Fanfics Brasil - 18♡ Tensão AyA

Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 18♡

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– O PAPAI viu sua foto no site do jornal de Chicago. Você paga repórteres para ficarem

estampando sua cara nas colunas sociais só para enfurecê-lo?

A irmã de 20 anos de Alfonso  nem mesmo o cumprimentou quando ele atendera à sua ligação na tarde de terça-feira. Ela simplesmente fora direto ao assunto, o divertimento envolvendo seu tom.

– Olá para você também, Camila.

– Um leilão de caridade de solteiros? Pensei que ele fosse engasgar com os biscoitos esta

manhã!

– Papai está bem? – perguntou Alfonso , preocupado a contragosto.

O velhote era terrível, mas Alfonso  não queria ver o pai doente; apenas que ele admitisse que, só

porque fornecera o sêmen que engravidara a mãe de Alfonso , e a subornara para se manter longe

da vida do filho, isso não signifacava que ele era dono de sua mente, seu corpo e sua alma.

– Ele está bem. Tagarelando e resmungando pela casa, perguntando-se por que você ainda não

abriu mão desse estilo de vida idiota e voltou para casa para “tomar seu lugar de direito” na

família.

– Isso nunca vai acontecer. – Alfonso  passou a mão pelo cabelo, frustrado. Sentou-se na beira da

cama, uma monstruosidade king size que só podia ser encontrada nos Estados Unidos mesmo, que

dominava o quarto da elegante suíte do hotel. – E eu pensando que ele se daria conta disso depois

de todo esse tempo.

– Ah, tenho certeza de que deu conta, sim… Papai morre de saudade de você. Só que é

orgulhoso demais para admitir isso.

Sem dúvida. O pai era antiquado, de ponta a ponta, e se recusava a admitir derrotas. Sempre.

Alfonso  sabia disso desde sua infância na propriedade da família em County Wicklow. A tradição

era tão profunda e sólida quanto as paredes de pedra da casa da família Herrera. O ar entre elas

tinha o cheiro dos 200 anos de história da construção, e carregava o peso de uma

responsabilidade que sufocara Alfonso  desde o momento em que atingira idade suficiente para

compreeder as palavras “nosso sobrenome”.

No entanto, foi só quando completou 21 anos e aprendeu o quanto seu pai poderia ser exigente

que percebeu que teria de fugir. Porque naquele aniversário seu pai lhe informara que havia lhe

arranjado um casamento.

O pai de Alfonso  e o amigo mais antigo dele tinham combinado uma união entre seus filhos antes

mesmo de as ditas crianças ao menos darem seus primeiros passos, como se fossem um par de

reis feudais da Idade das Trevas.

Aquilo ainda o deixava confuso.

– Você acha que papai aprendeu a lição? – perguntou Camila  soando quase hesitante. – Quero

dizer, farei 21 anos no outono. E o irmão caçula de Maureen, James, continua solteiro.

Maureen era a suposta noiva de Alfonso , que, ele soube depois, se casara alguns anos atrás e

estava muito feliz, morando em Galway .

– James era um valentão idiota quando éramos crianças. Papai não faria…

– Diabos, não, não faria! – rebateu Alfonso . – Ele pode não ser capaz de admitir que foi um

teimoso obstinado em relação a mim, mas não é tolo o suficiente para expulsar você também.

Pelo menos, Alfonso  esperava que não.

– Se ele fizer isso… Posso morar com você, não posso?

Alfonso  não tinha espaço para uma garota de 21 anos. Nem mesmo uma casa de verdade…

Apenas alguns apartamentos em diferentes cidades do mundo, nada que se assemelhasse a

estabilidade. E não acreditava ser capaz de fazer Camila  feliz. Ao contrário de Alfonso , que sempre

fora desesperado para sair de casa, sua irmã caçula se sentia nas nuvens quando cavalgava ou

socializava com os amigos ali mesmo, em Wicklow.

No entanto, ele nunca diria não a ela.

– Não vai chegar a esse ponto; mas, sim, Camila . Sempre terei lugar para você, caso precise.

Ela não iria precisar. As pessoas aprendiam com seus erros, não? O pai deles não iria arriscar

perder Camila  também, não depois que vira Alfonso  abandonar a casa ancestral três dias depois de

completar 21 anos. Após dizer ao pai o que ele poderia fazer com o horroroso anel antigo que o

filho deveria ter dado à sua “noiva”, Alfonso  foi embora.

Nos sete anos seguintes, o pai tenMaite diferentes táticas para fazê-lo retornar à sua influência

patriarcal. Usara de ameaças, blefes, notícias falsas sobre sua saúde. Ele até mesmo pagara aos

jornais para que publicassem um anúncio de noivado, esperando que o constrangimento fizesse

Alfonso  voltar para casa.

Alfonso  não cedeu. Ele possuía um pequeno fundo fiduciário no qual o pai não conseguira intervir.

Não era uma fortuna, mas o suficiente, pelo menos para começar uma vida nova, e era isso o

que ele estava determinado a fazer. Queria ver o mundo, explorar, experimentar tudo.

Encontrar sua mãe.

Curioso, pois esse encontro, que era o que seu pai mais temia, foi o que abrandou a atitude de

Alfonso  para com ele mais do que qualquer coisa. Ao encontrar sua mãe, Alfonso  compreendeu a

verdade. Alfonso  ouviu de seus lábios que, quando ele era criança, ela não conseguia pensar em

nada além de satisfazer seu vício em drogas. Que ela, na época, era um risco para qualquer um

ao seu redor; que se dera conta de que o pai de Alfonso  fizera a coisa certa.

Um dia, Alfonso  diria isto ao seu velho. Se um dia voltasse a vê-lo. Mas, pelo andar da

carruagem, isso não aconteceria logo.

– Eu poderia ir agora, Alfonso . Amo seu apartamento.

– Eu quase nunca fico lá, querida. – Ele disse isto de forma amável, para não magoá-la,

mesmo se seu cérebro ficasse entorpecido por essa ideia. – E você seria infeliz na cidade.

Camila  conhecera o apartamento dele em Londres, embora não fizesse ideia de que ele possuía

um em Paris e outro em Nova York. Isto sucitaria muitas perguntas sobre como Alfonso  conseguia

bancar tal estilo de vida. Perguntas às quais ele não se encontrava pronto para responder.

Ele estava bem de vida agora, mas enfrenMaite certa dificuldade no início. No entanto, era

muito determinado a ser independente e nunca voltar para casa. E Camila  sabia disso.

Vivendo com simplicidade e sendo cuidadoso com seu dinheiro, Alfonso  não precisara do pai.

Assim, a tática de fazer ameaças fora facilmente contornada.

As ameaças também não o fizeram mudar de ideia, nem a culpa, nem nenhum senso de dever

familiar. Se ele devia algo aos restos mortais das seis gerações no jazigo da família Herrera, eles

eram bem-vindos para virem pessoalmente e chamarem-no ao dever. Até lá, Alfonso  não devia

nada a ninguém, e não havia nada que seu pai pudesse fazer para que ele retornasse.

Exceto encenar um problema de saúde.

Alfonso  embarcara em um avião para voltar à Irlanda um ano depois de ter ido embora, assim

que ficou sabendo do infarto do pai. Então sua irmã adolescente lhe telefonou e disse que era

uma farsa, que se ele aparecesse iria entrar na própria festa de noivado.

Velho canalha manipulador!

Aquilo foi a gota d’água, o acontecimento que levou Alfonso  ao limite. A atitude do pai de

infernizá-lo fazendo-o pensar que estava à beira da morte apenas para provar seus argumentos

sobre as reivindicações de Alfonso  foi completamente ignorada. O incidente fizera Alfonso  perceber

que, se desejava vida própria, teria que se separar tanto do seu velho eu que nunca mais haveria

como recuar.

E foi isso o que fez. De cidade em cidade. De emprego em emprego. De mulher em mulher.

Começando por Cingapura.

Ao longo do caminho, Alfonso  descobrira algumas outras coisas nas quais era bom, além de

entreter mulheres ricas. E superara sua necessidade de chocar o pai e tirá-lo de seu caminho. Se

o velho se desse o trabalho de saber a verdade, descobriria que empresas de muitos países

contratavam Alfonso  como intérprete, para fechar acordos, negociar e verificar se os costumes

locais eram seguidos. Ele era um empresário internacional, pura e simplesmente.

Que seu pai pensasse que ele se prostituía rumo ao seu primeiro milhão. Alfonso  sabia que não

era verdade. E não dava a mínima para tentar convencer ninguém mais.

– Então… Por quanto você foi arrematado? – Camila  quis saber.

– Cinco mil.

Ela gritou:

– Dólares?!

– Bem, eles não usam euros em Chicago, irmãzinha. – Ele riu, considerando que a surpresa

dela não fora por o preço ter sido alto, mas por ter sido baixo.

– Você está perdendo seu charme. Decerto ela não sabia que disputava o sr. Misterioso

Internacional.

– Sim, sou eu, James Bond. – O sorriso de Alfonso  se alargou quando ele se lembrou da primeira

conversa com Anahí .

– Eu estava pensando mais em Austin Powers. – A risada de Camila  não teve nenhuma

maldade, só um pouco de provocação de irmã caçula. E talvez uma pitada de curiosidade.

Camila  não sabia muito sobre a vida de Alfonso , e era assim que ele queria que fosse.

Felizmente, o pai deles não parecia perceber que Alfonso  desejava proteger Camila  da verdade.

Esse seria o tipo de chantagem que poderia ter funcionado. Por isso Alfonso  cuidava para que os

telefonemas para Camila  fossem frequentes, com troca amigável de mensagens e alguns

encontros ocasionais fora da cidade, longe dos olhos do pai.

– Como está sua mãe? – perguntou ele, mudando de assunto.

– Rica, infeliz e bebendo martínis ao meio-dia. E a sua?

– Pobre, feliz, limpa e sóbria. – Finalmente.

– Isso soa bem. Dinheiro não compra felicidade.

Conhecendo o gosto da irmã por grifes, ele deu risada.

– Não, mas você não duraria um dia sem seu cartão ilimitado.

Nem a madrasta de Alfonso . Ao passo que sua mãe, que outrora se permitira ser subornada para

ignorar a existência de seu único filho por causa de suas escolhas e estilo de vida ruins, agora não

aceitaria nem um centavo oferecido por ele, e estava perfeitamente feliz na sua vidinha de artista

morta de fome em San Francisco.

Havia uma lição nisso.

Após conversar por mais alguns minutos, Alfonso  se despediu da irmã e desligou. Ao consultar o

relógio, enviou um agradecimento mental a Camila  pelo telefonema. Pelo menos ela o distraíra

um pouco.

Mas como ele iria preencher o restante do dia, aguardando para ver Anahí  outra vez? O dia

anterior fora agitado com reuniões profissionais… apenas assuntos financeiros, nenhum tipo de

negociação social. Embora ele pudesse ter encontrado diversas mulheres ávidas por sua

companhia nessa viagem, a única que lhe interessava encontrar era a loira sensual que o

comprara para o fim de semana. A única que ele não iria ver pelas próximas horas.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02

    Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23

    vixi... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12

    q bom que ela contou a verdade...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26

    nossa..

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK

  • Postado em 08/10/2015 - 09:10:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29

    To atrasadinha pra variar kkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55

    *.*

  • vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40

    POSTAAAA POR FAVORRRRR


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