Fanfic: Musa do Futebol | Tema: Rebelde, AyA

Estava com tédio. E cansada de não fazer nada só olhando pro teto do quarto ouvindo música, quando decidi andar pela casa.

Levantei e parei no corredor. Tudo bem que se alguém pega eu to fodida. Mas quem liga? Eu não. Meu quarto ficava no meio, tinha mais 2 depois dele e um antes. Provavelmente o de Poncho era o ultimo.

Olhei todos, todos vazios. Só faltava o dele e tava com medo. Vai que ele estava pelado lá dentro? Imagina a situação? Que Deus me livre e guarde. Respirei fundo e abri a porta. Vazio. Como todos os outros. Só que com uma diferença: bem maaaior! A cama era King Size. Me espanto se foi escolhas dele, fato. Mas foram as fotos que me chamaram atenção.

Tinha um pequeno mural com vários tipos de fotos. Com amigos, com uma senhora que provavelmente seja sua mãe, com amigas e uma com uma loira que me fez olhar de perto. Tirei os fones do ouvido e me aproximei. Era bem antiga.

Seria a namorada dele?hmmm

-Oi?

Eu dei um pulo, totalmente pega no flagra, ensaiando tooodas as desculpas possíveis para aquela cena. Olhei pra trás. Felizmente era só uma das empregas.

Any: Ai meu coração! -levei a mão ao peito- Jurei que era Alfonso.

-Poncho não pode subir as escadas por enquanto -sorriu- Você é a fã?

Any: Não sou fã. -fiz careta- Só comprei o bilhete pra ajudar alguma Instituição de caridade e terminei aqui...

Na verdade não foi bem assim, mas ela não precisa saber que só comprei para me ver livre de um chato. Certo?

-Entendo. Sou Lurdes -disse a senhora - E você?

Any: Anahi. Any, se quiser.

Gostei dela. Pelo menos tem gente agradavel aqui.

Any: Então... Poncho não pode subir as escadas? Interessante.

Lurdes: É. Por causa da operação. Você pode continuar sua caça de tesouros aqui em cima.

Eu corei automaticamente, tenho certeza disso.

Lurdes: Já experimentou o colchão? Eu indico -piscou

Any: Não -ri- Estava vendo as fotos. Quem é ela?

Lurdes: Vejo que não é fã mesmo. Todos sabem -por que as pessoas ainda duvidam?- Aline. É a melhor amiga dele. Ou era. Antes de morrer.

Any: Sério? Mas ela é tão novinha!

Lurdes: E pra morte precisa de idade? Já faz uns três ou quatro anos. Era uma boa menina.

Antes que eu falasse algo, o Ogro Master gritou do andar de baixo.

Poncho: LUUUUUUUUUUUUUUURDES!

Any: Ele grita sempre assim?- fiz careta.

Lurdes: Devia se dar a chance de conhece-lo, Any, Poncho pode ser surpreendente.

Any: Imagino!

Lurdes: Não está com fome? Não comeu nada desde que chegou.

Any: Na verdade, um pouquinho -sorri amarelo.

Lurdes: Então, vem comigo!

Any: Ah, NÃO!

Lurdes: Você não vai poder fugir dele pra sempre, Anahi, você está praticamente morando junto com ele.
**
POV ALFONSO

Eu estava ditando algumas ordens para Lurdes e tentava acompanhar os olhares da misteriosa Anahi. Ela ouvia música tão alto que eu podia ouvir junto numa distancia de dois metros sem fone de ouvido. Numa coisa Mai tinha razão, ela era linda. Mas era uma bomba-relógio. E se chegar muito perto explode!

Parecia querer guardar cada pedaço da sala, provavelmente para dizer para uma amiga-fã -ja que ela deixou bem claro que não dá a mínima para mim, não só com palavras mas em atitudes e ações também.

Poncho: Anahi -chamei.

Ela se virou e meteu a perna no sofá.

Any: FILHO DA PUTA, DESGRAÇA! -gritou pulando.

Eu até tentei segurar mas a cena era hilária de mais para não rir.

Any: Ta rindo de que, oh idiota? -brava.

Poncho: De você -dei de ombros- De quem mais seria?

Any: URGH!- rugiu ficando vermelha de raiva, acho- Não sou eu que uso bengala.

Poncho: Olha aqui -eu parei de rir na hora- Você está na minha casa. Então, cuidado com o que você fala.

Any: Por que? Se eu ofender seu ego você vai me por pra fora daqui? Seria um sonho, me livraria de ti e de ficar presa com um imundo, e de quebra destruiria seu arraso com as fãs. Quer encarar? -pôs a mão na cintura.

Rolei os olhos impaciente. Quando não são fãs malucas, são pessoas querendo te destruir, vou seguir o conselho da Mai e fazer meditação antes que resolva quebrar o pescoço dela e meu nome vá parar no jornal, só que dessa vez não por ser o artilheiro dos jogos e sim na parte policial.

Poncho: Você não me conhece para me julgar -falei entre dentes.

Any: Não preciso te conhecer para saber quem voce é.

Nos encaramos por um tempo.

Poncho: Só quero saber para qual Instituição quer enviar o dinheiro. Se tem alguma preferida ou se eu posso escolher.

Any: Vou pensar. Quero acompanhar pra ver se vai dar tudo mesmo.

Poncho: Fala sério. Você acha que eu ficaria com essa grana?

E depois ela diz que sabe quem sou...

Any: Não me espantaria.

Poncho: Repito: você não me conhece.

Any: Desculpa se minha sinceridade te incomoda -sorriu cinicamente- Eu sou assim. Fazer o que.

Poncho: Não preciso de dinheiro de caridade, Anahi. Conquistei tudo o que tenho por mim mesmo.

Any: Grande coisa. Só isso? -me encarou.

Poncho: Se sinta em casa. Como você não é muito da minha, pode ir a todos os lugares da casa sem mim. Tem piscina, sauna, quadra de tênis, futebol e vôlei. Não que eu ache que tenha graça jogar tudo isso com sua sombra, claro.

Ela não respondeu.

Poncho: Gostou do quarto?

Any: Podia ser melhor -deu de ombros.

Balancei a cabeça rindo incrédulo enquanto ela passava por mim e ia pra cozinha.

60 mil participantes e ela tinha sido sorteada? E depois dizem que eu tenho sorte...

Por favor, se você conhece alguma garota mais chata que ela não me apresente. Obrigado.