentro. Fechando os olhos, Maite perdeu-se num labirinto escuro e des­tituído de qualquer pensamento coerente.


- E então? - Alfonso mal conseguia conter a impaciên­cia. Parecia que o criado estivera ausente durante horas, deixando-o louco de preocupação.


- Ela não está nada bem, meu lorde, porém tudo indica que se trata de um mal passageiro.


- Claro que será passageiro! Não me faça perder a calma com, explicações dignas de uma criança. O que provocou essa indisposição?


- Glenna, a cozinheira, diz que sua esposa bebeu uma poção preparada pela curandeira da aldeia. A cozinheira insiste que se trata de uma espécie de purgante que foi misturado ao vinho. Também não sabe dizer ao certo se sua esposa pretendia ou não tomar a infusão de ervas. Talvez tudo tenha sido um acidente.


- Um purgante? - Confuso, Alfonso sentou-se na bei­rada da cama. Por que Maite iria procurar uma curan­deira? Será que andara doente? Mas ontem mesmo ela lhe parecera perfeita. Ainda se lembrava do ardor como reagira às suas carícias...


Quem sabe era somente uma indisposição feminina... De repente um pensamento terrível lhe ocorreu. Muitas mulheres costumam tomar um tipo especial de pur­gante quando querem se livrar de uma gravidez inde­sejada.


- Não! - Herrera gritou, levantando-se num impulso. - Maite não faria isso!


- Ela poderia estar grávida - Cecil falou, como se fosse capaz de ler a mente do barão.


- É possível. Mas minha mulher ainda não poderia sabê-lo. É cedo demais. - Oh, Deus, fora apenas alguns dias atrás que lhe tirara a virgindade.


- Sua esposa poderia ter medo de que um filho seu fosse a reencarnação do demônio...


- Não! - A voz angustiada de Alfonso ecoou pelo quarto silencioso. Não era verdade, não podia ser verdade. Maite não temia o Cavaleiro Vermelho e nem acreditava nas histórias absurdas que se contavam. Por que então iria pedir uma poção a uma curandeira qualquer para se livrar da criança?


- Não! - Alfonso esmurrou a parede do quarto com força e não reparou que o criado saíra e nem que de suas mãos escorria sangue. ­


- Vamos, vamos, minha lady - Edith falou baixinho. - Você vai ficar boa agora. Já esvaziou todo o estômago, pobrezinha. Vamos, beba isso aqui. Vai fazer a dor passar e você poderá descansar.


Maite sentiu um líquido amargo sendo colocado na sua boca e gemeu.


- Quietinha, minha lady. Foi a infusão de ervas que lhe provocou todo este mal estar. Como é que você foi confiar numa aldeã velha e ignorante? As curandeiras são loucas, ou pelo menos a maioria delas é. Agora des­canse um pouco, vou ficar ao seu lado.


Maite fechou os olhos, sentindo os membros pesados. Porém a cabeça latejava e o estômago ardia, dificultando a chegada do sono. Mas quando finalmente conseguiu adormecer, sonhos estranhos e vívidos a atormentaram, sempre girando em tomo do Cavaleiro Vermelho. Angus­tiada, acabou acordando para logo em seguida voltar a dormir.


De repente a atmosfera do quarto mudou. Era como se o ar estivesse carregado de eletricidade, como acontece antes de uma violenta tempestade. Maite sentiu a pre­sença de alguém ao seu lado, e não era Edith.


- Aqui, minha criança - a viúva Nebbs dizia em seu sonho, o rosto enrugado, os olhos penetrantes, as mãos morenas segurando um pequeno pacote. - Você precisa apenas misturar um pouco deste pó no vinho de seu ma­rido e ficará livre dele para sempre.


- O que você está dizendo? - ela perguntou confusa. Será que adormecera junto à lareira? - Não estou en­ entendendo nada.


- Está entendendo sim - a viúva confirmou sem hesitar. - Isto aqui é para seu marido, para o barão Herrera. Faça-o beber e ele perderá o poder de enfeitiçá-la.


Maite se encolheu, horrorizada. Será que a mulher estava lhe dizendo para envenenar Alfonso?


- Assim você ficaria livre, minha criança. - Livre para voltar ao seu lar, à sua vida antiga. Livre para administrar seu próprio castelo sem interferências... ou distrações.


- Sim, mas...


- Então você precisa colocar apenas um pouco dessas ervas na cerveja de seu marido.


Ela balançou a cabeça de um lado para o outro, os pensamentos voltados para o conforto e o prazer que en­contrara naqueles braços fortes. Não importava quem ou o que Alfonso era. Jamais teria coragem de matá-lo.


- Não posso fazer isso - murmurou desesperada.


- Menina tola. Não será preciso matá-lo. Apenas usa­rá as ervas para se ver livre dele para sempre. Afinal não é isto o que você quer? Você tem que decidir agora - a viúva Nebbs insistiu, acuando-a. - Não é isto o que você quer?


- Não! - Maite gritou com todas as suas forças e sentou-se na cama. - Eu quero Alfonso!


- Estou aqui. - A voz calma e profunda afastou o pesadelo. Então ele a abraçou, fazendo-a sentir-se segura, protegida... e querida.


Logo antes do amanhecer Maite acordou. Inspirando fundo, ela sentiu-se repentinamente bem. Devagar, abriu os olhos e reconheceu o próprio quarto. Um braço forte rodeava-lhe a cintura.


- Alfonso? - chamou baixinho, o rosto encostado ao peito largo do marido. As lembranças começaram a voltar, depois das horas seguidas de total confusão. Lembrava-se da visita à viúva Nebbs, da volta a Dunmurrow, de haver jantado com Alfonso... e dos pesadelos horríveis.


A viúva tinha-lhe dado uma mistura de ervas, mas podia jurar que jogara o pacote fora. Por nada deste mun­do, por mais difícil e estranho que pudesse parecer, ja­mais teria coragem de abrir mão de Alfonso.


Hesitante, deslizou os dedos pelo peito másculo, que­rendo ter certeza de que aquele marido misterioso con­tinuava inteiro e respirando, apesar de sua tentativa de exorcizá-lo.


- Maite? Você está se sentindo bem agora?


Ela acenou com a cabeça, comovida demais para confiar na própria voz. Como pudera ter sido tão idiota? Como fora capaz de desejar romper o encantamento que os li­gava um ao outro? Ah, como desejava não ter sequer ouvido falar da viúva Nebbs.


- Por quê? - Alfonso perguntou num tom rouco e emo­cionado.


Será que ele sabia da história toda? Sentia-se en­vergonhada de ter procurado a curandeira e embara­çada pela própria fraqueza e estupidez. Nunca deveria ter trazido o embrulho para casa porque de algum modo as ervas haviam ido parar em seu estômago, pondo-lhe em risco a saúde, a paz de espírito e a trégua com o marido.


- Para que servia a poção? - Estava claro que Alfonso seria persistente na sua busca de explicações. Embora soubesse que precisaria dizer alguma coisa que justificasse sua atitude, Isadora não suportaria contar a ver­dade. - Era um purgante para livrá-la de nosso Filho?


- Alfonso! - ela exclamou horrorizada. - Eu jamais, faria uma coisa dessas! - O fato é que a idéia de um filho não lhe passara pela cabeça, apesar de ser uma conseqüência natural depois de haverem estado juntos...


Um bebê... Como seria o filho do Cavaleiro Vermelho? O pensamento trazia embutida uma série de novas preocupações, mas Maite simplesmente as ignorou. Havia feito uma escolha e era tarde demais para voltar atrás, à vida antiga, a vida sem Alfonso Herrera.


- Você está dizendo que eu estou grávida?


- Não. Ainda é muito cedo para saber, a menos que sua menstruação esteja atrasada.


Maite corou e baixou, a cabeça.


- Mas eu poderia estar grávida, não é? Embora seja possível que esse meu mal estar tenha... matado o bebê. Oh, Alfonso, eu não queria tomar nada, juro! Foi tudo tão estranho, como num sonho... Fui visitar a viúva Nebbs para conversar sobre medicamentos e quanto voltei Glen­na encontrou um pacote de ervas dentro da cesta. Eu o joguei no chão e saí com Cecil para resolver um assunto. Glenna deve ter presumido... Oh, Deus, não vou suportar se fiz mal ao bebê...


- Ainda é muito cedo para saber. - Alfonso abraçou-a com força, parecendo aliviado.


Ela retribuiu o abraço, jurando a si mesma que o ma­rido jamais saberia que aquela poção tinha como objetivo arrancá-lo da sua vida.


- Você quer... filhos?


- Sim, claro - ela respondeu aconchegando-se de en­contro ao corpo forte.


- Então iremos começar a fazê-los assim que você se sentir melhor. Vou amá-la vezes e vezes sem conta, es­posa, até que minha semente esteja firmemente plantada nas suas entranhas.


A promessa apaixonada a fez estremecer da cabeça aos pés, confirmando o quanto aquele homem a fascinava. Era um fascínio tão real que superava qualquer feitiço ou encantamento.


- Você não vai aceitar mais nada da curandeira da aldeia. São mulheres tolas ou ainda pior.


- Não se preocupe, estou curada.



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Autor(a): taynaraleal

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Quando Maite acordou, horas depois, Alfonso há havia se retirado e ela ficou se perguntando o que fora sonho ou realidade. Lembrava-se ter ido visitar a viúva Nebbs com a vaga esperança de quebrar o encantamento que a ligava ao marido, mas não se lembrava de pedir ajuda à curandeira. Contudo, a velha realmente lhe dera uma mistura de ervas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 79



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  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:55:37

    Amei essa fic e espero de coração que venham mais e mais adaptações suas! Sei que elas virão, então saiba q estarei aq esperando!!! O Cavaleiro Vermelho e a Maite não poderiam ter um final melhor!!! Beijosss Tayzinha, e que venham os novos projetos!!

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:34

    Como já te disse, amo suas adaptações!! vc escolhe mt bem e escolhe os melhores p colocar no nosso casal topper

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:06

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, UMA BEBEZINHA ZENTIII

  • taynaraleal Postado em 06/02/2017 - 20:04:27

    VOU CONTINUAR MEU POVOOO, ESPERO QUE AINDA ESTEJAM AII

  • nessak. Postado em 24/03/2016 - 19:19:09

    Continua a fanfic e muito boa

  • dahnm Postado em 17/03/2016 - 15:22:31

    Hey ...Não Abandona Não ... Posta Mais...

  • dahnm Postado em 06/12/2015 - 14:11:58

    CONTINUA...

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:02:26

    Continuaaaaaaa. *leitora nova* ameii tudoo.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:48:18

    Posta mais. Necessito de mais.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:47:51

    '- Me beije - ele pediu' JESUS


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