Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

Dulce anuiu com um gesto lento de cabeça. A mente girando em uma rotação absurda.
– Enquanto raciocina, deixe-me apresentá-la à sua equipe de seguranças. – E Madeline guiou
Dulce de volta ao escritório, onde os homens as aguardavam. – Eles têm ordens estritas de
acompanhá-la para onde quer que vá. – A secretária girou na direção de Dulce e sorriu. – Isso
deve tornar as coisas interessantes para você.
Dulce ouviu apenas parte das instruções. Tinha de arquear o pescoço para trás para poder
enxerger os rostos dos três brutamontes. Sem dúvida eles se adequavam ao papel de seguranças,
embora ela não pudesse dizer que a sutileza era o ponto forte daqueles homens. Mas a sutileza
também não era o ponto forte de Christopher.
Quando Madeline estava lhe apresentando o último guarda-costas, a porta do escritório de Christopher
se abriu e os três saíram de lá. Alannis estava de braços dados com ele, e a cabeça de Christopher se
achava inclinada para ouvir o que ela dizia.
Dulce os observou com expressão tristonha até Madeline lhe dar uma cotovelada leve nas
costelas.
– Está sendo muito óbvia, minha menina. – A secretária suspirou. – É melhor não levantar
suspeitas da mamãe ursa. Tenho a impressão de que essa mulher se transforma em uma barracuda
quando se trata da filha.
Dulce forçou um sorriso no instante em que o trio se aproximou.
– Sua equipe de segurança está do seu agrado? – perguntou Christopher em tom educado.
O sorriso de Dulce se alargou. Em seguida, em um esforço hercúleo para ser extremamente
amável, focou a atenção em Alannis.
– Como foi sua viagem? Espero que tenha corrido tudo bem.
O sorriso da jovem de beleza clássica lhe iluminou todo o rosto.
– Sim, foi ótima – respondeu ela com um leve sotaque inglês. – Estou muito feliz por estar aqui. –
Alannis relanceou o olhar a Christopher, e Dulce se encolheu em seu íntimo diante da adoração que viu
refletida naquele gesto.
– Esperamos revê-la na noite de quinta-feira – disse Sophia.
– Quinta-feira? – repetiu Dulce, lançando um olhar confuso a Christopher.
– O coquetel – esclareceu ele, suave. – Claro que estendi o convite às duas.
– Claro – concordou Dulce.
Embora a noiva se encontrasse ao lado dele, agarrada ao seu braço como uma alga marinha, o
olhar de Christopher se cravava em Dulce, os olhos castanhos perscrutadores deixando uma trilha de
sensações sobre sua pele.
Christopher amaria Alannis? Sentiria certa afeição por ela? Alannis era mais velha que ela, mas não
por uma diferença muito grande. Talvez alguns anos? Havia uma inocência juvenil nos olhos daquela
moça que fazia Dulce se sentir mais velha e experiente.
Engolindo com dificuldade o nó que crescia em sua garganta, ela se voltou na direção de Sophia
com uma expressão animada.
– Também estou ansiosa por voltar a vê-las. Talvez possam me contar tudo sobre a Grécia. Ouvi
dizer que é um país adorável para se visitar. Talvez eu passe minha lua de mel lá quando me casar.
Sophia se mostrou muito animada, enquanto a expressão de Christopher se fechava.
– É melhor irmos agora – disse ele à mãe de Alannis. – Vocês fizeram uma longa viagem.
Providenciarei para que a bagagem que trouxeram seja despachada para o hotel imediatamente.
Quando passaram por Dulce, ele gesticulou com a cabeça na direção dela.
– Avise-me se tiver algum problema.
Incapaz de proferir qualquer palavra por causa do nó que se encontrava alojado em sua garganta,
ela se limitou a fazer um movimento positivo com a cabeça.