Fanfic: Explosive [+18] | Tema: Hot / Romace

 Capítulo XV

Dulce María

A Dark estava completamente lotada. 

Haviam corpos em ascensão, pessoas suando, se mexendo, dançando, gritando. Algumas mãos vagaram pelo meu corpo- meus saltos, acidentalmente, voaram nos pés dos espertinhos-. Homens e mulheres, todos em lei, vestidos de pretos (cujo o nome da boate ditava as vestimentas).

A música alta, as conversas gritadas, o cheiro de álcool impregnado no ar. As farras dos veteranos eram as melhores, e completamente, arrasadoramente, bombásticas.

Era como está fora de órbita.

 - Um martine. - Foi a única coisa que eu consegui dizer quando me aproximei do bar. O barmen sequer me olhou, mas não fazia diferença porque ele o fez.

Encaro meu reflexo no espero e vejo algumas luzes passarem pelo salão. A música vem explodindo meus tímpanos, e eu tenho certeza que o martine não ardia mais para descer, por mais que eu nem tivesse ideia de como o barmen o empurrou para mim em meio de tantos pedidos. Novamente, não importava.

Enquanto viro-me para a multidão, uma camada de cachos dançam pela minhas costas nuas. Não há muito para ver, no entanto, o bar era há alguns degraus da pista de dança por isso a área VIP não foi uma das coisas que "não pude ver". Até porque, bem, quando um esquadrão de homens param em algum lugar, a tendência é meio que, sinceramente, chamar atenção.  Noto também que atrás das escadarias havia uma porta, e talvez, por algum motivo, sei que os caras não estão protegendo somente a área dos "especiais".

Não é muito comum ter escritórios no piso térreo nas casas de porradarias noturnas, justo porque existem gaiolas nesses porões, e gaiolas levam brigas à surras totais, e surras levam a destruíção. A Dark -algo como "escuridão"- é uma série de brigas-quentes muito conhecida. Não teria sentido manter "os caras" tão a vista do público.

Eu não conheço a Califónia bem o bastante para dizer, mas visando os pontos, realmente não faria sentido tê-los ali. 

Cerca de meia hora depois o segurança sai por alguns minutos, e quando volta, não é mais o mesmo cara.

Viro para o barmen e peço outro drink, mas dessa vez não viro. Não há nada de interessante para ver. Balanço o canudo chamativo pela taça, erguendo uma das sobrancelhas quando meus instintos ditam aproximação de alguém.

 - Vejamos se não é a marrenta.- Chad, o garoto da mercearia, sorri enquanto se afasta para sentar no      banquinho ao meu lado.

Ele tem um par de belos olhos, tão azuis quanto o dia ensolarado. O tronco nu é uma bela visão também.

 - Esquentando o banco para alguém? - Eu desvio de seu rosto, tirando a azeitona do suporte.

Ele ri, negando.

- Você veio. Não esperava que fosse vir. - Torço o nariz quando a fumaça invade minhas narinas, vendo, ainda pelos vultos atrás dos ombros de Chad, que há um homem na segurança e que seus olhos estão em mim. Eu sei que suas feições não me são estranhas, mas por mais que vasculhe por minha memória, nada o decifra.

Eu sei que o vi na portaria, no entanto, não é por isto que estou desconfiada.

- Sim, eu vim. - Respondo, arrastando meu olhar para os olhos de Chad. Minha cabeça ainda corria á mil. - Minha presença te agrada? - Zombo, vendo que nos últimos 3 minutos, o sorriso galanteador não saiu de seu rosto.

- Você não faz ideia do quanto... -

Pela primeira vez desde que chegou, seus olhos não estão focados em sua própria bebida e seu sorriso crescendo torto. Estou pronta para retrucar, mas uma voz dita do além me para.

 - Dulce, sua linda, você veio! - Amy, com sua estatura baixa como a de um anão, se aproxima sorrindo. Foi extremamente desnecessário notar isso visto que eu também não sou uma pessoa muito alta.

- Acho que sim. - sorrio quando ela segura meu pulso e levanta como um incentivo para rodar. - Está      divina! - Ela grita por cima da música, ajeitando a coroa de flores em sua própria cabeça. - Vem.

Enquanto ela me empurra para o meio da multidão, eu lamento os saltos que Alannah me emprestou. São incrivelmente lindos, de um rosa choque, com duas correntes ao redor do tornozelo, mas ainda sim eram bem desconfortáveis. A aera "especial" era mais vazia e um pouco -muito- mais calma que a plataforma principal. Haviam meninas com roupas de garçonetes "sexys" e um punhado de pessoas rindo.

- Sem a pulseira não entra. - O segurança que me olhava no bar barrou.

 Amy virou os olhos, puxou uma fita verde florescente do decote e a colocou o pulso que segurava. Eu sorri torto para o segurança quando passei por ele calmamente.

 - O que é a Califórnia se não podemos aproveita-la com os VIP`s? - Eu nego suavemente, indo para as      janelas que cobriam do chão ao teto. O clima aqui em cima é calmo e bem mais suave, com sofás e mesas espalhadas pelo espaço. Há um pilastre e uma especie de pisca-pisca azuis ao longo da parede e em volta da logotipo. Também pude ver posters de mulheres supostamente gostosas ao decorrer das paredes como uma espécie de quadro. Não consegui ver mais do que isto, pois o locutor entrou na gaiola com seu maior sorriso, dizendo que as apostas da noite haviam sido encerradas. O primeiro lutador, conhecido como "muralha"  é bem aclamado pelo público. O cara que anunciou a luta foi praticamente linchado quando chamou o outro participante, pois aparentemente, os pontinho que eu denominava como pessoas no salão abaixo, gritaram tanto que minha cabeça latejou confusa. Virei uma cerveja do balde de Amy pela garganta enquanto observava o locutor chamar as gurias de va/dias quentes, e em seguida, mandar a galera se preparar.

Quando meus olhos voaram para o portão de garagem que se ergueu, do outro lado do porão, minha respiração vacilou um momento. Não preciso dizer quem apareceu, no entanto, gosto de pensar em como apareceu. Um tipo bem formado fisicamente, um corpo magro feito, músculos em sua pele e um abdômen trincado a vista. Os shorts de pano livre pendentes ao quadril e luvas de boxers em sua mãos. Ele tinha um olhar centrado, um olhar cizento, como nuvens em uma densa tempestade...