Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

Ele estava muito sério, e
tinha de admitir que toda aquela preocupação era lisonjeira. Seria até mesmo adorável se ele não
estivesse tão empenhado em casá-la com outro homem.
– Não fique desanimada, pethi mou – disse ele em tom tranquilizador. – Há muitos homens que lhe
dariam o mundo. É apenas uma questão de encontrar o certo.
Dulce teve de se esforçar para não se encolher na cadeira. Aquele era o discurso mais doloroso
que já escutara.
– Tem razão, claro – murmurou.
O que mais poderia dizer? O que desejava de fato era se inclinar para a frente e lhe perguntar se
não poderia ser ele aquele homem. Mas Dulce já sabia a resposta. Christopher não poderia ser aquele
homem. Pelo menos, por ora. Não até que tivesse tempo para se acostumar à ideia.
Christopher sorriu em aprovação e lhe soltou a mão, antes de se inclinar para trás na cadeira. Ela
baixou o olhar à própria mão, lamentando a perda daquele contato.
– Então, diga-me, quais são suas exigências em relação a um marido? – perguntou Christopher,
indulgente.
Dulce fixou um olhar pensativo nele, a mente reunindo todos os aspectos que mais apreciava em
Christopher. E então, começou a contar as qualidades nos dedos.
– Vejamos. Gostaria que ele fosse alto, moreno e bonito.
Christopher revirou os olhos.
– Descreveu o desejo de metade da população feminina.
– Gostaria também que fosse gentil e responsável. Como prefiro não ter filhos de imediato, seria
importante que ele concordasse com isso.
– Não quer ter filhos?
Christopher pareceu surpreso. Devia pensar que todas as mulheres ansiavam por dar à luz uma extensa
prole tão logo lhe colocavam uma aliança no dedo.
– Não disse que não queria ter filhos – respondeu Dulce, calma. – Deixe-me adivinhar: você os
quer imediatamente.
Christopher arqueou uma sobrancelha.
– Não estamos discutindo sobre mim, mas sim, não vejo razão para esperar.
– Isso porque não é você quem os terá – retrucou ela.
Por um instante, Dul pensou que Christopher fosse soltar uma risada, mas em seguida, ele gesticulou
para que Dulce continuasse a listar as características de seu pretendente.
Antes de responder, ela fingiu pensar sobre o assunto.
– Quero que ele seja mais rico que eu para que minha fortuna não seja um problema.
Christopher meneou a cabeça, concordando.
Em seguida, Dulce baixou o tom de voz e se inclinou para a frente:
– Quero que ele anseie por mim, que não seja capaz de passar um dia sem me tocar, me abraçar,
me acariciar. Terá de ser um excelente amante. Quero um homem que saiba me dar prazer – concluiu,
rouca e com a voz cheia de desejo.
Os olhos de Christopher lhe varreram a pele exposta e, por um instante, ela imaginou ver a paixão em
resposta às suas palavras.
– Não concorda que eu deveria esperar isso de um homem? – perguntou Dul, de um modo suave,
enquanto o estudava.
Christopher limpou a garganta e desviou o olhar por um breve instante. Ela o estaria afetando ou seria
ele completamente imune? Não, havia algo naquele olhar. Todo o corpo de Christopher emanava uma
intensa energia sexual. Dulce podia ser jovem, mas não era ingênua, e certamente não era tola no
que se referia aos homens. Tivera sua parcela de rapazes interessados. Era capaz de identificar um
flerte inocente; e, mais tarde, vivenciou também a intensidade obscura e taciturna de um homem cujas
paixões fervilhavam profunda e intensamente.
Nunca antes Dulce sentira o intenso magnetismo que existia entre ela e Christopher.