Fanfics Brasil - 26♡ Tensão AyA

Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 26♡

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– Era ele, certo? Droga, não tive como dar uma boa olhada…

Apressando-se para recolher os poucos brinquedos restantes espalhados na sala, Anahí 

assentiu.

– Sim, era.

– O que ele queria? – Parecendo feroz, a amiga afirmou: – É melhor que aquele cara não

tenha um resgate para fazer, não na noite anterior à suposta viagem de vocês!

Feroz, impetuosa e extravagante. Isso descrevia Maite.

– Não, não tem. Alfonso  só quer conversar e ter certeza de que nossa história vai estar

sincronizada.

– Esperto. – Maite sorriu. – Você pode querer transar com ele também, só para se certificar de

que estão bem confortáveis um com o outro. Ou pelo menos beijá-lo, porque, imagino, você não

vai querer ser surpreendida com náuseas ou coisa assim se o camarada beijar mal.

Anahí  não havia contado a Maite sobre seus dois encontros com Alfonso . Embora costumasse

contar tudo à amiga, aquela coisa toda era simplesmente recente demais, particular demais, para

ser compartilhada com amigas.

– Transar com ele está fora de questão – disse ela. Pelo menos até domingo. – E Alfonso  não beija

mal, de jeito nenhum.

Foi só então, quando ouviu uma tosse masculina abafada atrás de si, que Anahí  percebeu que

elas não estavam mais a sós. Lançando um olhar para Maite que prometia punição extrema,

Anahí  se virou bem devagar e deparou com Alfonso  parado do lado de dentro, à soleira. Decerto ele

ouvira cada palavra que ela dissera.

Infelizmente as mesas da Baby Daze eram muito menores que as do hotel. Então não havia

jeito de se enfiar embaixo delas para fugir da humilhação daquele momento.

– A porta estava destrancada – explicou Alfonso , os olhos brilhando.

Sim, sem dúvida, ele ouvira.

– Tudo bem, nós já estamos acabando – disse Maite ao caminhar em direção a ele, estendendo

a mão. – Sou Maite. Eu estava no leilão também. Por isso sei quem você é, o que significa…

hum… se você tentar qualquer coisa desagradável, vou colocar a polícia em seus calcanhares

como um caçador soltando seus cães.

– Vá embora, Maite – grunhiu Anahí , sem sequer dirigir um olhar à amiga.

– Bem, então, agora que você foi avisado, foi um prazer conhecê-lo. – Maite abriu um sorriso

imenso para Alfonso , como se não tivesse acabado de ameaçá-lo com lesão corporal. Antes de sair,

entretanto, voltou-se para Anahí . – Você estava certa. O brinco é bem sexy. – E seguiu porta

afora.

Anahí  a seguiu, evitando o momento em que teria que encarar Alfonso  e ver o sorriso estampado

em suas feições. Trancando a porta, ela apagou as luzes principais, que escureceram o letreiro lá

fora, assim como as lâmpadas fluorescentes do teto. Por fim, quando não tinha mais motivos

para procrastinar, virou-se para encarar a situação.

A imensa sala de brinquedos na qual se encontravam estava praticamente mergulhada na

escuridão, permanecendo mal iluminada pelas luzes que vinham do escritório e da cozinha. Não

estando mais reluzente e acolhedor, o cômodo se tornou uma caverna disforme de sombras,

cortada aqui e ali pelo amarelo intenso da casa de bonecas ou pelas bolas de plástico coloridas

empilhadas na imensa piscina de bolinhas, onde as crianças adoravam brincar.

– Quer dizer que eu não beijo mal, é? – Ele se aproximou.

Chegou perto o suficiente para Anahí  sentir seu calor, embora não tivesse conseguido enxergálo

quando os olhos se adapMaitem à mudança na iluminação.

– Estou aliviado por saber que não lhe causo ânsia de vômito.

Baixando a cabeça, Anahí  suspirou e cerrou as pálpebras.

Alfonso  lhe tocou o queixo, roçando os dedos na pele como se estivesse saboreando a maciez,

então ergueu a cabeça dela e murmurou:

– Mas por que, se é que posso perguntar, “transar comigo” está fora de questão?

– Não era para você ter ouvido isso.

– A pergunta permanece.

– Terceiro encontro, lembra? Somos quase desconhecidos.

Era verdade, mas ela precisava ser honesta consigo. Já tinha certeza de que conhecia o caráter

dele muito bem… e o desejava com um desespero que a fazia queimar até o âmago.

– Estou firme à promessa do terceiro encontro, Anahí . E vim aqui para sanar o problema de

sermos estranhos. Mesmo que você não seja capaz de discutir sobre isso por muito tempo mais…

Discutir? Ela estava discutindo? Não, ela apenas erguia algumas defesas mínimas, sabendo

que, se não o fizesse, estaria se jogando nos braços dele, implorando para que Alfonso  a conhecesse

do jeito mais elementar possível.

Havia suco e biscoitos na cozinha da creche. Será que isso contava como um encontro?

Como se sabendo o quanto podia pressioná-la, como manter os sentidos de Anahí  aguçados e a

guarda baixa, Alfonso  recuou e olhou ao redor.

– Pronta para nossa conversinha?

– Aqui? – Anahí  se espantou por ele ter se afastado sem beijá-la, e se perguntou se Alfonso  seria

capaz de ler sua decepção.

– Eu saberia algo sobre seu trabalho, não é?

O Sebastian verdadeiro não sabia nada sobre o trabalho de Anahí , além do fato de que a creche

era um ótimo lugar para paquerar uma mulher solteira. E que, talvez, se ele tivesse sorte, poderia

fazer sexo com a proprietária e conseguir um desconto para seu filho.

Não que Anahí  fosse contar isso a Alfonso .

– Então você é dona deste lugar?

– Sim. Na verdade, sou dona do prédio, mas tenho um arrendamento de longo prazo que me

permitiu fazer todas as reformas de renovação.

– E sem dúvida é bem-sucedida.

– Acho que sim. Sem dúvida mais do que qualquer pessoa esperou que eu fosse.

– O que se esperava de você? – Caminhando pela sala enquanto aguardava pela resposta, Alfonso 

examinava os desenhos infantis, feitos com giz de cera, pendurados na parede ao lado de pinturas

coloridas retratando contos de fadas emolduradas.

– Meus pais tinham certeza de que minha licenciatura em educação infantil me preparava

para ser uma ótima mãe. – Seu tom não poderia ser mais seco nem se Anahí  estivesse com a

boca cheia de areia.

– Eles não faziam ideia de que você ia embora?

Frustrada, Anahí  correu os dedos pelo cabelo loiro a fim de ajeitá-lo.

– É claro que sabiam. Durante anos eu lhes disse que planejava partir, ver o mundo, morar

sozinha.

– Eles simplesmente não acreditaram.

– Pois é. Porque eles também sabem que eu de fato desejo as coisas que eles querem para

mim: casamento, família. Só não quero que seja sob as condições deles.

Alfonso  enrijeceu um pouco, como qualquer solteiro determinado faria ao ser confrontado com

palavras apavorantes como casamento e família.

Anahí  não se ofendeu. Desde o momento em que conheceu Alfonso  Herrera, não teve ilusões

sobre o tipo de homem que estava levando para casa para conhecer seus familiares… um

homem do mundo que não se encaixava na sua vida de jeito nenhum. Pelo menos não em longo

prazo.

Mas nesse fim de semana, especialmente depois do terceiro encontro, todas as apostas

estariam suspensas.

– Familiares parecem sempre querer as coisas do jeito deles – admitiu Alfonso , quase num

sussurro, como se a penumbra do ambiente indicasse a necessidade de quietude.

Percebendo que não havia nenhuma cadeira de tamanho normal ali para sentar-se, apenas

cadeirinhas de plástico que jamais suportariam seu peso, Anahí  disse:

– Preciso trancar meu escritório. Por que não vamos conversar lá?

Alfonso  a seguiu, sentando-se no assento que ela apontou, do outro lado da mesa dela. Era boa

para um visitante normal: um pai ou mãe preocupado conhecendo o lugar, um candidato a um

emprego na creche. Porém, não era nem de longe adequada para o homem imenso e largo que

parecia preencher o cômodo inteiro com sua presença.

Alfonso  não vestia jeans e camisa abotoada essa noite, ou um terno de aparência ridiculamente

cara como aquele que ele usara no jantar. Em vez disso, opMaite por calça sob medida e uma

blusa cinza justa de manga curta, com o corte de uma blusa normal, porém feita de um tecido

cintilante que informava que ela não havia saído de uma sacola plástica de uma loja barata.

Anahí  estava vestindo sua calça cáqui de sempre e uma camisa polo manchada da Baby Daze.

Quem disse que eles não pareciam combinar?

Quem se importa? É apenas por um fim de semana.

– Só de olhar fica óbvio que você transformou isto num grande sucesso – disse ele, enfim,

observando o escritório, notando os certificados e as licenças na parede. – Sua família deve

reconhecer isso.

– Você que pensa.

– Bem, então teremos que convencê-los de que você pelo menos se saiu bem nas suas escolhas

em relação a homens.

Aquilo a fez bufar alto.

Alfonso  se recostou na cadeira, esticando as pernas longas, e cruzou os braços.

– Falando nisso, qual é a minha profissão?

– Eu não mencionei para eles.

Alfonso  assentiu, pensando no assunto.

– Que tal… mecânico? – Os olhos dele brilharam, e Anahí  se lembrou da primeira conversa

entre os dois.

Ela empinou o queixo, num desafio.

– Você conhece uma chave soquete?

– Bem pensado. Hum… Pediatra?

Ela sorriu.

– Eu notei o jeito como você olhou para as crianças.

– Gosto de crianças – protestou ele, soando indignado… mas não muito honesto.

– No espetinho?

A gargalhada dele enviou um formigamento por todo o corpo de Anahí . Ela gostava daquela

risada. E do sorriso dele. E do jeito como aqueles olhos se iluminavam quando Alfonso  se divertia.

– Pego no flagra. É assim que se diz? Acho que vi os monstrinhos e logo me perguntei se

precisaria vestir equipamento de proteção para vir resgatá-la.

Anahí  franziu a testa.

– As crianças são adoráveis.

– Elas são pegajosas.

– São amáveis – insistiu Anahí .

– São barulhentas.

– São leais.

– São baixinhas.

– Ah, tudo bem… – Anahí  sorriu, para acompanhar a guerrinha ridícula de superioridade. –

Elas são todas as opções acima. Mas eu as amo de qualquer forma.

– Percebi isso.

Alfonso  a analisou intensamente, a expressão quase… afável… se é que isso fazia algum sentido.

Ainda mais considerando o óbvio desinteresse dele por crianças. Então aquele queixo forte se

empinou e Alfonso  disse:

– É claro, é o filho dos outros. Não imagino que meus filhos… se eu fosse ter algum um dia,

algo que duvido muito… seriam grudentos, barulhentos ou baixinhos.

Com isso, Anahí  se recostou no espaldar e soltou uma gargalhada.

– Você é um pretensioso, não é?

A surpresa fez a mandíbula dele tremer.

– Não sou nada disso.

– Um pouco pretensioso. E mimado.

– Talvez antes tenha sido – admitiu ele. – No entanto não mais.

Os olhares se sustentaram, e Anahí  sentiu a intensidade em Alfonso . 


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02

    Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23

    vixi... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12

    q bom que ela contou a verdade...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26

    nossa..

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK

  • Postado em 08/10/2015 - 09:10:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29

    To atrasadinha pra variar kkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55

    *.*

  • vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40

    POSTAAAA POR FAVORRRRR


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