Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

Reynolds confirmou a hora no relógio de pulso e, em seguida, observou o carro luxuoso e lustroso
parar a alguns centímetros de distância de onde estavam.
Para a surpresa eletrizante de Dulce, Christopher desceu do veículo e caminhou em sua direção.
Quando se encontrava diante dela, retirou os óculos escuros e os guardou no bolso da camisa polo.
Em seguida, lhe segurou a mão, os dedos longos se fechando firmemente nos dela.
– Algum problema? – perguntou com a testa franzida.
Reynolds fez um breve gesto negativo com a cabeça.
– A srta. Saviñon estava prestes a entrar no táxi, e eu lhe explicava por que ela não deveria fazê-lo.
Christopher aprovou a atitude e voltou a atenção a ela.
– É importante que siga minhas instruções, pethi mou. As providências que tomei são para o seu
bem-estar e segurança.
– Claro – murmurou ela. – Não quero tomar seu tempo. Tenho certeza de que está aqui para ver
Alannis. – Dulce relanceou o olhar a Reynolds. – Poderia chamar o carro, já que não me é
permitido tomar o táxi?
Christopher ergueu uma sobrancelha.
– Alguns dias atrás, você queria minha companhia. Mudou de ideia?
Confusa, Dulce o encarou.
– Presumi que, como está com convidados aqui, não teria tempo para me acompanhar.
– Ah, mas você também é minha convidada – retrucou ele, puxando-a pela mão e a guiando em
direção ao carro que os aguardava. Após gesticular para que ela se acomodasse no banco de trás,
girou para se dirigir a Reynolds. – Estão dispensados até que retornemos. Minha equipe assumirá a
segurança da srta. Saviñon.
Dulce se acomodou no confortável banco de couro, e ele se sentou ao seu lado. Quando o
motorista colocou o veículo em movimento, ela fez um gesto negativo com a cabeça e exibiu um
sorriso tristonho.
– Quando foi a última vez que não conseguiu fazer as coisas do seu jeito?
Christopher lhe dirigiu um olhar surpreso.
– E por que um esquema de segurança tão forte? – perguntou, exasperada. – Parece um pouco
pretensioso.
A expressão de Christopher se fechou no mesmo instante.
– Antes de se casar com Alfonso, Anahí foi sequestrada e mantida em cativeiro para exigência
de resgate. Estava grávida, na época. Os sequestradores não foram presos. Não arrisco a segurança
daqueles que estão sob meus cuidados.
– Como estão Alfonso e a esposa? – indagou Dulce, suave.
– Bem. Anahí prefere morar na ilha, portanto, estão vivendo lá. De vez em quando, Alfonso
viaja a negócios, mas não costuma deixar a esposa e o filho com muita frequência.
– Não consigo imaginar Alfonso tão apaixonado – disse ela, soltando uma risada. – Ele parece
tão intimidador.
– Obviamente não tem a mesma percepção de mim – retrucou Christopher em tom de voz seco.
Dulce deixou o olhar vagar pelo corpo musculoso e o fixou nos olhos castanhos de Christopher.
– Minha percepção de você não tem nada a ver com a que tenho de Alfonso.
Houve uma mudança na expressão de Christopher, uma sensibilização contra a qual lutou. Aquelas
emoções conflitantes se refletiam no semblante, que ele tentava manter impassível. Porém, antes que
ele pudesse lhe dar qualquer resposta, Dulce se voltou para a janela.
– Então, o que o fez vir até aqui esta manhã? – perguntou, animada. Embora não o estivesse mais
observando, ela podia sentir cada movimento de Christopher, e perceber sua respiração como se fosse a
sua. – Pensei que estivesse muito ocupado no trabalho e com o entretenimento de suas… convidadas.
– Não estou tão ocupado que não possa manter uma promessa. Disse-lhe que faria compras com
você, e aqui estou.
E então Dulce girou e sorriu.
– Fico feliz que tenha vindo. Obrigada.
Os dois passaram a manhã comprando os itens da lista que ela necessitava para o apartamento.
Christopher parecia apreciar o fato de Dulce não demorar muito para se decidir por um produto. Mas a
verdade era que ela não se importava muito com o tipo de móveis que colocaria em sua casa, porque,
se tudo saísse como desejava, não moraria lá por muito tempo. Caso contrário, não permaneceria em
Nova York para ver Christopher com outra mulher.