Fanfics Brasil - 14♡ Tensão AyA

Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 14♡

271 visualizações Denunciar


Anahí  prestava atenção ao que ele dizia, e ao que não revelava. Tinha que dar crédito a Alfonso …

pelo menos ele não estava fazendo promessa vazias, e sim expondo o que podia oferecer a ela, o

que podia esperar dele. Suas condições.

Ele não disse “É pegar ou largar”. Não precisava.

Ela aceitaria. O quanto daquilo tudo, não tinha certeza ainda. Mas pelo menos conhecia as

regras e decidiria depois se o fim de semana teminaria à sua porta quando retornassem da casa

de seus pais, ou no domingo à tarde.

Ou na cama dela, bem mais tarde naquela noite.

– Compreendo. – Anahí , enfim, se obrigou a soar casual, indiferente ao acordo silencioso que

eles tinham acabado de fazer. – Este fim de semana.

– Certo – disse ele, embora, para espanto de Anahí , não tivesse soado muito confortável com a

anuência imediata por parte dela. – Agora temos que resolver como vamos passar o fim de

semana.

Eles o passariam perpetrando uma fraude. Mas aquilo parecia um pouco honesto demais para

começar a conversa.

– Onde você mora, Anahí ?

– Isso não é complicado. Tenho um apartamento em Lincoln Park. Não muito longe da minha

creche.

– E vive sozinha? Não tem colegas de apartamento?

Anahí  sabia que ele estava tentando conseguir mais informações, talvez até mesmo uma porta

aberta para discutir o seu passado romântico. Mas de jeito nenhum que ela iria abordar esse

tópico.

– Somos só eu e Wally .

Ele endureceu o queixo.

– Quem é Wally ?

– Meu gato. – Anahí  deu uma risada delicada. Lembrando-se de algo que não havia

esclarecido a ele, acrescentou: – Wally virá conosco no sábado. Espero que não seja um

problema para você.

– Sou alérgico.

Ai, não.

– Estou brincando. – Alfonso  ergueu uma das mãos, a palma exposta, ao ver a reação de Anahí . –

Nossa, garota, é muito fácil irritar você…

– Eu já o avisei sobre o bagre – disse ela, incapaz de conter o riso.

Alfonso  era… charmoso, só isso. Mesmo quando tentava irritá-la, ele era completamente

charmoso. Fácil de conversar, divertido, gracioso, mas também cortês, o tom de provocação

soando ainda mais leve com seu sotaque lírico.

Anahí  nunca havia conhecido um homem como ele. E o desejava com um tipo de desespero

que nunca experimentava. A luxúria borbulhando dentro de Anahí  quase a fazia tremer com sua

intensidade.

Luxúria. Ela, a pequena Anahí  Portilla , cujos irmãos ofereciam uma recompensa pela cabeça

de qualquer um que ousasse ao menos pensar em tirar-lhe a virgindade na escola, estava

seriamente tomada pela luxúria.

As coisas que Anahí  queria fazer com aquele homem provavelmente não tinham nem mesmo

entrado na imaginação exaltada dos caras com quem ela saíra na época do colégio.

– Talvez eu devesse conhecer Wally antes de ficarmos presos juntos em um carro durante

algumas horas no sábado. – A malícia no sorriso dele renegava a seriedade da sugestão. – Assim,

que tal você me convidar para ir à sua casa?

Ah, claro, seria uma ótima ideia. No momento em que ela o levasse para dentro e fechasse a

porta, arranjaria algum pretexto para arrancar as roupas… e então encontraria uma desculpa

para saltar nos braços dele; nua.

Isso seria fácil. Anahí  poderia simplesmente confessar a verdade a Alfonso . Estava tão atraída

por ele que não conseguia evitar.

Cedo demais. Anahí  nunca agira por conta da atração instantânea. Aquilo salvara sua pele com

Sebastian. Portanto, não iria questionar a própria capacidade de julgamento agora, saltando na cama

daquele homem um dia depois de tê-lo conhecido.

Mas e no domingo? Dentro de uns seis dias? Bem, aí ela pensaria seriamente no assunto.

Sem nem mesmo se dar o trabalho de responder à pergunta dele sobre ir à casa dela, Anahí 

indagou:

– Quer uma bebida?

Ele assentiu, permitindo que ela mudasse de assunto. Sinalizando para a garçonete, Alfonso  pediu

uma cerveja escura, o que soou perfeito vindo daquela boca irlandesa.

Aquela boca irlandesa muito digna de ser beijada.

O simples pensar nos beijos que eles tinham trocado na noite anterior foi suficiente para fazêla

afundar na cadeira e revivê-lo em seu íntimo. E fantasiar sobre o próximo.

– Você está me encarando, Anahí  – disse ele, a voz sedosa.

Sacudindo rápido a cabeça, Anahí  murmurou:

– Desculpe.

– Alguém já lhe disse que seus pensamentos ficam expostos na sua expressão?

Alfonso , sem dúvida, tinha a capacidade de ler a mente dela.

– Não existe nenhum traço de falsidade nesse corpo lindo.

Ignorando o lampejo de prazer que passou por seu corpo-nãotão-lindo, Anahí  partiu para a

bravata, sabendo que era tão boa em blefar quanto Wally jamais seria andando de patins.

– Não sei do que você está falando.

Alfonso  sorriu, mas não teceu comentários, pois a garçonete colocava a bebida na mesa. Após

dar um gole longo, ele estremeceu quando recolocou o copo no tampo.

– Não está bom?

– Isto perde o sabor a cada quilômetro depois de ser enviada de Dublin, e o atendente do bar

tirou muito rápido da torneira.

– Então você veio mesmo da Irlanda. Não é só um descendente de irlandeses.

– Nasci em San Francisco, na verdade. Minha mãe é norte-americana. Mas, depois do

divórcio, quando eu era só um garoto, meu pai me levou com ele para a Irlanda. – Embora o tom

dele permanecesse tranquilo, o corpo enrijecera.

Anahí  compreendeu o motivo quando Alfonso  acrescentou:

– E isto é o máximo que vamos conversar a este respeito.

– Desculpe-me – disse ela, percebendo que o assunto era delicado.

Talvez Alfonso  tivesse problemas familiares também. Anahí  não podia ser a única pessoa vinda

de um clã agressivo e desagradável. Mesmo que algumas vezes assim o parecesse, considerando

a reação de muitos de seus amigos em Chicago. Eles costumavam escutar suas histórias de

infância com um divertimento afeiçoado, e a partir daí passavam a tratá-la como se Anahí  fosse

a única refugiada do planeta Cidadezinha-Inferno de 1950.

Anahí  esticou a mão para a tigela de castanhas que a garçonete lhes servira, pegando uma

cuidadosamente e colocando na boca.

– Acho que você gostaria de saber sobre o fim de semana, agora.

– Sim.

– Aí poderá decidir se vai querer pular fora.

– Eu não vou pular fora. Já lhe disse ontem à noite que a acompanharia.

– Mas eu pensei que fôssemos nos encontrar para eu convencê-lo.

Alfonso  esticou o braço ao longo da mesa e acariciou as costas da mão dela com as pontas

quentes de seus dedos.

– Estamos nos encontrando porque eu não conseguia aguentar esperar mais quatro dias para

vê-la outra vez.

Uau! Falando em palavras que saem da boca de uma pessoa ao coração de outra… Ou

estômago. Ou qualquer outro lugar… Anahí  contraiu as coxas sob a mesa, e fechou as pernas, de

repente muito ciente da costura da calça apertada.

Porque as palavras – além daquilo tudo e do olhar íntimo por parte dele – definitivamente

pousaram ali.

– Já que estamos aqui, no entanto, você pode muito bem me contar os detalhes. – Sorrindo,

Alfonso  desviou o olhar e soltou a mão dela. – No entanto, acho que eu poderia ser capaz de arriscar

um palpite.

– Ah, é mesmo? – O tom dela continha um desafio silencioso.

Ele inclinou a cabeça, pensando.

– É sua reunião de ex-alunos do ensino médio, e você é a última princesinha da formatura a

estar solteira?

Ela revirou os olhos.

– Eu não era do tipo princesinha da formatura.

Estava mais para princesa do festival do leite. Mas Anahí  não queria mencionar vacas outra

vez até que fosse absolutamente necessário.

Alfonso  tentou de novo:

– Seu ex-namorado vai se casar e você não tolera a ideia de aparecer sozinha?

– Nem perto. Meu único ex-namorado na minha antiga cidade não pode se casar legalmente,

pelo menos não neste estado. Embora ele e seu parceiro pareçam muito felizes, de qualquer

forma.

Alfonso  soltou uma risada breve.

– Eu tive uma fase doce e meiga na época da escola – admitiu Anahí . – Sobretudo em relação

aos meus irmãos chatos, desagradáveis e grandalhões, jogadores de futebol americano.

– Irmãos? Mais velhos, mais novos…

Dois mais velhos, um mais novo. Todos cabeças-duras. Nenhuma irmã.

Ele assentiu.

– Futebol americano, você disse? É uma versão mais leve do rúgbi, não é?

Anahí  sorriu, a cada minuto mais ansiosa para apresentar seu homem aos irmãos.

– Certo.

Alfonso  bufou num desdém visível, então especulou:

– Acho que entendi.

– Entendeu o quê?

– Entendi Anahí  Portilla . A desesperada-o-suficiente-para-comprar-um-par-para-o-fim-de-semana.

Ela não podia negar aquele título.

Ele ergueu as mãos, enumerando os detalhes nos dedos:

– Você é linda, mas está solteira no momento. Teve alguns namorados, veio de uma cidade

pequena e tem uma boa quantidade de irmãos mandões e tempestuosos.

A parte do “linda” a aqueceu, embora seu primeiro instinto fosse negar. Ela era bonita…

contudo nada de mais. Era um tipo comum.

Alfonso , no entanto, não esperava que ela concordasse, e simplesmente continuou:

– Então você gastou uma enorme quantidade de dinheiro que nem mesmo podia bancar para

ter um homem ao seu lado quando fosse para a reunião de família. Assim, seus irmãos não vão

provocá-la, seus pais não ficarão decepcionados, e o restante das pessoas não sentirá pena de

você, assendiando-a para sair, ou lhe dando ordens do mesmo jeito como faziam antes de você

se mudar. Estou certo?

Anahí  ficou de queixo caído. Foi bom não ter colocado outra castanha na boca, porque ela teria

caído na mesa grudenta de madeira. Aquilo fora bem impactante. Um tanto intuitivo e

impactante.

– Como diabos…

– Não é uma história original. – Alfonso  arqueou a sobrancelha numa diversão pesarosa, e

acrescentou: – Você ficaria surpresa com a frequência com que já a ouvi.

Ele não tinha entendido a história completamente, mas chegou perto o bastante para fazê-la se

perguntar se ela era mesmo tão fácil de ser decifrada.

Será que Alfonso  a olhava e enxergava apenas a garota do interior com mancha de baba na

camisa tentando agradar a família? Será que um dia ele a enxergaria como a desconhecida no

adorável vestido amarelo que ela comprara só para o leilão?

Mais uma vez lendo os pensamentos dela de forma precisa, Alfonso  se inclinou para a frente, os

antebraços apoiados no tampo.

– Não.

– Não o quê?

– Não venha com essa coisa sem sentido sobre sermos consideradas duas pessoas que

poderiam se envolver. – Alfonso  engoliu em seco de maneira visível, os tendões da musculatura do

pescoço flexionando antes de ele dizer, em voz baixa: – Porque se a atração física, o desejo, é

tudo o que necessitamos para provar que somos um casal, ninguém em sua cidade natal terá uma

única dúvida sobre meu motivo para estar lá. – O olhar dele se concentrou na boca de Anahí , e

de repente Alfonso  cerrou o queixo. – Eles verão o jeito como a olho e saberão muito bem o quanto

a desejo.

Anahí  entreabriu os lábios e inspirou, necessitando de mais oxigênio do que estivera inalando

antes. Porque seu coração fazia o sangue rugir pelas veias em uma velocidade quatro vezes

maior que o normal.

– E eles verão o quanto você me deseja também. Vão perceber que já somos amantes e notar

o desespero entre nós por estarmos sendo obrigados a agir de forma comedida perto de sua

família. Ao passo que, no íntimo, saberão que rasgaremos as roupas um do outro no minuto em

que estivermos a sós.

Ela arfou alto desta vez. As roupas precisavam sair agora, considerando o quão

desconfortavelmente apertadas estavam, o quanto seus mamilos enrugados ficaram sensíveis de

encontro ao sutiã e à blusa.

– Ninguém questionará nada, Anahí . Garanto.


Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Erika Herrera

Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Ela começou a se inclinar por sobre a mesa também, atraída pelas palavras dele como se elas a tivessem chamado com um magnetismo genuíno. Anahí  não conseguiu verbalizar um protesto, não era capaz de organizar um pensamento sequer, quando ele ergueu a mão e a pôs no cabelo dela. Alfonso  lhe abarcou a ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02

    Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23

    vixi... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12

    q bom que ela contou a verdade...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26

    nossa..

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK

  • Postado em 08/10/2015 - 09:10:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29

    To atrasadinha pra variar kkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55

    *.*

  • vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40

    POSTAAAA POR FAVORRRRR


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais