Fanfics Brasil - 3♡ Tensão AyA

Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 3♡

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UM LANCE. Ele fora “adquirido” após apenas um único lance que emergira da boca de uma

loira aos fundos do salão. Alfonso  Herrera não foi o homem mais caro da noite… o camarada antes dele, um paramédico chamado Jake, levara o crédito por essa distinção. Mas tinha certeza de que ninguém levara um lance de 5 mil antes mesmo de o leiloeiro abrir as ofertas.

Esse fora o único consolo de uma noite ridícula. Isso e o fato de ele pelo menos não ter sido

“vendido” por menos do que alguns dos bobalhões ofertados mais cedo.

– Obrigado mais uma vez, sr. Herrera, por concordar em nos ajudar hoje. Arrecadamos uma

enorme quantia de dinheiro. Há muitas crianças nos abrigos de Chicago que terão um Natal

muito melhor neste inverno.

Alfonso  assentiu para a mulher que coordenava o evento beneficente. Ela parecia exausta, mas

era bonita, tinha cabelo negro e chamava-se Noelle não sei do quê. Estava tentando manter as

coisas num ritmo profissional, cortês e educado, evitando principalmente a confusão que ela

previra, considerando as atividades agendadas para a noite.

– O prazer é meu.

Vendido diante de uma plateia de mulheres. A percepção de que havia ido até o fim com

aquilo, com seu nome e sua fotografia tendo circulado por causa do evento, foi o suficiente para fazê-lo suspirar, já sabendo da reação que provavelmente receberia do pai.

O velho sempre lia os maiores jornais e websites, vigiando o mercado financeiro de sua terra

natal, a Irlanda. Então se aquilo aparecesse nas colunas sociais, Alfonso  ganharia mais uma rodada de torpedos e e-mails com “Você é uma desgraça, volte para casa, peça desculpas, seja

perdoado e faça exatamente o que quero que você faça”.

– A quem devo agradecer por tê-lo convencido a participar? – perguntou Noelle.

Hum. Alfonso  se perguntava o que a mulher diria se soubesse que ele fora solicitado a participar

por uma das esposas entediadas e ricas de Chicago, a quem visitava vez ou outra quando estava nos Estados Unidos. Agora era só uma amiga, mas ela fora sua primeira “cliente” quando Alfonso  a conhecera, seis anos atrás, em Cingapura. O marido dela contratou Alfonso  para acompanhá-la e mantê-la em segurança e… ocupada. Ele não tinha entendido essa parte muito bem até a mulher seduzi-lo. No fim, todos ficaram felizes com o acordo. O empresário tirou a esposa de seu pé, de modo que pudesse tocar seus negócios. A mulher ganhou os serviços sexuais de um rapaz de 22 anos um tanto inexperiente, porém muito interessado em aprender, que terminou perdidamente apaixonado por ela. Alfonso ganhou uma experiência inestimável, sexual e emocionalmente, considerando o jeito delicado como fora abandonado no fim. E saiu da situação com muito dinheiro. Muito mesmo.

– Sr. Herrera ? – A organizadora do leilão ainda aguardava pela resposta dele.

Será que a mulher que o arrematou, tal como muitas mulheres, compreenderia

imediatamente… ou pensaria ter compreendido? Será que ela zombaria dele? Proporia

casamento? Apalparia seu corpo? Ou lhe daria um gelo? Ele havia lidado com todas essas

situações. Durante os anos que passara viajando por quase o mundo todo, conhecendo pessoas –

conhecendo mulheres –, Alfonso  encontrara todo tipo de reação ao seu estilo de vida. Não que muitas pessoas conhecessem de fato a verdade sobre o estilo de vida dele. Ou a respeito dele. Mas Alfonso  não podia negar que havia certo preconceito, uma preconcepção a respeito do que ele fazia.

Algumas vezes Alfonso  corrigia essas suposições. Outras, não. Em geral, não se dava o trabalho de explicar. Muito menos para uma completa estranha.

Assim, simplificou as coisas:

– Eu soube por uma amiga, e quis ajudar do jeito que pudesse.

Noelle sorriu, aceitando de pronto a explicação.

– Que ótimo. Alguns de nossos solteiros foram torturados por suas irmãs, colegas de trabalho…

esse tipo de coisa.

Alfonso  sentira que o camarada vendido antes dele, o paramédico, fora um desses. Ele parecera

tão desconfortável em seu smoking quanto Alfonso  teria ficado se estivesse usando macacão e chapéu de palha. Ou pior, se estivesse em uma sala de aula, cercado por crianças birrentas. Smokings? Ah, ele lidava muito bem com eles. Considerando o nível de sua família, Alfonso  suspeitava ter usado um sobre as fraldas antes mesmo de aprender a engatinhar.

– Organizamos uma pequena recepção na sala ao fim do corredor para os lances vencedores e

seus solteiros, para que se conheçam e troquem informações.

O-oh… Marcar encontros. Trocar números de telefone. Conversar sobre métodos contraceptivos favoritos. Droga, talvez ele simplesmente estivesse cansado. Sem dúvida, definitivamente estava cansado. Ainda assim, supunha que algumas das mulheres presentes ali essa noite não esperassem mais do que uma noite agradável em troca do apoio a uma instituição de caridade digna. Mas nem todas. Sem chance.

– Se me der licença, preciso voltar ao trabalho – disse a organizadora do leilão, a atenção

voltada para uma voluntária confusa que contava pilhas de dinheiro em um cofre.

Diante dela, tamborilando os dedos com impaciência, se encontrava a morena baixinha,

porém curvilínea, que havia pago uma quantia exorbitante pelo solteiro vendido antes dele.

Ela era atraente. Muito. E jovem também. O que deu a Alfonso  esperanças sobre a própria

perspectiva. Não muitas, no entanto, dadas as olhadelas que ele dirigira à plateia quando estava

no bastidores, formada sobretudo por mulheres que pareciam muito mais velhas… e muito mais

desagradáveis.

– Tenha uma boa noite – disse Noelle quando se afastou.

Alfonso  murmurou um agradecimento e seguiu para onde ela havia indicado. Era bom resolver

isso logo. Queria dar uma boa olhada na mulher com quem passaria uma noite no fim de

semana, em vez de meramente se contentar com o vislumbre obscuro que tivera da cabecinha

loira de seu lugar no palco bem iluminado.

Descobrir o tipo de noite que ela esperava que ele fosse lhe fornecer não era muito difícil. Se

tivesse de adivinhar, Alfonso  diria que levaria não mais do que 30 segundos para determinar se ela sabia ou não quem estava levando naquele lance. Considerando o modo como a mulher oferecera uma enorme quantia sem nem mesmo ter havido um lance inicial por parte do leiloeiro, Alfonso  suspeitava saber a resposta. Ele tinha a

sensação de que era por isso que ninguém havia coberto o lance dela. Considerando o que

acontecera com o solteiro precedente, a mulher simplesmente assustou a concorrência, que

decerto reconhecera na voz dela a mesma nota de determinação que Alfonso  detectava. Então era bem provável que a mulher tivesse ouvido rumores a respeito dele. Sobre quem realmente era, de onde tinha vindo de fato e sobre o que na verdade ele fazia da vida. Alfonso  duvidava, no entanto, que tais boatos se assemelhassem à verdade em qualquer instância. Desse modo, tinha esperança de que ela não tivesse despendido uma pequena fortuna por achar

que aquilo lhe garantiria um lugar no travesseiro dele no dia seguinte. Nada era capaz de garantir isso. Nada, a menos que Alfonso  estivesse bem e verdadeiramente excitado. Não importava quem fosse a mulher ou o saldo em sua conta corrente. Se ele não se sentisse atraído por ela, seus serviços se limitariam a acompanhante em eventos sociais, guia turístico ou até mesmo, vez ou outra, guarda-costas. Apesar do que qualquer pessoa achasse. As mulheres mimadas. Seus maridos velhos e ricos que queriam mantê-las “ocupadas”.

Ou até mesmo o pai de Alfonso .

Erguendo as defesas, ele adentrou a saleta, onde casais conversavam baixo nos cantos escuros

e perto do carrinho de bebidas. Algumas das mulheres riam, felizes, e alguns dos sujeitos se

contorciam sob tamanha atenção. Um quarto das “vencedoras” era ao menos duas décadas mais

velha que seus acompanhantes, mas tinham feito cirurgias plásticas o suficiente para reduzir essa

diferença em dez anos. Apenas um punhado de casais parecia estar de fato tendo uma conversa normal; ou seja, uma que não envolvesse a tentativa por parte da vencedora rica de levar o acompanhante que oferecera um piquenique no parque para o andar de cima, a uma das luxuosas suítes do hotel. Alfonso  permitiu que seu olhar passeasse pelo cômodo, crente de que reconheceria a tonalidade do cabelo de sua vencedora, mesmo sabendo que ele exibira um brilho mais dourado sob as luzes do salão.

Foi quando ele a viu. Uma mulher, sozinha.

Ela era loira. E era jovem. Jovem de verdade, não uma juventude falsa. E, quando se aproximou, Alfonso  percebeu que era bonita. Muito bonita, com rosto jovial, olhinhos arregalados, a

típica mocinha até nas sardas que ele suspeitava cobrirem seu nariz arrebitado sob a maquiagem.

Ela não era linda de morrer, e não tinha o visual predatório de uma loba rica, o que significava

que poderia de fato ter personalidade.

Aquilo talvez desse certo. A menos que ela abrisse a boca e soasse como uma daquelas

palermas descerebradas cuja ideia de moda e bom gosto vinha direto das princesas dos tabloides que infectavam Holly wood.

Mas ele duvidava que isso fosse acontecer. A julgar pelo vestido delicado de seda amarela,

pelo penteado simples, curto, preso no alto com uma faixa cintilante amarrada na nuca, e pelas

joias simples, Alfonso  suspeitava que aquela jovem fosse muito mais natural que isso.

Então ela o viu. Quando aqueles lábios rosados se entreabriram num arfar, e os olhos azuis

delicados, da cor das flores centáureas que cresciam livremente em sua terra, Wicklow, se

fixaram nos dele, Alfonso  soube acertara.

Porque ela estava tensa.

Aquela jovem não era, de forma alguma, a predadora que ele esperara conhecer.

E nesse instante Alfonso  a considerou muito, muito atraente. O que de súbito o fez pensar que talvez aquela coisa maluca de leilão não tivesse sido uma ideia tão ruim, afinal.


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Autor(a): Erika Herrera

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– BOA NOITE – murmurou Alfonso  quando se pôs ao lado da mulher que o havia comprado por uma noite. – Desculpe por deixá-la esperando. – Você tem sotaque! Ele riu baixinho. – Talvez você seja a pessoa com sotaque aqui. – Ai, Deus, isso foi incrivelmente rude, não foi? – Ela estendeu a m&atild ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02

    Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23

    vixi... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12

    q bom que ela contou a verdade...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26

    nossa..

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK

  • Postado em 08/10/2015 - 09:10:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29

    To atrasadinha pra variar kkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55

    *.*

  • vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40

    POSTAAAA POR FAVORRRRR


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