Anahí olhou para ele, lambendo os lábios quando o lampejo da lua captou o brilho nos olhos de
Alfonso e os deixou como joias verdes-escuras reluzindo na noite. O cabelo dele estava embaraçado,
os lábios, entreabertos, e a respiração, ofegante. Como se ele mal conseguisse se controlar.
Anahí não conseguira tirar a camisa dele, embora estivesse desabotoada, pendurada
frouxamente por sobre o cinto. Mas não solta o suficiente para disfarçar o volume imenso e
grosso pressionando contra o zíper.
Ai, como desejava aquilo, ela dizia a si mesma.
Ajeitando a calça, Anahí permitiu que Alfonso a ajudasse a sair da piscina. Porém ela não se
levantou completamente. Em vez disso, ajoelhou-se, colocando o rosto perto da calça de Alfonso de
propósito, deixando seu hálito cobri-lo, e os lábios roçarem muito de leve no volume.
– Quero ver você – sussurrou Anahí .
Alfonso envolveu o cabelo dela com as mãos.
– Provar você.
Ele apertou mais as mãos.
– Engolir você.
– Deus do céu… – Alfonso gemeu.
Enfim, sabendo que estava perto de se esquecer daquela maldita janela outra vez, Anahí se
ergueu. Entrelaçou os dedos nos de Alfonso , puxou-o e foi correndo para o escritório.
Anahí mal havia passado pela porta quando ele já estava em cima dela outra vez, girando-a e
abraçando-a. A boca de Alfonso foi voraz contra a dela, enquanto a língua mergulhava fundo.
Ele tirou a camisa com facilidade entre um beijo e outro.
Ela também, entre uma carícia intensa e outra.
Alfonso segurou-lhe o rosto e lhe deu um beijo sensual na lateral do pescoço.
– Está escuro demais aqui.
Afastando-se, Anahí foi até a luminária e a ligou. De repente, uma luminosidade amarelada
baniu a escuridão, e eles aproveitaram a oportunidade para devorar um ao outro com os olhos.
Estavam a poucos centímetros de distância, e, por um longo momento, nenhum dos dois falou.
Anahí duvidava, no entanto, que Alfonso estivesse emudecido por vê-la do modo que ela estava por
causa dele. Ainda mais porque ele já vira cada pedacinho dela na noite anterior, no apartamento.
Ela não o vira, no entanto. E Alfonso a deixou sem fôlego, pois Anahí não pensava já ter visto
nada mais perfeitamente construído.
Não era de se admirar que o smoking parecesse sob medida, pois Anahí não imaginava que
algum tamanho padrão fosse servir. Não com o contraste entre aqueles ombros fortes e
musculosos, aquele peito largo, a cintura fina e os quadris estreitos.
Uma espiral esparsa de pelos negros e crespos destacava os sulcos dos músculos sob a pele, e
enfatizava o nivelamento da barriga enquanto trilhava uma linha fina abaixo, até a calça. E ele
não tinha um tanquinho, mas uma lavanderia inteira.
– O que diabos você está fazendo comigo, Alfonso ?
Ele fez um esgar e balançou a cabeça, o olhar preso ao corpo dela, o calor e o apreço
brilhando em seus olhos.
– Você não faz mesmo ideia do tamanho do seu apelo, não é?
Erguendo uma das mãos fortes, Alfonso tocou o rosto de Anahí , então olhou para o corpo dela.
– Você é incrivelmente linda – sussuroru ele. – Tão feminina e delicada.
Anahí não costumava sentir-se feminina e delicada. Reservava aquelas descrições para
mulheres do tipo mignon, coisa que ela não era. De altura média, nunca fora o tipo sobre o qual
os homens assomavam. No entanto, seu pulso parecera pequenino naquela mão grande de Alfonso ,
a cintura, fina, quando envolvida pelos braços fortes.
A feminilidade pequena e estreita em torno dos dedos grossos.
– Você é tudo o que uma mulher deveria ser – murmurou ele, ainda encarando-a.
O sutiã branco era rendado e bonito, mas não produzia curvas milagrosas que Anahí não
possuía. Mesmo assim, Alfonso a olhava como se ela fosse a encarnação da figura feminina. Como
se fosse morrer se não a tocasse, se não a provasse.
Ele confirmou isso pegando-a no colo e pousando-a sobre a mesa, abrindo-lhe as coxas para
que pudesse se colocar entre elas.
Anahí reservou um instante para agradecer por estar tudo impecavelmente arrumado, sem
quase nenhum objeto sobre o imenso tampo de carvalho, então retornou ao presente, atraída pelo
desejo na voz de Alfonso :
– Eu poderia passar horas dizendo o quanto me sinto atraído por você, o quanto a desejo. – Ele
a beijou no pescoço. – Mas preferiria apenas possuir você em vez disso.
Anahí só conseguiu gemer quando Alfonso desabotoou o sutiã, tirando-o. O apreço nos olhos
escuros dele falava muito, dizia a ela todas as coisas que ele não tinha dito.
Sim, o jeito de Alfonso de se comunicar era muito eficiente. Porque, a julgar pelo calor da
respiração ofegante, pelo músculo retesado no peito e nos braços, e pelo cume imenso em sua
calça, ele desejava Anahí desesperadamente.
Alfonso não foi tão selvagem e desenfreado como tinha sido no outro cômodo… Mas Anahí não
podia nem pensar em reclamar. Não quando era tão gostoso sentir a boca dele, os lábios e língua
trilhando a curvatura de um seio, e então do outro.
– Por favor – choramingou ela enquanto Alfonso continuava a evitar os mamilos sensíveis.
Estavam rijos e voltados para Alfonso num convite descarado. Mesmo assim ele não deu o que
Anahí precisava, permitindo apenas que suas arfadas quentes passassem por eles vez ou outra.
Anahí apertou as pernas ao redor de Alfonso , puxando-o para mais perto e se roçando nele, para
cima e para baixo, atormentando a ambos através das roupas.
– Anahí … – gemeu ele.
– Dê-me o que quero e mostrarei clemência. – Anahí jogou a cabeça para trás até o cabelo
roçar no tampo.
Alfonso obedeceu, enfim cobrindo o mamilo e su*gando-o com força. A sensação acendeu um
cabo de força invisível dentro de Anahí , que arfou diante de tamanha energia. A sucção
deliciosamente cruel no seio enviava um choque de prazer depois do outro pelo corpo, pousando
bem no ponto pulsante entre as pernas.
Gemendo, ela se pressionou contra ele, provando ter blefado. Porque não havia nem uma
pontada de clemência na oscilação selvagem de seus quadris, no jeito provocante como Anahí o
cavalgava. Anahí arrancava um prazer irracional do membro rígido do único jeito possível,
considerando que estavam vestidos.
– Anahí … – Alfonso tornou a gemer.
Ela enfiou as mãos no cabelo dele, puxando-o para poder encarar aqueles olhos incríveis.
– Possua-me, Alfonso . Agora.
Tomando a boca dele com a sua, Anahí investiu a língua entre os lábios sensuais e estabeleceu
o ritmo pulsante e forte que desejava que Alfonso adotasse quando estivesse dentro dela.
– Você me deixa louco – murmurou ele, toda a resistência desaparecendo enquanto se
movimentava de encontro a ela. Alfonso desabotoou rápido seu cinto. – Insano. – Baixou a calça. –
Maluco. – A cueca escura justa também se foi. – Doido.
Anahí mordeu o lábio quando viu o membro grande, rijo e quente que estava prestes a preenchêla.
Já tivera amantes bem-dotados, mas nenhum lhe instigara uma luxúria tão imediata, ávida, de
modo que todos os outros pensamentos, todas as inibições desaparecessem completamente.
Tremendo de expectativa, ela não conseguia manter as mãos firmes para tirar a própria calça
desabotoada. Alfonso a ajudou, tirando a calça e a calcinha minúscula. Em seguida, Anahí ergueu
os quadris sobre a mesa.
Ela descalçou os sapatos e chutou as roupas para o chão. Então percebeu que Alfonso a encarava,
um sorriso predatório na boca sensual.
– Pretendo explorar com cuidado esse ponto lindo – disse Alfonso sem tirar os olhos do sexo
reluzente, entreaberto e aguardando por ele. – Depois.
A promessa foi o suficiente para fazê-la repensar suas exigências sobre ele possuí-la de
imediato. Porque uma exploração cuidadosa de sua parte mais sensível com aquela boca
maravilhosa, aquela língua fabulosa, de repente soou como o paraíso.
Foi quando Anahí viu Alfonso cobrir sua ereção com um preservativo que tirara do bolso da
calça. E ela lambeu os lábios, sabendo o que mais desejava agora.
Ser completamente preenchida por ele.
Anahí envolveu os quadris estreitos de Alfonso com suas pernas nuas, amando sentir a pele mais
áspera, os pelos das pernas dele roçando a macia parte interna das coxas. Então ela o posicionou
onde desejava.
Agora, no entanto, foi a vez de Alfonso não demonstrar clemência. Porque em vez de mergulhar
dentro de Anahí , ele deslizou a ereção contra os pequenos lábios. Subindo e descendo, ele se
encharcava nos fluidos dela, passando aquela ereção quente sobre o clitóris até Anahí ficar em
fôlego.
– Alfonso ! – Ela se arqueou, exigindo a penetração.
Ele não a provocou por muito tempo mais, e Anahí se perguntou quanto esforço tinha sido
necessário para Alfonso arrastar aqueles momentos intensos de expectativa.
– Eu sei – murmurou ele.
Então Alfonso investiu com força, enterrando-se dentro dela. Anahí estremeceu, penetrada tão
profundamente que, num gesto instintivo, escorregou para trás sobre a mesa.
– Sim… – Anahí se deitou de costas, sem forças para ao menos segurar-se. Cada pedacinho de
energia que ela possuía estava concentrado ali, no ponto onde aquele homem incrível deixava sua
marca com investidas lentas e intensas.
Mas nem isso pareceu o suficiente para ele. Sem aviso, Alfonso agarrou as pernas de Anahí ,
erguendo-as. Ainda muito arrebatada pelas sensações incríveis, ela mal percebeu o que ele fazia
até Alfonso lhe dar um beijo na panturrilha. Então ele a pôs no ombro, fazendo o mesmo com a
outra.
– Alfonso … oh… – Anahí sentiu a penetração mais profunda por causa da posição.
Ele chegava a lugares de seu corpo que ela nem mesmo sabia existirem.
E estava adorando totalmente.
– Você está bem? – perguntou ele, fazendo uma pausa para certificar-se de que Anahí
continuava consciente.
Ela estava. Mas não muito. Grande parte de Anahí flutuara para uma ilha do prazer para
saborear o delicioso ataque a todas as suas terminações nervosas.
– Sem dúvida.
– Ótimo. – Ele não disse mais nada, entretanto Anahí ouviu as palavras porque não vou parar
mesmo assim.
O desejo de Alfonso tomou conta. Ele se encontrava melado e escorregadio, os músculos se
contraindo enquanto erguia o peso de ambos.
Alfonso investiu com força durante algumas boas e incríveis investidas, então desacelerou,
beijando a panturrilha de Anahí , correndo a ponta do dedo pelas costas da perna dela. Até Anahí
se contorcer debaixo dele, querendo que Alfonso fizesse mais forte e mais depressa outra vez.
O prazer era intenso, irreal. Mas não a levava exatamente aonde ela precisava ir. E, como se
soubesse disso, Alfonso fez uma pausa, o membro ainda enterrado ao máximo dentro dela, e levou a
mão à parte interna da coxa de Anahí .
– Chegue ao clímax para mim, Anahí – sussurrou ele, então acariciou-lhe o clitóris com o
polegar.
Anahí chegou ao ápice instantaneamente. Como se o corpo estivesse apenas esperando por
aquele convite rouco, erótico. Gritando, ela se arqueou, todos os músculos que possuía se
enrijecendo em reflexo, e depois relaxando.
E, antes que pudesse se recuperar, Alfonso retornou as suas investidas, até, em instantes, jogar a
cabeça para trás, gemer e chegar ao clímax dentro dela.