Fanfic: Rebeldia (Adaptado) Vondy | Tema: Vondy

Encontrava-se no meio do trajeto até a residência, quando Alfonso estacou.
Christopher girou para se deparar com a expressão confusa do irmão.
– Está ouvindo isto? – perguntou Alfonso.
Christopher apurou os ouvidos. A distância, distinguiu o ruído inconfundível de um helicóptero se
aproximando.
– Você chamou o helicóptero?
Alfonso negou com a cabeça.
– O próximo chegaria amanhã, quando Christian partisse.
Os dois saíram correndo pelo caminho, virando à esquerda para contornar os jardins, o caminho
mais curto até o heliporto. Mesmo antes de terem visão plena daquela área, viram o helicóptero
aterrissar.
– Não se trata de um dos nossos – afirmou Alfonso, austero, disparando naquela direção, com
Christopher logo atrás.
A preocupação do irmão o contaminou. Mas quando viraram a curva e Christopher avistou Dulce
parada diante da porta do helicóptero, que se abria, sentiu o sangue congelar nas veias.
– Dulce! – gritou ele.
Mas ela nem ao menos se voltou. Não poderia ouvi-lo acima do ruído das hélices.
Alfonso gesticulou, frenético, para o piloto, e Christopher disparou na frente dele, tentando alcançála
a tempo. Observou, impotente, as portas se fecharem e, em seguida, quando chegou à margem de
concreto da pista, a aeronave se ergueu no ar, ganhando altura e se dirigindo ao continente.
Alfonso xingou, enquanto Christopher se encontrava paralisado.
– Tenho de descobrir para onde ela foi. – Christopher retornava à casa.
Mais adiante, Anahí surgiu à porta dos fundos, escoltada por Christian, que lhe envolvia os ombros
com um braço protetor.
– O que está havendo? – indagou o irmão caçula.
Christopher passou por ele e Anahí, enquanto Alfonso ficou para trás. Em seguida, subiu a escada
correndo na direção do quarto de Dulce, apenas para descobrir que a bagagem que ela trouxera não
se encontrava mais lá. Não havia nenhum bilhete, nenhuma pista de seu destino.
Ele correu de volta para o andar térreo e se juntou aos outros na sala de estar. Alfonso, ao
telefone, tentava descobrir o serviço de helicópteros que ela utilizara e encontrar um jeito de detê-la
assim que aterrissasse.
Christian se aproximou de Christopher com expressão fechada.
– Há algo que deve saber.
Christopher lhe dirigiu um olhar questionador.
– O que é?
– Esta manhã, Dulce estava na praia, bem cedo. Eu a encontrei do outro lado do pátio,
visivelmente perturbada com algo que escutou durante a conversa que você teve com Alfonso e
Anahí. Suplicou para que eu não lhe dissesse nada. Alegou que não queria que você se sentisse
ainda pior.
Christopher fechou os olhos; recordava-se de ter detalhado todos os seus desejos. Quando o que de fato
desejava estivera bem diante de seu nariz o tempo todo.
– Sou um completo idiota – resmungou ele.
– Quanto a isso não há argumentos. – Christian esboçou um sorriso oblíquo. – A pergunta é: o que fará
para tê-la de volta?