– Anahí …
Ela não hesitou, deslizando uma perna para o colo dele para montá-lo no banco do motorista.
Entrelaçando os dedos no cabelo sedoso, Anahí cobriu a boca de Alfonso com a sua, a língua
investindo, selvagem, exigindo a atenção dele.
Alfonso lhe deu total atenção, provando-a tão profunda e intensamente quanto ela. Com as mãos
nos quadris arredondados, Alfonso a puxou tão firme contra sua ereção rija que Anahí não
conseguiu nem mesmo se mexer.
Bem, nem tanto. Ela se mexeu um pouquinho… para cima e para baixo, esfregando-se nele,
necessitando da sensação ali… e, oh, Deus, ali.
– Esta noite não. – Alfonso a segurou quietinha, impedindo-a de continuar a cavalgar. – Eu disse
banquete de nove pratos, querida, não drive-thru de lanchonete fast food.
– Mas temos apenas…
– Anahí … – Ele enterrou o rosto no pescoço dela, roçando os dentes ao longo da clavícula. –
Quero possuir você. Possuí-la toda. E se aparecermos na casa de seus pais dentro de três horas
com seu cabelo bagunçado, marcas vermelhas no seu pescoço, a marca dos meus dedos nas suas
coxas e seu batom na minha calça, eu sinceramente não vou dar a mínima.
Marcas vermelhas… Marcas de dedos… e, ah, batom. Que rosário delicioso de imagens se
formou na mente dela! Anahí queria todas aquelas opções. Pelo máximo de vezes que pudesse
tê-las no menor tempo possível.
Tempo curto. Esta noite. Amanhã. E só.
Anahí afastou aquele pensamento doloroso. Não queria nem mesmo pensar que um período
que ela havia passado a considerar como o mais incrível da sua vida poderia acabar tão rápido
quanto começou. Ou que ela teria desperdiçado os primeiros dias com regras bobas de terceiro
encontro.
Quase desesperada para ter o que pudesse conseguir, Anahí o beijou outra vez, provando-o em
investidas lentas. Sem nem sequer interromper a conexão, sentiu Alfonso segurar a tranca e abri-la.
Anahí logo se aproveitou, deslizando a perna direita, que estava com cãibra, e colocando-a para
fora.
Anahí presumira que Alfonso estisse tentando deixá-la mais confortável. Ela não esperava que ele
fosse segurar sua cintura e sair do carro, a mão sob os quadris dela, as pernas de Anahí ao redor
da cintura dele.
– Alfonso ?
– Ligeira mudança de posição – murmurou ele.
Sem explicar, Alfonso deu meia-volta, colocando Anahí de volta no veículo. Mas em vez de deitála
no banco do qual ele acabara de se levantar, ele a colocou mais alto, na parte traseira do capô,
com as pernas nuas penduradas para dentro do carro, apoiadas no encosto dos dois bancos. Então
ele as entreabriu.
Hum. Muito melhor.
– Gosto do seu jeito de pensar.
Os olhos dele brilharam.
– Você vai adorar isto. – Alfonso se ajoelhou nos bancos diante dela, o rosto na mesma altura do
ventre de Anahí .
Ela olhou para ele, correndo as pontas dos dedos pelos reflexos do luar no cabelo de Alfonso ,
observando quando ele começou a desabotoar-lhe a blusa, de baixo para cima.
Depois de todos os botões abertos, ele beijou um ponto da pele que desnudara. Começando
pela barriga. Indo até a região do diafragma. Para as curvas sob os seios.
– Alfonso … – Anahí gemeu, desejando que ele se apressasse, desejando a boca, as mãos e
aquela ereção incrível que experimentara dentro de seu corpo na noite anterior.
Se Alfonso permanecesse nos bancos, Anahí poderia tê-la bem ali onde mais a queria. Ela
poderia provar, lamber e sugar até ele ficar mais louco do que seria possível.
Anahí não era a rainha do sexo oral. Mas se o desejo fosse o suficiente, ela sabia que poderia
dar prazer àquele homem até ele se ver incapaz de se lembrar do próprio nome.
Alfonso não teria pressa, no entanto. Não dessa vez.
– Você é tão linda, Anahí … Nunca mais conseguirei sentir o cheiro de pêssego sem pensar em
você. – Ele removeu a blusa dos ombros dela, deixando que caísse na tampa do porta-malas. –
Sem pensar nisto.
Alfonso desabotoou o fecho frontal do sutiã entre uma investida lenta da língua no decote e outra.
E quando a peça caiu, deslizou a língua, aquela língua incrível, ao mamilo rijo. Mas antes de
prová-la, de lhe dar o beijo íntimo do qual ela necessitava, ele roçou o rosto áspero nele.
Anahí estremeceu e juntou as pernas em reflexo, se perguntando como um toque sutil em uma
pequena parte de seu corpo era capaz de irradiar para todo o restante.
Os quadris estreitos de Alfonso estavam entre as pernas dela, então Anahí não conseguiu apertálas
demais, apenas o suficiente para segurá-lo e mantê-lo ali.
Alfonso lambeu a ponta dolorida de um seio, a língua lisa proporcionando uma carícia suave e
aveludada. O gesto deixou um rastro de umidade, o qual foi atingido pela brisa noturna, fazendo
Anahí tremer.
– Por favor, Alfonso …
– Shhh, deixe que eu faça. Apenas deixe.
Ela deixou.
Sabendo muito bem quando investir e quando se afastar, Alfonso fez amor profundo com os seios
dela. Acariciou, afagou, encheu as mãos com eles. Sugando um mamilo, esfregando o outro
entre as pontas dos dedos, logo conseguiu fazer Anahí estremecer e pressionar o corpo contra a
pélvis dele.
Anahí estava tão úmida e excitada que mal podia suportar a pressão do carro duro contra suas
partes mais íntimas.
Passou-se longo tempo antes de Alfonso recuar o suficiente para deixá-la tirar a blusa. Assim que
ele se afastou, Anahí se ocupou acariciando as longas linhas de músculo denso nos ombros dele e
a parte superior das costas. O corpo de Alfonso estava escorregadio com uma leve camada de suor
causada, Anahí desconfiava, pela contenção incrível, pelo esforço que ele fizera para manter o
controle completo sobre o que acontecia.
– Gosto da sua saia – sussurrou ele ao descer outra vez. – Passei a noite inteira imaginando o
que você estaria usando debaixo dela.
Ele se encontrava prestes a descobrir, e mal podia esperar. Mas em vez de despi-la
completamente e explorá-la desse jeito, Alfonso a tocou através do tecido. Trilhou de leve o
contorno do osso do quadril, e a boca logo seguiu o caminho de seus dedos.
Anahí não conseguiu evitar investir o corpo para cima, pelo menos um pouco, convidando-o a
ir além. Não que Alfonso precisasse de algum tipo de convite, ela desconfiava. Ele iria ter o que
desejava essa noite; já havia deixado bem claro.
A certeza de que Alfonso queria usar a boca para dar prazer a ela, para enlouquecê-la com
aqueles lábios e aquela língua, a deixava prestes a cair do carro por causa dos calafrios de prazer.
Ele riu baixinho diante dos esforços deseperados de Anahí para exigir mais, contudo não
cedeu. Ainda indo com uma calma doce, Alfonso se movimentava mais devagar. Provando,
degustando, aumentou a tensão simplesmente roçando o rosto nas roupas dela, mas lhe negando o
contato da boca na pele.
Alfonso sabia que a estava enlouquecendo, e Anahí honestamente não tinha certeza de querer
agradecer ou bater na cabeça dele por isso.
Por fim, as pontas dos dedos dele desceram mais, pressionando o tecido macio de encontro aos
lábios intumescidos. A boca de Alfonso os seguiu, e ele a beijou com delicadeza e suavidade, como
se estivesse beijando a boca.
Anahí se contorceu, chocada com o quão bom era. Ela jamais experimentou nada parecido.
Qualquer experiência anterior com sexo oral sempre fora mais uma reciprocidade superficial ou
um trechinho rápido e garantido das preliminares concebido apenas para levar a algo mais. Uma
língua golpeando o clitóris para que seu amante pudesse riscar aquilo da lista e seguir em frente.
Aquilo não estava levando a nada mais. Nada senão a um prazer profundamente enraizado.
Anahí jogou a cabeça para trás, olhou para as estrelas e permitiu que ele lhe desse prazer.
Alfonso era tão lento, cada respiração exalada, uma carícia proposital fluindo para seu ponto mais
sensível. E cada inalação, uma valorização audível do perfume almiscarado do corpo dela.
– Seu gosto é tão bom, Anahí .
Alfonso envolveu-lhe a cintura, puxando-a para a frente só um pouquinho, inclinando-a para
mergulhar mais profundamente nos segredos dela. Com um gemido de apreço, ele esticou a
língua e lambeu bem no meio das camadas de roupas finas. Anahí arfou quando um desejo
líquido e quente escorreu por sua fenda.
Finalmente, quando ela pensou que ficaria louca com os toques deliciosos, Alfonso puxou a saia
para cima. Ele revelou as coxas um centímetro por vez, beijando-lhe as pernas. Não parou
quando chegou à calcinha. Em vez disso, apenas puxou-a para fora do caminho com as pontas
dos dedos e, sem aviso, mergulhou fundo a língua dentro dela.
Anahí gritou, arqueando-se para ele, chocada pela intimidade daquilo. Pela eroticidade
daquilo.
Ele deslizava a língua para dentro e para fora, fazendo amor com ela, algo que nenhum
homem nunca havia feito. Quando Anahí estava pronta e pingando, Alfonso subiu um pouquinho
para estimular o clitóris, provando delicadamente, contornando-o em vez de atacá-lo. E ela
chegou ao ápice em um redemoinho quente de prazer quase de imediato.
Anahí mal notou quando Alfonso tirou sua roupa e a jogou no banco. Mas ela definitivamente
notou quando ele tirou a própria. Porque, na penumbra, o corpo dele era divino, grande e
poderoso, quase pagão sob a lua cheia de verão.
A masculinidade de Alfonso se projetou, orgulhoso, diante de si, e Anahí sentiu-se quente e
derretida por dentro, desejando ser preenchida por ele. Mas também queria prová-lo, oferecerlhe
um pouco da loucura que Alfonso lhe dera. Assim, sem pedir, ela se abaixou e lambeu a ponta,
captando a umidade na língua.
Ele sibilou.
– É justo – murmurou Anahí – que seja a minha vez.