Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

O clube era diferente do que Christopher esperava. No momento em que mencionaram clube masculino,
lhe veio à mente a imagem de um lugar decadente, nos fundos de alguma construção, onde a
prostituição e as drogas corriam soltas. Mas aquele estabelecimento fora criado para uma seleta
clientela.
O interior limpo, até mesmo impecável, o fazia se lembrar das áreas de altas apostas dos cassinos.
As garçonetes, embora quase seminuas, não tinham aparência vulgar. Os clientes estavam bemvestidos,
fumavam cigarros importados caros e bebiam o mais refinado conhaque.
O tipo de lugar cuja existência Dulce não deveria sequer saber.
Christopher caminhou entre as mesas, com olhar atento, a testa franzida pela concentração, observando
cada mulher que via. Na direção da parte da frente do salão, mais homens se encontravam reunidos
diante de uma plataforma acortinada. Era óbvio que um show estava para começar.
Quando constatou que não havia nenhuma mulher entre eles, desviou a atenção do grupo de
homens. Onde diabos estaria Dulce? Teria Reynolds recebido a informação correta?
Olhou para a entrada e viu Reynolds e os outros dois seguranças entrando, apressados. Christopher
acenou para eles com um gesto discreto, e o chefe da equipe de segurança de Dulce abriu caminho
entre as mesas até onde ele estava.
– Por que acha que Dulce está aqui? – perguntou Christopher.
– Soube de fonte segura que a srta. Saviñon está neste local – respondeu Reynolds, austero. – O
senhor está procurando no lugar errado…
O segurança foi cortado pela música que explodiu atrás de Christopher. Ele girou, com uma careta,
para ver a cortina se erguer e a fumaça do palco resvalar sensualmente pelas pernas longas de uma
mulher.
Ela usava botas de cano alto justas que apenas lhe acentuavam os contornos e chamavam atenção
para suas nádegas bem torneadas. A dançarina começou a se mover no ritmo da música. Os quadris
oscilando e os braços pendendo graciosamente nas laterais do corpo.
Quando a fumaça se dispersou, ela ergueu os braços e segurou o mastro que se encontrava no
palco. O olhar de Christopher foi atraído pela tatuagem nas costas, na altura da cintura.
Conhecia aquele desenho. Muito bem. O que não era de admirar. Passara muito tempo fantasiando
com aquela tatuagem.
E então, ela girou, fazendo revoar uma massa de cabelo louro. Postiço. Christopher encontrou os olhos
amendoados, antes que ela o visse. Percebeu o medo refletido neles, o pânico enquanto ela olhava ao redor
do salão repleto de homens que a observavam como um petisco suculento.
Christopher sentiu o sangue ferver.
Quando ela ergueu o olhar, encontrou o dele, e o medo foi substituído pele choque ao reconhecêlo.