Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya
Ela começou a se inclinar por sobre a mesa também, atraída pelas palavras dele como se elas
a tivessem chamado com um magnetismo genuíno. Anahí não conseguiu verbalizar um protesto,
não era capaz de organizar um pensamento sequer, quando ele ergueu a mão e a pôs no cabelo
dela. Alfonso lhe abarcou a cabeça, puxando-a para ainda mais perto, até os rostos se encontrarem,
roçando os lábios.
Anahí fechou os olhos quando as bocas se tocaram e se abriram. O calor da língua de Alfonso de
encontro à dela fez Anahí ter calafrios, e as investidas lentas lhe causaram estremecimento. Mais
uma vez, ela estava beijando Alfonso em público, sem dar a mínima por ele estar com a língua em
sua boca quando se achavam cercados por estranhos.
Que mulher se importaria quando tinha aquele homem fazendo amor oral com ela,
preenchendo seus sentidos e afastando todos os pensamentos e inibições?
Enfim, depois de um beijo que se prolongou entre diversas tomadas de fôlego, Alfonso a libertou.
Ele recuou, apenas alguns centímetros, e, sem hesitar, retornou à conversa, como se não tivesse
acabado de abalar o mundo de Anahí .
– Agora, esqueça essa ideia de tentar me persuadir sobre não sermos um casal convincente. –
Ele desviou o olhar e ergueu a cerveja.
Vendo o jeito como o líquido escuro espirrou um pouco pelas bordas, Anahí percebeu que ele
não estava totalmente sob controle. Alfonso era só um pouco melhor em esconder suas reações.
– Você não tem o pretexto “nós dois não combinamos” – acrescentou ele depois de beber um
gole. – E não há necessidade de se sentir boba ou constrangida porque você quer fazer algo para
tornar sua vida mais fácil durante um tempo enquanto tira sua família do seu pé…
principalmente porque eles não têm nada com isso. Então pare de dificultar as coisas para si
mesma.
– Isso tornaria mesmo tudo mais fácil – admitiu Anahí , embora a mente ainda estivesse no
beijo dele e naquelas palavras sensuais.
Ela se inclinou para Alfonso outra vez, compensando o espaço que ele criara ao recuar. Com os
antebraços a centímetros de distância dos dele, Anahí estava perto o suficiente para sentir o calor
da pele de Alfonso , embora não tanto a ponto de não conseguir manter a mente concentrada no que
tinha que fazer, em vez de pensar no quanto gostaria de acariciar aquela pele.
Bem, quase.
Mas já que ele a havia atordoado dizendo aquelas coisas tão sexies e em seguida a beijando – e
interrompendo o beijo –, o homem merecia pelo menos uma vingancinha. Não era muito, mas…
Anahí tinha esperanças de que Alfonso pudesse sentir a energia de seu corpo flutuando até ele,
acasalando-se e misturando-se sobre a mesa, embora ele não a reconhecesse.
– Bem, o quão perto eu cheguei, Anahí ?
Não fazia ideia a respeito dele, mas ela mesma tinha chegado bem perto… de mergulhar em
cima dele por sobre a mesa.
Alfonso riu suavemente, autoconfiante, satisfeito consigo. Rapaz arrogante. Sem sombra de
dúvida.
– Quero dizer em relação à minha descrição do fim de semana.
– Você acabou de acertar o prego bem na cabeça – admitiu ela. – Mas não é uma reunião
familiar, e sim uma festa pelas bodas de 35 anos de meus pais.
– Bastante tempo.
– Eles estão muito felizes e são ótimos pais. Só um pouco antiquados e superprotetores. –
Curiosa, ela perguntou: – E os seus?
A risada isenta de humor de Alfonso informou que ela havia ultrapassado os limites. Mas ele
forneceu uma resposta vaga, muito embora tivesse servido apenas para deixá-la mais curiosa do
passado dele:
– Eles não chegaram nem às bodas de 35 meses, que dirá anos.
Quando ele ficou em silêncio, indicando que tinha terminado de falar sobre sua família, Anahí
ofereceu um pouco mais sobre a sua:
– Bem, quando eu disse superprotetores posso não ter ilustrado bem a situação. Meus pais têm
previsto meu estupro, extermínio ou assassinato desde o primeiro minuto em que me mudei para
cá.
– A perigosa cidade grande, hum?
– Isso mesmo. Eles preferem pensar que estou infeliz e solitária, assim podem jogar todos os
homens disponíveis em minha direção, na esperança de que um deles grude e eu volte para casa
em definitivo.
– Eu vou grudar – prometeu ele com um sorriso malicioso.
Sim, aposto que grudaria.
Aquela energia corporal sapateou um pouco sobre o centímetro no tampo da mesa entre os
antebraços deles. Mas de algum modo Anahí conseguiu manter-se distante o bastante para deixálo
logo a par do restante dos detalhes do fim de semana que estava por vir.
Exceto os pormenores relacionados a Sebastian. Ela preferia jogar fora mais 5 mil do que contar
àquele homem que bancara a romântica tola e estúpida. Ainda mais porque, durante as várias
semanas em que namoraram, Sebastian não a fizera sentir-se nem um pingo como agora, tudo com
um simples beijo e o som da voz cadenciada e sensual daquele homem sussurrando fantasia e
desejo.
– Acho que podemos fazer funcionar – afirmou Alfonso quando ela terminou. – Seremos capazes
de convencer sua família a parar de jogar homens em você… contanto que fiquemos bem
grudados.
Lambendo os lábios, Anahí o encarou, viu o calor nos olhos dele e soube que Alfonso formulara a
frase daquele jeito de propósito.
Droga, ele sabia muito bem o que estava causando nela. Cultivando em sua cabeça
pensamentos de noites grudentas, corpos suados e encontros quentes e selvagens sob as estrelas.
Fazendo-a se perguntar – talvez fazendo ambos se perguntarem – se a “atuação” deles não seria
mais convincente se os dois se conhecessem de fato… fisicamente… antes da viagem.
– Bem, então – disse Alfonso sem pressionar sobre o assunto, provando mais uma vez que era um
cavalheiro… ou meramente dono de tanto autocontrole quanto um santo –, está tudo combinado.
Vamos juntos de carro no sábado. Almoçaremos e passaremos a tarde na fazenda de seus pais, e
à noite seguiremos para a cidade para a festa no… Como se chama?
– Hotel dos Alces.
– Ahhh… Isso. Depois, passaremos a noite juntos e retornaremos a Chicago na tarde seguinte.
Passaremos a noite juntos. Ai, Deus do céu. Lá estava a palpitação cardíaca outra vez. Isso sem
mencionar os mamilos enrugados e a torrente de umidade na calcinha.
Se Alfonso iria seduzi-la, Anahí clamava aos céus para que ele simplesmente o fizesse, assim ela
poderia concluir se era fácil o suficiente para dizer sim após conhecê-lo há menos de um dia.
A pessoinha dinâmica no cérebro de Anahí , que a empurrara porta afora apesar dos protestos
dos familiares, lhe ofereceu enormes polegares para cima.
Anahí se retesou na cadeira, se esforçando para manter o tom frio e evasivo:
– Vamos para a parte da noite juntos, mas só porque iremos dormir sob o mesmo teto. Eu
ficarei no meu antigo quarto, no terceiro andar, sob as vigas; você, sem dúvida, estará no quarto
de hóspedes no piso principal, à maior distância de mim que meu pai conseguir colocar para
garantir que não haverá nenhum rala e rola.
Alfonso riu, aquela risada sensual e genuinamente divertida que soava tão natural quando
acompanhada pelo sorriso largo e bem-humorado.
– Rala e rola… Você quer dizer sexo?
Tanto eufemismo à toa.
– Sim.
– Isso significa que você não quer fazer sexo comigo?
Nossa, aquele homem era o que, um sádico? Abrindo o jogo daquele jeito e jogando a
responsabilidade sobre o que viria a seguir toda no colo dela?
A maioria os homens faria uma dessas duas coisas: diria que a desejava agora, assim
poderiam deixar a fachada de amantes bem mais realista; ou evitaria o assunto como uma praga,
na esperança de incitar a ideia ao longo do fim de semana, e então sugerir uma brincadeirinha
rápida de esconde-esconde no palheiro.
Anahí não pensou seriamente em uma terceira opção: que, apesar do que dissera, Alfonso não se
encontrava de fato interessado nela desse jeito. Anahí sabia que sim. Se a atração física fosse
uma coisa tangível, os dois estariam enterrados nela até a altura dos cotovelos.
– Anahí ? O gato comeu sua língua? – Alfonso a observava, a especulação emanando dele. A
expectativa também. Expectativa de verdade.
Ele não estava brincando, mas sim dizendo como as coisas funcionavam; e desejando que ela
fizesse o mesmo.
Apesar da sensação de estar na berlinda, Anahí tinha que admitir que gostava dessa
característica de Alfonso . Muito. Considerando o mentiroso que Sebastian se mostrara ser, ver-se
atingida pela verdade e nada mais que a verdade por aquele homem era revigorante.
– Não nego a atração – murmurou ela, enfim, encarando os olhos verdes-violeta, surpresa com o
brilho quase roxo que eles exibiam sob a luz baixa do bar.
Alfonso continuava a observá-la, sem dizer nada, correndo a ponta de um dedo pela borda do
copo. As mãos dele eram elegantes, fortes, mas não como as mãos maltratadas e bronzeadas dos
homens do campo que ela conhecia de sua cidade natal. A ideia de tê-lo usando-as em seu corpo
fez Anahí tremer no assento.
Seria fácil, tão fácil dizer que queria fazer sexo com ele. Poderiam sair dali e chegar à casa
dela em 40 minutos, e em sua cama três minutos depois. Anahí não tinha dúvida de que a noite
seria incrível. O simples fato de observar as carícias lentas e deliberadas do indicador dele na
borda do copo já reiterava isso.
Parte dela dizia-lhe que deveria ir em frente, que ela merecia isso depois do pesadelo com
Sebastian. Por que diabos não deveria agarrar uma aventura sensual quando poderia fazê-lo? Mas
outra parte, a maior delas, que não conseguia superar a culpa e a humilhação, nunca permitiria
que Anahí fizesse algo tão imprudente. De novo.
Pelo menos ele não é casado. Toda a promessa do leilão de solteiros já provava isso. No
entanto, Anahí ignorava quase tudo a respeito dele, inclusive onde ele morava de fato. E
envolver-se com alguém que ela não conhecia, ir ainda mais longe dessa vez fazendo sexo com
um quase desconhecido, estava simplesmente fora de cogitação.
Sabendo que Alfonso ainda aguardava por uma resposta honesta para a pergunta que fizera,
Anahí optou por ser o mais sincera possível. Então, encontrando o olhar dele, admitiu:
– Sim, eu gostaria de fazer sexo com você.
A mão dele parou no corpo, mas ele se manteve calado, como se soubesse que havia mais a
ser dito.
– Mas não farei. Eu mal o conheço, e simplesmente não faço essa coisa de sexo com
desconhecidos.
Implacável, Alfonso lhe ofereceu um sorriso pretensioso.
– Nesse caso, quanto tempo levará até deixarmos de ser desconhecidos? Segundo encontro?
Terceiro?
Homens… Típico. Mas um lado dela não podia evitar se sentir lisonjeado pela determinação
dele. Escondendo sua diversão, Anahí fingiu pensar no assunto.
– Hum… pelo menos o terceiro.
Alfonso assentiu e ergueu o dedo indicador, como se fazendo cálculos mentais.
– O três vem logo depois do dois – disse ela, o tom seco.
Alfonso não parou.
– Eu sei disso, céadsearc. Só estou tentando descobrir se conseguimos encaixar três encontros
entre hoje e sábado.
– Hoje é apenas terça-feira – disse Anahí , não muito certa se deveria rir da brincadeira dele
ou sentir arrepios de prazer diante da determinação absoluta de Alfonso em possui-la.
– E a noite passada? O fato de termos bebido um drinque juntos conta.
Ela balançou a cabeça e sorriu com doçura.
– Eu não bebi, lembra? A senhorita peitos grandes não me ofereceu uma bebida.
Ele franziu a testa.
– Ah, sim…
– Além disso, não acho que um drinque teria talhado a coisa toda como um encontro de
verdade. – Ela estava gostando daquilo, encurralando-o, embora Alfonso não tivesse percebido
aonde Anahí pretendia chegar.
Então ele entendeu. Parecendo preocupado, perguntou:
– Este conta, certo?
– Bem, não sei… Não é exatamente um jantar…
Sem um segundo de hesitação, Alfonso girou, captou o olhar da garçonete e disse:
– Poderia, por favor, nos trazer dois do primeiro prato que estiver listado no cardápio do jantar?
A mulher franziu a testa.
– Não temos um cardápio de jantar. Apenas aperitivos e petiscos.
Retorcendo a boca ao tentar conter um sorriso, Anahí murmurou:
– Que pena…
– Traga um de cada do primeiro item, então – solicitou Alfonso à mulher.
Uma vez que ela saiu, ele se voltou para Anahí .
– É hora do jantar, e, mesmo que seja uma besteirinha, como um pedaço de queijo com
biscoito, estou contando qualquer coisa que você colocar na boca.
Pelo jeito como Alfonso fixou o olhar nos lábios dela, de repente Anahí pensou em uma série de
coisas que gostaria de colocar ali. A começar pela língua dele. E descendo pelo corpo de Alfonso
até as partes variadas e interessantes que ela não conseguia enxergar por estarem sob a mesa.
– Tudo bem – admitiu ela, o divertimento agora temperado por uma camada bem densa de
consciência física. – Este é o número 1.
Assentindo, ele ergueu sua cerveja para um brinde.
– Brilhante. Faltam dois.
Anahí levantou sua taça de vinho também, observando Alfonso por sobre a borda. Imaginando se
ele conseguia tolerar um pouco de tortura da mesma forma que era capaz de proporcioná-la, ela
murmurou:
– Mas estarei muito ocupada amanhã à noite, e na sexta-feira terei de trabalhar até tarde.
– Quinta-feira, então. – Ele ficou sério. – Deixe-me levá-la para sair, para o jantar íntimo que
ofereci no leilão.
– Você não precisa fazer isso, Alfonso . Sei que o coloquei na berlinda no que diz respeito ao fim
de semana. Não espero que também me leve para um restaurante refinado.
– Eu quero levar. – Alfonso esticou o braço e cobriu a mão dela com a sua. – Se não houver outro
motivo, que pelo menos seja pela oportunidade de vê-la usando aquele vestido amarelo bonito
outra vez.
Anahí ficou encarando as mãos de ambos sobre a mesa de madeira, notando a frieza da pele
dele, a elegância dos dedos, as unhas benfeitas, o relógio caro.
Como Alfonso conseguia manter tudo aquilo com o salário de paramédico ela não sabia. Alfonso
parecia um rico príncipe estrangeiro. A julgar por algumas coisas que ele conMaite sobre sua
família, ela teve que se perguntar se Alfonso seria descendente de um clã endinheirado e apenas
escolhera fazer algo que ninguém esperara. Da mesma forma que ela.
Então Anahí olhou para as próprias roupas – a camisa do uniforme, a marca de baba, a
mancha de tinta – e suspirou. Como seria incrível se ela de fato pudesse jogar fora a identidade
que usava em Chicago, a garota boazinha e agradável de uma cidade do interior que cuidava dos
filhos de pessoas ricas, e se tornar uma companhia compatível para aquele homem
mundanamente sensual…
– Diga que sim – insistiu ele, percebendo que a indecisão dela. – Por favor, Anahí . Eu
concordei com o fim de semana. O mínimo que você pode fazer é se juntar a mim para jantar.
Arrumar-se e sair para um lugar especial com Alfonso soava irresistível. Sobretudo quando ele
pedia a ela com aquele tom baixo, íntimo, com o sotaque sexy dando mordiscadas sensuais em
cada uma de suas defesas.
– Vamos.
– Está bem – acabou murmurando Anahí , perguntando-se se teria tempo para comprar mais
um vestido. – Terça-feira.
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Autor(a): Erika Herrera
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
Para comentar, você deve estar logado no site.
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debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02
Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!
-
franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23
vixi... ;(
-
franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12
q bom que ela contou a verdade...
-
franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26
nossa..
-
franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41
EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA
-
franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16
amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK
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Postado em 08/10/2015 - 09:10:16
amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29
To atrasadinha pra variar kkkkk
-
franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55
*.*
-
vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40
POSTAAAA POR FAVORRRRR