Fanfic: Bodas de Fogo | Tema: Herroni
A luz matinal iluminava feições delicadas e cheias da vida. Os cabelos, tão escuros que pareciam carvão e tão brilhantes que davam a impressão de refletir a luz do sol, caíam sobre as costas até a cintura.
Ela estava nua. Atônito, Alfonso mal notara esse detalhe, mas agora se maravilhava diante de tão grande perfeição.
A pele macia como veludo tinha um brilho dourado, os seios pequenos e empinados, lançavam os mamilos enrijecidos, por causa do frio, para o alto. Cintura estreita, pernas esguias e bem torneadas. Só de admirá-la ficava excitado de uma maneira quase dolorosa. Contudo, por mais que a desejasse, Alfonso temia quebrar o encantamento fazendo qualquer movimento brusco. Não suportaria vê-Ia desaparecer numa mistura de cores e jamais voltar a enxergá-la com nitidez.
Com a atenção voltada outra vez para o rosto angelical, Alfonso concluiu que jamais vira tanta beleza. Por um longo instante permaneceu imóvel, quase sem respirar, bebendo na imagem da esposa como um homem sedento. Mesmo se vivesse cem anos, nunca mais se esqueceria daquele momento.
Maite, Maite, Maite, ele queria gritar. E de repente era como se todos os sentimentos guardados dentro do peito quisessem explodir. Tudo aquilo que tentara ignorar por causa da cegueira agora ameaçava vir à tona descontroladamente. Era como um dique arrebentando, a água antes represada atravessando as barreiras e tornando-o impotente para controlar a força da emoção.
Ele deve ter deixado escapar algum som, porque Maite virou-se para fitá-lo. Os olhos grandes e esverdeados tinham o brilha da prata. E aqueles lábios... os mais suaves e rosados, capazes de deixá-lo em fogo com um simples roçar.
- Alfonso? - ela indagou. - O que foi?
Incapaz de falar, ele deixou escapar um gemido abafado. No mesmo instante Maite estava ao lado do marido, fitando-o atentamente. Montmorency permaneceu imóvel, mergulhado nos olhos esverdeados da esposa, tão inteligentes, tão amorosos... Deus, era possível enxergar a alma da sua mulher estampada no rosto adorável. Enxergar...
- Alfonso! - Então Maite começou a chorar ao se dar conta de que um milagre acabara de acontecer. - Alfonso! - ela repetiu, tentando fazê-lo falar alguma coisa, sacudindo-o nomeio dás lágrimas.
- Psiu. Não há motivo para chorar, mas para se alegrar, esposa. - Temendo não conseguir controlar a forte emoção interior, Montmorency evitava tocá-la.
Durante toda a sua vida lutara para manter os sentimentos sob um controle de ferro e o fizera muito bem, até que ficara cego. Daí em diante tornara-se vítima do próprio temperamento, entregando-se aos momentos de raiva com uma fúria que beirava o desatino. Entretanto Maite soubera como aplacar aquela ira bestial, despertando sentimentos que jamais julgara existir dentro de seu coração. E esses sentimentos eram tão fortes agora que já não podia contê-los...
- Maite... Maite... - ele gemeu, tocando o rosto delicado com as pontas dos dedos.
De repente alguma coisa explodiu em seu interior. Gritando o nome da esposa, Alfonso puxou-a para a cama beijou-a com uma sofreguidão assustadora, a língua ardente vasculhando o interior da boca quente e úmida enquanto mãos fortes percorriam o corpo delgado com uma possessividade incomum. Maite não hesitou um segundo, mas retribuiu as carícias do marido com o mesmo ímpeto, entregando-se à paixão que os consumia.
Louco de desejo, ele tomou os seios na boca e sugo os mamilos rígidos quase com desespero. Ouvindo-a gemer baixinho, sabia que não estava sendo muito gentil, porém não conseguia parar nem diminuir a intensidade dos carinhos. Num gesto rápido, separou as pernas esguias, expondo o centro da feminilidade.
- Maite, Maite... - tornou a murmurar, como se pedisse desculpas pelo comportamento descontrolado.
Como única resposta, ela arqueou as costas e ergueu os quadris, ansiosa para receber o membro rígido e pulsante. Segurando-a firme pelas nádegas, Alfonso enterrou se até o fundo, até que já não sabiam onde terminava um e começava o outro.
Então fitou a esposa demoradamente, apreciando os cabelos petrolados espalhados sobre o travesseiro, o rosto afogueado, os olhos fechados, os lábios entreabertos. A visão mais perfeita do mundo. Apoderando-se outra vez da boca sensual num beijo áspero e exigente, ele aumentou o ritmo das investidas até se tornarem frenéticas, vagamente consciente de que a esposa mordia seus ombros e enterrava as unhas nas suas costas largas.
Ao ouvi-la gritar o seu nome, no auge do prazer, Alfonso cravou os dedos na pele macia até que uma investida final libertou-o da tensão insuportável.
- Maite - ele gritou, o corpo inteiro estremecendo com a violência do orgasmo.
Quando pôde pensar com clareza outra vez, abraçou-a com ternura, deslizando os dedos pelas costas delicadas como se quisesse suavizar as marcas que ali deixara. Depois beijou-a na testa e fitou os olhos maravilhosos, cheios de amor e lágrimas de alegria.
- Sempre temi que sua paixão, uma vez liberada, pudesse me subjugar - Maite sussurrou feliz.
- E? - Montmorency indagou tenso, temendo ouvir a resposta.
- E, como todos os meus outros temores em relação a você, não passava de um receio infundado. Quando foi que a sua visão retomou?
- Foi um processo gradual. - carinhoso, Alfonso acariciava os cabelos da esposa, incapaz de desviar o olhar do rosto querido.
- Por que não me contou?
- Eu não queria alimentar esperanças. Nem as suas, nem as minhas - ele respondeu sincero. - Eu tinha medo que não fosse durar, que qualquer dia voltasse a acordar para a escuridão eterna.
- O quê? O Cavaleiro Vermelho com medo de alguma coisa? - Maite sorriu, provocando-o. - Não posso acreditar.
Pois pode acreditar, Alfonso pensou. Mais uma vez, olhou bem dentro dos olhos esverdeados, molhados de lágrimas, e então puxou-a de encontro ao peito, incapaz de fitá-la mais um segundo sequer. Temia que se continuasse a fazê-lo, iria começar a chorar como uma criança, tão grande a emoção que o consumia.
Autor(a): taynaraleal
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- Alfonso! Vamos - Maite falou de repente. - Levante-se! - Ela pulou da cama e agarrou o braço do marido com ambas as mãos procurando, sem sucesso, obrigá-lo a se mexer. Era como tentar arrancar um carvalho gigante, com as raiz firmemente plantadas no solo. - Você não pode me negar isso agora. Quando Alfonso a fitou, um ar cético n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 79
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fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:55:37
Amei essa fic e espero de coração que venham mais e mais adaptações suas! Sei que elas virão, então saiba q estarei aq esperando!!! O Cavaleiro Vermelho e a Maite não poderiam ter um final melhor!!! Beijosss Tayzinha, e que venham os novos projetos!!
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fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:34
Como já te disse, amo suas adaptações!! vc escolhe mt bem e escolhe os melhores p colocar no nosso casal topper
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fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:06
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, UMA BEBEZINHA ZENTIII
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taynaraleal Postado em 06/02/2017 - 20:04:27
VOU CONTINUAR MEU POVOOO, ESPERO QUE AINDA ESTEJAM AII
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nessak. Postado em 24/03/2016 - 19:19:09
Continua a fanfic e muito boa
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dahnm Postado em 17/03/2016 - 15:22:31
Hey ...Não Abandona Não ... Posta Mais...
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dahnm Postado em 06/12/2015 - 14:11:58
CONTINUA...
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mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:02:26
Continuaaaaaaa. *leitora nova* ameii tudoo.
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Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:48:18
Posta mais. Necessito de mais.
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Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:47:51
'- Me beije - ele pediu' JESUS