Fanfics Brasil - Capítulo 5 Bodas de Fogo

Fanfic: Bodas de Fogo | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 5

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Fabiii maratona para tu minha linda, espero que goste. E vocês também minhas leitoras, são as mais lidas do fb. Beijos só vou dormir hoje quando postar esse 8 capítulos da maratona :)


 


Recusando-se a se deixar intimidar, ela fitou o sacer­dote que, iluminado por um pequeno castiçal, era a única pessoa visível dentro da capela. O homenzinho parecia hesitar em dar início à cerimônia. Na verdade não podia culpá-lo. A escuridão que os cercava parecia uma coisa viva e pulsante, pronta para engolfá-los num vazio absoluto e ameaçador.


Quando Herrera a tocou de leve, Maite ficou rígida, a respiração suspensa. Embora soubesse que o contato seria breve, que os dois precisavam se dar as mãos para professar os votos, ainda assim não estava preparada para a experiência. Lutando contra pânico, obrigou-se a relaxar e para sua surpresa, apesar das previsões de Edith, o Cavaleiro Vermelho não possuía garras ou casco. A mão masculina lhe parecia inteiramente normal. Sem que pudesse evi­tar, ela estremeceu.


Entretanto não foi um estremecimento de medo, mas um arrepio de excitação que a percorreu da cabeça aos pés. Surpresa, Maite não sabia como decifrar aquela emoção estranha, despertada pelo roçar da pele de Herrera na sua. Jamais sentira algo assim. Seria o seu comportamento inesperado o resultado de algum feitiço? Estaria sob um encantamento lançado pelo Ca­valeiro vermelho?


A possibilidade quase a deixou fora de si. Porém, em vez de se entregar ao pavor cego, procurou se concentrar nas palavras do sacerdote. Percebendo que continuava nervosa, contou até dez. Depois até vinte. Afinal estava longe de ser uma mulher ignorante, capaz de acreditar em magia negra. Por outro lado, era difícil se convencer do contrário quando segurava a mão de um homem en­coberto pela escuridão.


De repente Maite se convenceu de que encontrara uma explicação lógica para aquela sensação esquisita. Não estava acostumada à proximidade física. Tendo sido criada na companhia de irmãos pouco afetuosos e do pai, de quem sempre mantivera uma distância respeitosa, jamais soubera, ou quisera, externar afeição. Tocar al­guém era algo estranho... e em geral repugnante.


Ainda se lembrava muito bem do barão Rothschilde, um cavaleiro que conhecera na corte. Numa tentativa revoltante de cortejá-la; o homem a pressionara de en­contro à parede e a beijara na boca, os lábios úmidos e nojentos enchendo-a de asco. Maite o chutara na virilha antes de escapar correndo, mais decidida do que nunca a jamais se submeter a um marido.


Entretanto estava casando-se com um homem infini­tamente mais repulsivo do que Rothschilde. Seria mes­mo? O estranho é que não experimentava nojo agora e sim um prazer desconhecido e inexplicável. Havia algo de assustador no Cavaleiro Vermelho. E algo perturbador também. Isso sim, a inquietava.


 


 


 


Maite lançou um olhar na direção do cavaleiro ao seu lado cuja alta estatura a fazia sentir-se ainda mais pequenina e indefesa. Fosse por magia ou não, tratava-se de um homem forte e poderoso. A mão que segurava a sua poderia esmagá-la como a uma casca de noz. Como seria hoje a noite? O pensamento era tão apavorante que não ousava deter-se nas implicações.


Você fez a sua cama, agora deite-se nela. As palavras de Herrera retomaram à sua mente como um aviso. Os dedos longos que mal a tocavam agora, diante do sacerdote, poderiam perder a delicadeza na privacidade do quarto. Enorme e com o rosto escondido pelas sombras, o Cavaleiro Vermelho poderia muito bem ser algum tipo de demônio. Um demônio com quem seria obrigada a deitar-se hoje a noite.


Como se percebesse seu estado crescente de aflição, Herrera apertou-lhe a mão com firmeza. Absorven­do o poder que emanava daquela figura sólida, Maite teve forças para reunir um resto de coragem e acompa­nhar a cerimônia até o fim.


Embora tivesse a impressão que o barão lhe transmi­tira calma e confiança no momento em mais precisara, ela ficou aliviada quando as mãos de ambos se separaram. Entretanto o alívio teve curta duração. Antes mesmo de se recobrar da intensidade das emoções, foi tomada nos braços e apertada de encontro a um peito largo.


Maite deixou escapar um murmúrio de surpresa. Era estranho sentir o corpo de um homem pressionando-lhe os seios. Talvez se pudesse enxergá-lo, a sensação seria menos inquietante. Porém a escuridão da capela dava a Impressão de que estavam a sós, separados do resto do mundo... E sua única tábua de salvação era o Cavaleiro vermelho.


Desorientada, ergueu as mãos, os dedos trêmulos emaranhando-se nas dobras da túnica daquele que acabara de se tornar seu marido. Imediatamente Herrera deslizou as mãos pelos ombros delicados, até tocá-la na base do pescoço. Cada centímetro de pele acariciada pelos dedos masculinos parecia ganhar vida, ficando em fogo. Então ele a beijou na boca. Foi um beijo rápido e impe­tuoso, que terminou antes mesmo que Maite percebesse o que estava acontecendo. Desnorteada, piscou várias ve­zes, porém não conseguia vê-lo. Como se num sonho, aguardou, cheia de expectativa... embora não soubesse bem o quê. Ao sentir as mãos de Herrra percorrem seus braços, ela prendeu a respiração, um calor Intenso tomando conta de suas entranhas. Levada por um impulso incontrolável, apoiou-se no corpo viril e ergueu o rosto...


- Você pode se retirar para seu quarto agora. Espero-a para jantarmos juntos. - Ele deu-lhe as costas e afas­tou-se, deixando atrás de si apenas a escuridão.


Assombrada pelo que acontecera, Maite teria per­manecido ali parada, imóvel, se um som vindo do altar não lhe chamasse a atenção. Esquecera-se por completo do sacerdote.


Será que somente alguns minutos haviam passado? Por que então a sensação de que Herrera e ela tinham ficado sozinhos, envoltos por um manto de som­bras, durante toda uma eternidade? Entretanto a capela não parecia tão às escuras agora. As poucas pessoas pre­sentes conversavam num tom normal, incapazes de per­ceber o que lhe acontecera.


Mas o que lhe acontecera?


Não sabia dizer ao certo. Por um louco instante tivera a impressão de que não existia capela, sacerdote, teste­munhas,.. apenas Herrera e ela, juntos... tocando-­se. Ainda podia sentir o calor das mãos fortes na sua pele, a pressão do peito largo, a boca... Maite passou os dedos de leve sobre os lábios. Era como se aquele homem a tivesse marcado com um ferro em brasa.


Percebendo o absurdo dos pensamentos, abaixou a mão com força, certa de que as histórias de Edith estavam dando asas à sua imaginação. Fora apenas um beijo de protocolo, nada além. O fato de não estar acostumada a receber atenções masculinas transformara um aconteci­mento banal em algo fora do comum. A circunstância anormal em que o casamento fora realizado acabara im­pedindo-a de raciocinar com clareza. Herrera não apertara sua mão para lhe transmitir coragem e segu­rança, como chegara a pensar, porque ele continuava ir­ritado. De outro modo não a teria mandado para o quarto tão secamente.


Maite mordeu os lábios nervosa. As coisas estavam acontecendo depressa demais para o seu gosto. E tudo era tão estranho que não conseguia entender, mesmo sempre tendo se considerado uma pessoa capaz de ana­lisar qualquer situação com perspicácia. Sentia-se inse­gura, e não gostava nada disso. Por natureza, e vocação, Maite gostava de dominar, de dar a última palavra em qualquer questão. Contudo começava a se achar impo­tente em Dunmurrow. Dentro do castelo transformara-se numa prisioneira das trevas, a noiva infeliz de um marido que não a queria.


Parecia-lhe impossível que seu plano, traçado com to­dos os detalhes e o maior cuidado semanas atrás, pudesse ter terminado daquela maneira desastrosa. Do dia para a noite, tornara-se esposa do Cavaleiro Vermelho, uma figura densa, ameaçadora, capaz de exercer controle não apenas através de suas excentricidades mas através do simples toque das mãos também.



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Autor(a): taynaraleal

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  De volta ao quarto, Maite descobriu que seus baús haviam sido entregues. Um lembrete final de que não poderia voltar para casa. Inquieta, passou os dedos sobre o anel que Herrera lhe colocara no anular esquerdo, o sinal de que seria obrigada a viver naquele lugar frio assustador para sempre. Embora sua vontade fosse deitar na cama e chorar, ela ordenou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 79



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  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:55:37

    Amei essa fic e espero de coração que venham mais e mais adaptações suas! Sei que elas virão, então saiba q estarei aq esperando!!! O Cavaleiro Vermelho e a Maite não poderiam ter um final melhor!!! Beijosss Tayzinha, e que venham os novos projetos!!

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:34

    Como já te disse, amo suas adaptações!! vc escolhe mt bem e escolhe os melhores p colocar no nosso casal topper

  • fsales_ Postado em 18/10/2017 - 20:54:06

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, UMA BEBEZINHA ZENTIII

  • taynaraleal Postado em 06/02/2017 - 20:04:27

    VOU CONTINUAR MEU POVOOO, ESPERO QUE AINDA ESTEJAM AII

  • nessak. Postado em 24/03/2016 - 19:19:09

    Continua a fanfic e muito boa

  • dahnm Postado em 17/03/2016 - 15:22:31

    Hey ...Não Abandona Não ... Posta Mais...

  • dahnm Postado em 06/12/2015 - 14:11:58

    CONTINUA...

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:02:26

    Continuaaaaaaa. *leitora nova* ameii tudoo.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:48:18

    Posta mais. Necessito de mais.

  • Gisele Beorlegui Postado em 27/11/2015 - 08:47:51

    '- Me beije - ele pediu' JESUS


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