Fanfic: Musa do Futebol | Tema: Rebelde, AyA

Voltei ao quarto dele e parei na porta o olhando tentar fazer massagem no joelho.

Any: Ela está preparando a coisa que ela sabe.

Poncho: É uma bolsa de água quente, Anahi -ele deu um pequeno sorriso

Any: Por que não gelo?

Poncho: Para algumas coisas gelo só piora, incha e coisa e tal -explicação maravilhosa, senhor Alfonso.

Any: Fisioterapia?

Poncho: Só daqui uma semana.

Any: Olha só, me desculpa, tá? Eu não devia ter te irritado.

Poncho: Sem essa. Nem combina com você tanto amor nesse coração.

Any: Você da sorte que tá semi-aleijado -cruzei os braços com raiva.

Poncho: Por que? O que você faria? -um sorriso debochado surgiu nos labios dele.

AI, ele consegue ser mais estúpido a cada minuto, fato.

Any: URGH! -me virei pra ir embora.

Poncho: Anahi -chamou- Obrigado.

Eu olhei pra trás e o encarei. O mundo ainda tem salvação, ele sabe agradecer.

Any: De nada.

Lurdes: Pronto, cheguei -falou com a bolsa de água quente- E eu devia te bater -apontou pra Alfonso- Nem parece que tem 25 anos!

Eu sai rindo dali. Muita gente gostaria de bater nele, eu adoraria ser a primeira da fila.

Zoraida: O que você quer? -perguntou

Any: Mas hein?

Zoraida: O que você quer com ele?

Any: Nada. Ele é todo seu -sorri- Se é que ele quer você, né, querida?- a olhei de cima em baixo.

A empurrei de leve e subi as escadas.

Puf, ja disse que odeio pessoas idiotas hoje?

POV ALFONSO

Zo: Melhorou, Poncho?- me perguntou enquanto eu jantava

Zoraida as vezes é inconveniente demais.

Anahi estava do outro lado da mesa tentando decidir qual talher usar. Sorri discretamente. Era orgulhosa demais pra falar que não sabia.

Poncho: Melhorei -falei distraidamente

Zo: Da próxima vez é só me chamar.

Ela está me cantando por acaso?

Poncho: Tudo bem, pode me dar licença, Zo?

Ela saiu imediatamente e eu fiquei olhando para Any.

Poncho: Quer ajuda? -ofereci

Any: Tá me chamando de burra? -me olhou.

Poncho: Claro que não. Só acho que talvez você esteja com alguma dificuldade. Mas é normal. Eu também tive na primeira vez.

Any: Ãh? Não! Ta louco? Eu sei usar -( só eu que percebi que esse dialogo ta meio duplo sentido? )- olhous pros talheres e pra janta, parecia indecisa.

Poncho: Vai esfriar se demorar. E já que não tem problema com os talheres... -sorri

Any: Já falei que não é isso -brava- É que eu não costumo jantar. E to pensando se devo ou nao. Vai que eu passe mal?

Poncho: A comida de hoje tá levinha.

Any: Se eu passar mal vou vomitar em você!

Poncho: Fala sério. Além de intrometida, chata e mal educada, você também é nojenta?

Any: Não. Só não sirvo pra você.

Rolei os olhos em resposta.

POV ANAHI

Eu não devia mesmo ter jantado.-pensei ao acordar passando mal. Vou matar Alfonso. Não, matar não. Vou torturar. Trucidar. Espancar. Mas antes de tudo isso vou vomitar na boca dele.

Eca.

Isso é nojento demais.

Até pra mim.

Não que eu seja uma pessoa nojenta, veja bem. Não me entenda mal, pelo amor de Deus!

Levantei da cama e resolvi descer para caminhar e ver se resolve essa digestão lenta.

Fui até a cozinha o mais silenciosamente possível para não ter a desagradável surpresa de acordar Alfonso. Acordado ele já era mal educado, imagina ele ao se levantar? Livrai-me desse mal, amém!

Quando esperava o copo se encher com agua, ouvi um ruído ao longe. Tinha uma frequência, mesmo ao longe podia ouvi-la, senti-la.

Sai da cozinha e tentei me concentrar pra saber de onde vinha. Parei atras de uma porta e me encostei. A melodia era bonita. Mas triste. Estava com medo de abrir e ser pega no flagra mas era curiosa demais para não abri-la.

Girei a maçaneta com cuidado e parei de respirar. Poncho estava de costas pra mim. Tocando violao. Eu acho que nem as revistas de fofoca mais badaladas sabem disso!

Descobri um segredo!

E de que serve um segredo se não tenho ninguém pra contar?

Fechei a porta e sai correndo, sabia que ele escutaria.

Não tropece. Não tropece. Não tropece.

Preciso contar o que aconteceu?

Me escondi no corredor e parei de respirar. E esperei.

Ele abriu a porta, prendia respiração mais ainda -se é que é possível. A porta se fechou de novo e aí eu subi correndo.

Papai do Céu, te devo essa, mais uma pra lista, eu sei.