Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

Christopher sentiu a boca ressecar. Não sobreviveria a outra dança com aquele corpo delicioso colado
ao seu. Uma sessão de tortura fora suficiente por aquela noite.
Mas a alternativa seria deixá-la dançar com aquele bando de rapazes que a cobiçavam. Rapazes
escolhidos a dedo por ele.
Nem por cima de seu cadáver!
Sem dizer mais uma palavra, ele segurou a mão de Dulce de modo brusco e quase a arrastou
para a pista.
– Você está cuspindo fogo – murmurou ela, enquanto Christopher a tomava nos braços.
Pela primeira vez desde a chegada de Marcus, ele relaxou ao sentir o corpo macio se amoldar
suavemente ao seu. Aquilo provocava uma sensação de perfeição inata. Amava tocá-la. Era difícil
impedir as mãos de vagarem por aquelas curvas sensuais.
– Você também sente isso – disse ela com suavidade, erguendo o olhar para encará-lo. – Não quer
sentir. Luta contra isso, mas sente tudo que eu sinto. Foi por isso que me beijou. – Dulce soltou uma
risada abafada. – Não conseguiu resistir a me beijar, da mesma forma que sou incapaz de resistir.
Não quero resistir.
Christopher negou com a cabeça, embora todo seu corpo zumbisse em concordância. Ela sorriu e lhe
tocou os lábios com um dedo enquanto os dois se moviam no ritmo da música. Em seguida, girou
para que ele ficasse de costas para Alannis e deixou as mãos escorregarem pelo peito largo. Os
olhos castanhos se semicerraram, e os lábios sensuais se entreabriram em um gesto sedutor.
Christopher gemeu.
– Não deve fazer isto, Dul. Você me deixa maluco. Tem de parar com esta provocação.
– E quem disse que isto é provocação? – perguntou Dulce erguendo uma das sobrancelhas.
Christopher lhe afastou as mãos e girou para que os dois ficassem posicionados lateralmente a Alannis.
– Está vendo aquela jovem? Alannis. Vou pedi-la em casamento.
Dulce recebeu a notícia com calma. Sem nenhuma reação aparente. Será que ela já estava
sabendo?
– O que há entre nós tem de parar – pressionou ele. – Vamos nos casar com outras pessoas.
– E ainda assim continua me beijando – retrucou Dul com um breve sorriso.
– Não farei mais isso – prometeu Christopher.
Em vez de aquelas palavras a intimidarem, uma faísca lhe iluminou os olhos amendoados.
– Se fosse arriscar um palpite, diria que você o fará.
Porém, antes que ele pudesse responder, Dulce deu um passo atrás.
– Estou faminta. – E de repente se inclinou para perto, murmurando-lhe ao ouvido para que só ele
pudesse escutar: – Você diz que não me deseja, mas não quer que outro homem me tenha. Muito
estranho, não acha?
Dulce girou e se afastou, com os lábios se curvando em um sorriso ao abrir caminho em direção
a Sophia, que a esperava com uma bandeja de comida.