Fanfics Brasil - 4♡ Tensão AyA

Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 4♡

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– BOA NOITE – murmurou Alfonso  quando se pôs ao lado da mulher que o havia comprado por

uma noite. – Desculpe por deixá-la esperando.

– Você tem sotaque!

Ele riu baixinho.

– Talvez você seja a pessoa com sotaque aqui.

– Ai, Deus, isso foi incrivelmente rude, não foi? – Ela estendeu a mão, tão pequenina que quase

desapareceu dentro da dele quando Alfonso  a apertou com formalidade. – Sou Anahí  Portilla . E você

é…

– Alfonso . Alfonso  Herrera .

– Cumprimentou igual a “Bond…” – murmurou ela. – “James Bond.”

– Não exatamente – disse ele, rindo. – Eu não disse “Herrera. Alfonso  Herrera ”. Além disso,

Bond era britânico.

– E você não é?

– Deus, não!

Como se percebendo que o ofendera, ela mordeu o lábio.

– Desculpe. Eu só gosto dos filmes antigos de James Bond, e você me faz lembrar Alfonso 

Connery .

Então aquela garota tinha bom gosto, pelo menos no que dizia respeito à série 007, mas sem

dúvida um ouvido bem ruim para sotaques.

– Connery é escocês. Nem mesmo fica na mesma ilha.

Anahí  pareceu tão perturbada que ele entendeu que não deveria provocá-la, mas não

conseguiu evitar. A mulher, que Alfonso  imaginava estar na casa dos 20 anos, um pouco mais

jovem que ele, era adorável. Sobretudo quando tentava dizer algo sem se atrapalhar.

– E você é o quê?

– Um homem; pelo menos foi isso o que me disseram. Irlandês. E também seu acompanhante.

A bela estranha libertou a mão da dele, como se só então tivesse notado que a estava

segurando, e a levou ao rosto, esfregando a têmpora com delicadeza.

– Não sou muito boa com essas coisas.

– Estou brincando com você – admitiu ele com uma risada suave.

– Não reajo bem quando sou provocada – advertiu ela, franzindo a testa. – Meu irmão mais

velho acordou com um bagre cru enfiado na boca certa manhã porque começou a me chamar

de Pequena Miss América quando tive minha primeira menstruação.

O rosto dela, belo e alvo, ficou escarlate. Anahí  ergueu a mão outra vez para cobrir os lábios

quando as próprias palavras ecoaram em seus ouvidos.

– Eu não disse isso, disse?

Alfonso  não conseguiu evitar explodir em uma gargalhada.

– Você disse, sim.

– Eu quero sumir.

Alfonso , que gostava dela cada vez mais a cada minuto, se pôs no caminho de Anahí  para evitar

que seguisse para a porta. Como pôde ter achado que ela era apenas bonita? Quando os olhos de

Anahí  brilhavam daquele jeito, ela ficava de tirar o fôlego.

– Prefiro peixe-espada. E só para esclarecer: embora eu goste de sushi, costumo preferir meus

frutos do mar grelhados.

– Você me dá licença enquanto vou ali me esconder debaixo de uma mesa?

– Não, não dou, céadsearc – sussurrou ele enlaçando o braço dela.

Constatando a maciez de sua pele, Alfonso  captou o perfume mais sutil de pêssegos, e deu um

sorrisinho. Não era almiscarado. Não era um enjoativo perfume de gardênia.

Pêssegos.

Recusando-se a perdê-la de vista, Alfonso  a levou para um canto escuro perto do bar. Tinha a

sensação de que Anahí  fugiria se ele não lidasse com aquilo do jeito certo. Porém, não fazia ideia

do porquê de uma mulher pagar 5 mil dólares para passar a noite com ele e então fugir.

– Do que foi que você me chamou?

Um lapso linguístico.

– Chamei-a de amor – admitiu ele.

– Isso é machista.

– Vocês, americanas… não deveriam ficar tão arredias. Foi só um carinho.

– Como posso ser seu amor se acabamos de nos conhecer?

– Não meu amor – admitiu ele. – Mas devo dizer, a julgar pela quantidade de vezes que desejei

sorrir desde o instante em que você abriu a boca, que imagino que seja muito doce, engraçada e

bondosa. – Sorriu. – Se esquecermos o ataque furtivo do bagre.

Soltando o braço dela – o braço macio e sedoso –, Alfonso  acrescentou num meio sussurro:

– Estou ansioso para conhecer você, Anahí  Portilla .

Ele falava sério. Mas o fato de ter dito aquilo a ela quase o surpreendeu. Alfonso  não era de

baixar a guarda tão depressa. Algo naquela jovem, no entanto, derrubou o verniz suave e os

maneirismos enfadonhos que lhe convinham tão bem em sua rotina.

Alfonso  não estava flertando, ou sendo charmoso para fazê-la cair em suas graças. Estava apenas

conversando de forma honesta com ela, algo que nem sempre era livre para fazer com as

mulheres. Em geral, ele era pago para dizer a elas exatamente o que desejavam ouvir.

Exceto “não”. Elas jamais gostavam de ouvir isso. Alfonso , no entanto, não tinha pudores em

dizê-lo.

– Supõe-se que deveríamos estar nos conhecendo, não é? – perguntou ele. – Então, conte-me

sobre você.

Alfonso  aguardou, perguntando-se como Anahí  reagiria, aquela loira tão cheirosa, que o

observava com olhos hesitantes.

– Aquela palavra que você disse… que idioma era?

– Irlandês… Alguns chamam gaélico.

Ela franziu a testa.

– Você consegue falar sem sotaque?

– Ainda não estabelecemos que eu tenho sotaque – resmungou Alfonso  por algum motivo

gostando de provocá-la, mesmo que um dia aquilo viesse a lhe custar ter a boca cheia de peixe

cru.Anahí  desviou o olhar, uma careta repuxando a boca bonita.

– Bem, não creio que eu já tenha dito que ele não tem sotaque.

– Quem?

– Você.

– Como?

– Eu quis dizer ele.

– Volto a perguntar: quem?

– Não importa. Eu estava falando de você… O você que eu quero que seja, se concordar com

isso.

Alfonso  suspirou.

– Acho que preciso de uma bebida. Quer um drinque?

Quando ela recusou, ele gesticulou para o atendente do bar. Apontou para uma garrafa de

uísque e fez sinal com os dedos para pedir uma dose, depois aumentou a distância entre os dedos

para indicar que desejava uma dose dupla.

A bebida chegou a suas mãos alguns minutos depois, trazida por uma garçonete atenciosa

usando um vestido preto curto. Ela sorriu, tímida, e roçou a mão na dele por um instante mais

longo que o tecnicamente necessário ao lhe passar o copo envolto num guardanapo. Então a

jovem se afastou, com passos bruscos e determinados.

– Cara, falando em falta de educação…

– O quê?

– Aquela garçonete me ignorou totalmente. Não me ofereceu uma bebida e nem ao menos

me dirigiu um olhar. Foi como se eu não estivesse aqui. – Anahí  revirou os olhos. – Ela poderia

muito bem ter rasgado o uniforme e rabiscado o número do telefone naqueles seios falsos.

– Como sabe que são falsos?

– Ah, por favor… – Então, ao perceber a inflexão dele, Anahí  devolveu a pergunta: – Com

você sabe?

Alfonso  respondeu do mesmo modo:

– Ah, por favor…

Uma pequena centelha surgiu naqueles olhos lindos, e ela sorriu sutilmente.

Apreciando aquele lampejo de humor, Alfonso  lançou um olhar vagaroso para Anahí ,

absorvendo cada centímetro da mulher diante de si, indo além do rosto atraente, do penteado

discreto, das joias e roupas simples. Não havia dúvida do quão perfeitas e naturais eram as

curvas dela.

Ele bebericou seu uísque. Bem devagar.

Os ombros dela pareciam capazes, mas de alguma forma frágeis; seus braços nus, fortes,

porém alvos e magros. O corpo dela possuía uma proporção perfeita; a altura combinava

certinho com a dele. Anahí  poderia facilmente inclinar a cabeça para encontrar o beijo dele.

E de repente Alfonso  se flagrou desejando aquele beijo. Muito.

– Imagino que você saiba alguma coisa sobre mulheres – disse ela não soando muito satisfeita

com a observação.

Alfonso  sabia o suficiente para ter certeza de que ela era cem por cento feminina. E que

instintivamente estava bagunçando a cabeça dele.

O que, ele se perguntou, Anahí  faria se ele se abaixasse para roçar os lábios nos dela, tal qual

ele se deu conta de que desejava fazer? Será que Anahí  se afastaria se ele envolvesse sua cintura,

pousasse a ponta dos dedos nos quadris dela e a puxasse para si? Será que todas as outras pessoas

no ambiente veriam o roçar dos corpos como um abraço inocente ou como um convite carnal

que Alfonso  sabia que seria prorrogado?

– Eu deveria agradecer à garçonete, sabe? Ela me ajudou a confirmar o quanto isso é idiota –

afirmou Anahí , qualquer resquício de sorriso desaparecendo.

O tom de Anahí  espantou a disposição sensual dele. Alfonso  não conseguia acreditar que ela

ficara mesmo com ciúme da garçonete, cuja sedução exagerada não tinha vantagem alguma

sobre os encantos mais discretos daquela diante de si.

– Ela foi rude com você, mas é bonitinho que você esteja com ciúme.

O modo como Anahí  inclinou a cabeça para um lado, confusa, revelava a Alfonso  que ele a

interpretara mal. Agora ele percebia que ela não estava com ciúme. Na verdade, Anahí  parecia

quase… desanimada. Taciturna.

– Não é isso. O fato é que esta situação toda é estúpida. – Anahí  suspirou. – Desisto. Ninguém

vai acreditar que somos um casal.


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Autor(a): Erika Herrera

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Ignorando a pergunta óbvia – por que alguém teria de acreditar naquilo? –, Alfonso  fez outra mais interessante: – Por que não? Franzindo a testa, Anahí  gesticulou para ele – o rosto, os ombros, o smoking –, e então olhou para si. – Nós não somos o que eu chamaria de almas g& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02

    Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23

    vixi... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12

    q bom que ela contou a verdade...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26

    nossa..

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK

  • Postado em 08/10/2015 - 09:10:16

    amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29

    To atrasadinha pra variar kkkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55

    *.*

  • vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40

    POSTAAAA POR FAVORRRRR


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