Fanfic: Tensão AyA | Tema: Ponny aya
Anahí NÃO sabia muito bem o que esperar quando eles chegaram à cidade. Alfonso poderia levála
de volta ao seu hotel, como havia prometido fazer. Poderia estar planejando fazer amor com
ela em todos os sentidos já tentados pelos seres humanos até a manhã seguinte, quando o sol
aparecesse.
Ou, a julgar pelo quase silêncio, quebrado apenas por uma conversinha boba compartilhada
durante o trajeto de duas horas, ele poderia estar pronto para deixá-la em casa. Alguns homens
poderiam jogar seu gato e sua mala na calçada, e dirigir como loucos para o aeroporto.
Anahí devia ter ficado de boca fechada, e jamais contado a ele exatamente o que a mãe
dissera. Honestamente, porém, as palavras intuitivas atordoaram Anahí tanto que ela sentiu
necessidade de compartilhá-las. Mesmo que só para ver se dizê-las em voz alta as tornaria menos
chocantes aos seus ouvidos.
A mãe vira amor nos olhos deles? No dela e no de Alfonso ? Isso ao menos era possível? Após
uma semana, tal coisa realmente poderia acontecer?
Na opinião da mãe de Anahí , é claro que poderia. Ela e marido eram um caso bem conhecido
de amor à primeira vista. Mas essas coisas não aconteciam atualmente, não é? Muito menos para
mulheres como Anahí .
E, acima de tudo, não com homens como Alfonso .
Chegando à cidade, ela quase prendeu a respiração ao ver o caminho que ele tomou. Quando
Alfonso virou em direção ao próprio hotel, em vez de seguir para Lincoln Park, de algum modo
Anahí se controlou para não se ajoelhar e beijar os pés dele. Ou para não tagarelar seus
agradecimentos por Alfonso não tê-la privado daquelas últimas horas que tinham juntos.
Ela queria aquelas horas. Queria desesperadamente, agora que a denúncia da mãe enchera
seu cérebro de possibilidades.
Não que ela acreditasse que Alfonso a amava. Mas a ideia de que ela, Anahí , tinha realmente se
apaixonado por ele de repente não parecia tão ridícula. Na verdade, ela desconfiava que podia
ser verdade. E, sabendo disso, queria o máximo de tempo possível com Alfonso .
– Mal posso esperar para explicar as marquinhas do emu sobre o capô do carro – murmurou
Alfonso sorrindo pela primeira vez naquelas duas horas. Ele acabara de entrar na garagem
subterrânea do hotel.
A garagem… Onde Anahí deixara sua van.
Droga, talvez ele a houvesse trazido de volta até ali porque tivesse que fazê-lo. Ela precisava
pegar seu carro, não é?
Estacionando, Alfonso se virou para trás e pegou a caixinha de transporte de Wally. Anahí tinha
certeza de que ele iria se despedir e acenar para ela do elevador. Eles não podiam perambular
pelo saguão do hotel cinco estrelas com um gato gordo e malvado em um transporte.
Mas pelo visto era isso mesmo o que Alfonso pretendia fazer. Sem nem mesmo perguntar a
Anahí se ela iria subir, ele jogou as duas bolsas pequenas por cima dos ombros, equilibrando o
transporte na outra mão, e caminhou em direção ao elevador. Não em direção ao carro de
Anahí .
Quando ela não o seguiu de imediato, Alfonso olhou para trás.
– Anahí ?
Ela engoliu em seco e correu para se juntar a ele.
– Estou indo.
Embora não fizesse ideia do que Alfonso estava pensando, ou como se sentia sobre o que ela
dissera no carro, ele deixava bem claro que seus planos para o restante do dia, e da noite, não
haviam mudado. Pelo menos eles iriam ter isso.
Além disso? Bem, Anahí não conseguia pensar a respeito agora.
Quase tonta de alívio, ela o seguiu até o elevador e o observou apertar o botão para o saguão.
Infelizmente, parecia que o elevador não ia direto para os andares, de modo que eles teriam que
levar Wally para um passeio.
– Eles vão permitir que o levemos para cima?
Alfonso deu de ombros, despreocupado.
– Se alguém tiver a coragem de tentar nos parar, vou ter que pagar um valor extra. – Ele
ergueu o transporte, olhando para Wally. – Isso significa que você deve mostrar seu melhor
comportamento.
A ideia de que o gato seria recusado simplesmente não parecia ocorrer a ele. A autoconfiança
de Alfonso , sua segurança sobre si e suas atitudes transbordavam. Era uma parte de sua
personalidade sobre a qual ele não permitia nenhuma reação negativa em nada do que fazia.
Que fantástico ser tão confiante. Se Anahí tivesse tal habilidade, na certa não teria precisado ir
a um leilão de solteiros para encontrar um acompanhante.
De jeito nenhum. Ela não teria desistido de ir ao leilão por nada nesse mundo.
– Viu? Ninguém sequer notou a presença dele – disse Alfonso .
Eles circularam com total inocência pelo saguão enorme e depois por um curto corredor que
levava a um banco de elevadores para subir aos quartos.
– Graças a Deus não havia um cão por aqui, ou eles teriam ouvido Wally gritando do
quadragésimo andar.
– Que nada, ele é um grande gatinho, não é, rapaz?
Anahí sorriu com os ronronares de Wally. Alfonso conseguia encantar feras de quatro patas tão
facilmente quanto encantava as de duas pernas.
Foi quando a porta do elevador se abriu com um assobio silencioso. Havia duas mulheres lá
dentro, bem-vestidas, carregando bolsas de grife, com diamantes em torno dos pescoços e dedos,
proclamando a riqueza de ambas.
Anahí mal prestou atenção a elas, pelo menos até sentir Alfonso congelar ao seu lado.
Ele não se mexeu. Não entrou, não saiu do caminho. Em vez disso, ficou olhando, quando uma
delas, uma morena muito atraente na faixa dos 40 e poucos anos, o viu e deu um passo para tão
perto que seus corpos quase se tocaram.
– Alfonso … – disse a mulher, soando embevecida. O sorriso lhe tirou dez anos do rosto.
Ah, maravilha… Uma ex-namorada. Como se eles precisassem de algo para reaver a tensão
que, por fim, parecia se dissipar após a longa viagem de carro.
Uma ruga se formou na testa de Alfonso , que se forçou a sorrir.
– Constance.
– Eu não fazia ideia de que você estava no país – disse a mulher, efusiva. Então olhou para
baixo, viu o transporte e o gato, e se espantou. – Você deve estar trabalhando para a verdadeira
mulher-gato desta vez, em vez de estar só cuidando de uma gatona como eu.
Anahí , que obviamente se tornara invisível, ou apenas era desinteressante o suficiente para se
misturar ao cenário, pigarreou.
– Alfonso , você quer que eu o leve para cima para que possa conversar com sua… amiga?
Ele encontrou o olhar de Anahí , e foi aí que ela percebeu que Alfonso não tinha se transformado
em gelo. Não, havia calor nos olhos dele. Calor causticante. E não do tipo que ele demonstrava
quando olhava para Anahí com desejo genuíno.
As emoções estavam agitadas dentro dele como uma enorme tempestade. Emoções muito
estranhas, algumas das quais ela nunca associaria àquele homem, que escorriam quase
visivelmente de todos os poros. Ela viu raiva ali. Constrangimento. Tristeza.
Ai, Deus. Aquela mulher não era apenas uma ex-namorada, Anahí percebeu de repente. Ele
devia tê-la amado. Embora os comentários dela sobre Alfonso ter trabalhado para alguém tivessem
sido um pouco confusos. Será que ele havia se envolvido com sua chefe? Será que foi isso o que o
fez se enfiar em uma carreira nômade, sem endereço fixo, sem estabilidade?
Anahí estendeu a mão para pegar o transporte.
– Eu fico com ele – insistiu Alfonso , as palavras roucas, a garganta evidentemente apertada.
– Alfonso ? – Enfim notando a presença de Anahí , Constance a avaliou com atenção. Os olhos cor
de âmbar notaram o cabelo despenteado, a blusa comprada em loja de departamentos, a calça
jeans cápri e a sandália confortável.
Elas não tinham absolutamente nada em comum, nem uma única coisinha que pudesse
relacioná-las entre si. Exceto o homem de pé entre as duas.
– Ah… – murmurou Constance piscando rápido. O rosto se encheu de cor, e ela pigarreou
antes de voltar a atenção a Alfonso . – Desculpe. Você… Quero dizer…
– Está tudo bem – proferiu ele. – Foi bom ver você.
A mulher assentiu para Alfonso , então olhou para Anahí .
– Você está com um cara e tanto. – O sorrisinho de Constance pareceu quase genuíno. Então,
agarrando pelo braço sua amiga de olhos arregalados e puxando-a para longe, saiu depressa pelo
corredor e desapareceu no saguão imenso.
Alfonso e Anahí ficaram em silêncio diante da porta do elevador, que tornara a se fechar. Alfonso
não fez nenhum movimento em direção ao botão para chamá-lo, e Anahí quase conseguia
enxergar a mente dele trabalhando. Como se Alfonso tivesse que decidir: continuar indo para o
quarto e fingir que a interrupção não aconteceu?
Ou lidar com isso?
Quase com medo de saber o que Alfonso lhe diria, Anahí não sabia o que desejava mais naquela
hora. Ela ainda não tinha certeza do que decidira quando ele enfim estendeu a mão e apertou o
botão para subir. Porque Alfonso não colocou o braço ao redor dela e a puxou para si, ou a beijou de
leve para tranquilizá-la de que a sua tarde seria exatamente como eles esperavam que fosse.
Alfonso também não pronunciou uma única palavra por todo o trajeto até seu andar, ou mesmo a
caminho do quarto.
Uma vez lá dentro, ele largou as malas e colocou o transporte no chão, abrindo-a, deixando
Wally sair. Daí, voltou a atenção para Anahí . E com quatro palavras simples, deu a ela uma pista
sobre o que planejava fazer.
– É melhor você se sentar.
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Autor(a): Erika Herrera
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
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debaya Postado em 23/10/2015 - 06:54:02
Cadê vc autoraaaaa?!?!?! Faz um seculo q não posta!
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franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 10:04:23
vixi... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:59:12
q bom que ela contou a verdade...
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franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:55:26
nossa..
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franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:31:41
EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PEGAAAAA
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franmarmentini♥ Postado em 08/10/2015 - 09:11:16
amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkKK
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Postado em 08/10/2015 - 09:10:16
amo esse gatinho dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:29:29
To atrasadinha pra variar kkkkk
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franmarmentini♥ Postado em 07/10/2015 - 22:28:55
*.*
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vicvelloso2 Postado em 29/08/2015 - 11:00:40
POSTAAAA POR FAVORRRRR